segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hoje essa merda de mundo ficou bem mais triste

Apenas um brinde a mais um velho amigo


Décadas atrás, quando eu era apenas um adolescente espinhento louco para perder o cabaço com qualquer criatura do sexo feminino que me desse a menor moral, havia uma espécie de mentor em minha vida, um sujeito que praticamente encarnava a ameaça que tanto aterroriza pais e mães pelo mundo afora – a má-companhia.

Claro que hoje em dia só posso agradecer a tal má-companhia, que apesar de ser poucos anos mais velho do que eu, tanto teve a me ensinar em termos de música, bebidas e mulheres – principalmente mulheres!!

Mas de todas as lições informais aprendidas naquelas anos distantes, uma soa mais forte do que todas, porra, quase posso ouvi-lo dizer, como uma voz além-túmulo inevitavelmente engrolada de tanta bebida:

- Chuck garoto, aprenda uma coisa nessa sua vida miserável - para se dar bem com a mulherada, tem que seguir a regra dos 4 p’s – trate sempre uma putana como principessa, e uma principessa como putana, essa regra nunca falha!

Meus amigos, por mais que essa regra soe machista, sexista e chauvinista (parece uma boa forma de definir esse blog, by the way), sabe qual foi o resultado em todas as vezes que resolvi ignora-la e tratar alguma musa questionável da forma politicamente correta? Eu me fodi!! Das piores formas possíveis.

Fica aqui essa pequena homenagem a mais um velho rosto amigo que virou uma lápide no Horto.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pérolas de sabedoria das revistas femininas - quem sabe isso não vire uma sessão fixa aqui no blog?

Vocês sabem o que devem esperar encontrar numa revista de consultório de dentista, ou é Caras ou outra revista bunda de fofoca e celebitches, ou é uma daquelas revistas femininas idiotas tipo Nova ou algum outro manual de como ser uma bisca moderna.

Mesmo assim, em meio aquele tédio reinante, comecei a folhear um desses desperdícios de papel, que poderia ter sido muito melhor aproveitado na fabricação de bolachas porta-copos, daquelas que deixamos sob os copos de cerveja nos melhores botecos do ramo, e dentre inúmeras matérias do tipo “101 motivos para trair seu namorado” ou “Como é gostoso o meu vizinho!!”, encontrei a seguinte citação, em destaque garrafal bem no meio da página:


COMO MANTER UMA MULHER SATISFEITA SEXUALMENTE:
Acaricie, enalteça, mime, saboreie, massageie, conserte, acompanhe, cante,
cumprimente, apóie, alimente, acalme, perturbe, brinque, tranqüilize, estimule,
afague, console, abrace, ignore as gordurinhas, paparique, excite, pacifique,
proteja, telefone, adivinhe, beije, aconchegue, perdoe, ajude, divirta, seduza,
carregue, sirva, fascine, atenda, confie, defenda, vista, elogie, venere,
reconheça, exagere, agarre, entregue-se, sonhe, provoque, recompense, toque,
aceite, idolatre, adore.


Só faltou acrescentar que depois de tudo isso ela vai te achar um bunda-mole e dar para outro sujeito qualquer, com mais “pegada” (um dos termos favoritos das biscas modernas) e/ou saldo bancário maior, ou quem sabe uma profissão mais respeitável.

Por que no final das contas, parceiro, não importa o quanto você rale seu traseiro para agrada-las, o que importa é o seu potencial para resolver a carência física ou financeira delas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Post número 50

Por incrível que pareça, chegamos ao post inútil de número 50.

Estava pensando em celebrar o momento histórico para a internet do meu umbigo, mas ontem um velho amigo fez vinte e cinco anos; é um sujeito baixinho, que vive com um felino de grande porte, e que tem umas tiradas sensacionais, uma ótima companhia – embora não possa dividir uma garrafa de JB com ele, por motivos óbvios.

Valeu, garoto!!



Reprodução da primeira aparição desse pequeno gênio.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ah, o meu tipo de garota...

Mais uma daquelas bandas irrelevantes que acertam eventualmente na mosca, deixou essa perfeita descrição de muitas das minhas musas questionáveis.

She moves like she don't care
Smooth as silk
Cool as air
Oooh it makes you wanna' cry
She doesn't know your name and your heart beats like a subway train
Oooh it makes you wanna' die
Oooh don't you wanna' take her?
Wanna' make her all your own?
Maria
You've gotta see her
Go insane and out of your mind


Thanks, Debbie!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cenas patéticas no centrão de São Paulo

Estava voltando do almoço quando passei por um desses insuportáveis yuppies da nova geração, derretendo dentro de seu terninho Colombo debaixo do sol do meio-dia. Inevitável reparar, como observador que sou dessa desgraça conhecida como ser humano , no jeitinho meigo e derretido com que o imbecil falava ao celular – incrível como um imbecil pós-yuppie SEMPRE anda pendurado nos seu celular último tipo!!

Ao cruzar com o sujeito, pude captar a despedida ao celular:

- “ Tá bom, viu bebezinho? Te adolo muito, te amo vc demais...” – isso tudo dito, claro, com uma voz de criança retardada de três anos, como se toda capacidade de articulação do sujeito ficasse reduzida ao equivalente oral de uma ameba, todo sorridente e embevecido.

Lamentável...tsc...tsc...tsc...

Sem título engraçadinho dessa vez...

...ou, uma noite a ser esquecida!

Eu me considero um cara relativamente calejado, que já viu de quase tudo nessa vida, e achei que já conhecesse alguns dos pontos mais baixos e decadentes do ser humano. Eu estava enganado. Profunda e irremediavelmente enganado.

Sábado passado descobri realmente a que ponto pode chegar a degradação humana.

Arrastado por um amigo, na verdade provavelmente um dos últimos amigos que ainda me aturam (ainda bem que ele não lê esse blog, ou deixaria de me aturar em dois segundos), fui a um boteco que consegue ser abaixo do meu raso padrão de qualidade, com a promessa de que o lugar estaria lotado das “garotas heavy-metal mais fáceis de São Paulo” (palavras dele, não minhas), onde teríamos cerveja boa e gelada no open bar e bandas de primeira detonando clássicos dos anos de ouro do heavy metal (seja lá o que isso queira dizer, by the way).

Meus amigos, eu devia ter virado as costas e rumado para os botecos de sempre quando vi um cartaz mal feito pendurado na porta do lugar, que dizia mais ou menos o seguinte

FESTA DO FAROL - IMPERDÍVEL!!

PULSEIRA VERMELHA – CAI FORA!
PULSEIRA AZUL – PODEMOS CONVERSAR!
PULSEIRA VERDE – CAI DENTRO QUE EU TÔ FÁCIL

Os termos não eram bem esses, mas deu pra ter uma ideia. Na verdade eu dividiria os “pulseiras verdes”, ou verdinhos como passei a pensar neles em duas categorias – a dos moleques cabaços desesperados achando que uma pulseirinha iriam deixa-los cobertos de sexy-appeal e a das garotas apiranhadas que topavam tudo depois de um certo grau alcoólico.

Mas bastava escolher um canto do balcão para ver as bandas que a coisa não poderia piorar, certo? Errado!

É difícil lembrar de forma linear o desfile de horrores, mas o que seria pior do que o open bar podre e tosco a um ponto que era quase impossível beber? Ver uma garota vestida apenas de microssaia de napa e sutiã, se arrastando pelo chão sujo e molhado do lugar, balbuciando algo ininteligível, enquanto bandas que não sabem tocar três acordes seguidos fazem poses de sucessores naturais do Iron Maiden? Os verdinhos sacudindo suas pulseiras na cara das garotas do lugar, apenas para serem ignorados como os cabaços que são ou a feiúra reinante no ambiente (raramente vi tanta gente feia e mal-vestida junto no mesmo lugar)! Moleques se acotovelando em troca de um copo de bebida num balcão de menos de um metro, ou esses mesmo moleques caindo de bêbados pelos cantos, depois de tomarem algo verde com cara de combustível de foguetes? Sujeitos magricelas tirando a camiseta como se fossem arrasar os corações femininos (apenas para continuarem a ser ignorados) ou um sujeito de quase dois metros de altura, gordo e suarento,  tentando disfarçar sua careca com mullets ensebados, abraçando todo mundo como se fossem seus amigos de infância? Sujeitos cambaleando bêbados e gritando como loucos sem o menor motivo ou gente se pegando e trocando de parceiros como trocam de camiseta? Toda aquela euforia ébria, enquanto alguém repetia, repetia, repetia o final de cada frase, sem nem perceber?

Também, o que esperar numa maldita “festa do farol”? Finesse e refinamento da plebe ignóbil, da massa inculta e o que é pior, orgulhosa da própria ignorância?

Na verdade sei o que me deixou mais deprimido – ver uma garota gordinha, no começo dos seus vinte anos, vestida como uma prostituta e bêbada como um maldito gambá, que entre ânsias de vomito ficou boa parte da noite se esfregando num poste de forma nauseante numa imitação deprimente de pole dance, com uma expressão de desespero no rosto, quase um pedido de socorro, um grito desesperado para se sentir sexy, amada ou simplesmente desejada, apenas para conseguir tropeçar no cabo da guitarra e ser expulsa do palco e voltar para seu sufocante anonimato.



Depois dessa noite, meus botecos vagabundos habituais, com suas musas questionáveis e bebida a preços cruéis, ganharam vários pontos comigo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Oração da Serenidade, by Tio Chuck

Concede-me, ô Santo dos Canalhas, a serenidade necessária para atrair as mulheres que não queiram me modificar, jogo de cintura para evitar as que só querem isso e sabedoria para distinguir umas das outras – bebendo uma dose de cada vez, desfrutando uma noite de cada vez, aceitando as eventuais musas abaixo do padrão-canalha de qualidade como um caminho para alcançar musas questionáveis melhores, considerando o mundo pecador como eu sou, e não santo como elas gostariam que eu fosse, confiando em doses cavalares de destilados para entortar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz comigo mesmo, pelas vossas regras.

He he he

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E a saga dos e-mails continua...

Ah, os e-mails, que ferramenta maravilhosa!

Vejam mais uma pérola internética, mais uma demonstração de que as pessoas só vem o que elas querem, não importa o que você fizer; a autora é uma mineirinha deliciosa, uma de minhas musas questionáveis mais só-largo-o-osso-quando-ele-esfarelar, do tipo que se recusa a entender por que a-)não atendo mais ligações dela e b-)não respondo aos e-mails fofuchos como o transcrito integralmente abaixo.

Divirtam-se! He he he...

Amore,

Tava aqui lembrando de histórias, acordei hoje com meu temperamento melancólico a flor da pele...lembrei que quando tinha meus 14 para 15 anos, eu recusei um pedido de namoro. E a justificativa que é o ápice: porque não podia namorar ninguém, afinal minha alma gêmea estava em SÃO PAULO e se chamava CHUCK...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Você é o primeiro CHUCK que conheço na vida !!!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ah, vida......kkkkkkkkkkkkkkkk

Um ótimo dia pra vc!

Bjs”


Eu mereço ou o quê?

Quando vão começar a entender que esse negócio de alma gêmea é coisa de comercial de margarina??

Quando vão entender que você passar um final de semana agradável com uma pessoa não lhe dá o direito de tomar posse de nada além de boas memórias, de sensações que poderiam permanecer doces para sempre na memória dos envolvidos se não fosse essa maldita mania de querer formar casalzinho, que acaba estragando, apodrecendo, fodendo com tudo?

E pior ainda, quando as pessoas vão parar com essa bobagem de não se envolver com ninguem que não tenha uma porcaria de placa de "CORAÇÃO VAGO, ALUGA-SE VAGA" pendurada na testa?? Quando vão entender que vale muito mais a pena uma noite de profundo envolvimento e sinceridade do que anos de desfilezinhos de mãozinhas dadas e títulos oficiais de "Meu namorado"/"Minha namorada" - tudo isso é prazer de usar o pronome POSSESSIVO!!

Possessivo, entenderam?

Pra esse tipo de pessoa, o que interessa é a posse, o título, a garantia de desfiles intermináveis na high society, é a garantia de formar uma maldita versão do Casal 20 com roupas novas.

Alguém quer saber o que me interessa? Alguém quer saber de viver e deixar viver, nem que a felicidade tenha um gosto agridoce e dure apenas uma noite de cada vez? Sem essa de planejar o futuro além da próxima dose?

É, eu imaginei mesmo que não.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Anotação mental para o próximo feriado!!

Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!! Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!!Nunca mais tomar um porre de tequila vagabunda!!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cada coisa que a gente vê por ai.

Na sexta-feira, vi um casal se encontrando para viajar, eu suponho - embora,  a julgar pela quantidade de malas, bolsas e sacolas dela, devia ser algum tipo de fuga, ou viagem ao redor do globo duas vezes (o carinha levava apenas uma mochila meio cheia, indicando uma viagem de final de semana).

Mas a diferença não era só na quantidade de malas e badulaques, mas na postura de cada um. Enquanto o sujeito vinha andando calmamente pela plataforma do metrô, a garota vinha numa daquelas corridinhas saltitantes nauseantes, parecendo alguém que, numa viagem de ácido, acha que está num daqueles desenhos da Disney – escolha a sua deturpadora da mente das meninas favorita, pode ser a Branca de Neve ou uma dessas mais moderninhas, tipo Pocahontas; o sujeito lá parado, mezzo constrangido, mezzo saco-cheio, e a garota correndo aos gritinhos, arrastando atrás de si a maior concentração per capita de malas e bolsas que já vi fora de uma loja de malas.

Quando se encontraram, o sujeito se limitou a se curvar fazendo beicinho para beija-la, com aquela cara de “ok, sem escândalo, nos vimos doze horas atrás, no big deal!”, mas a garota, ah meus amigos, a garota fez um escândalo!! Pulou em cima do carinha, parecendo um sagui se agarrando a uma árvore, enlaçou o pescoço do sujeito com um braço, depois o outro - porra, ela praticamente arrancou o pescoço do sujeito fora, tudo isso aos gritinhos de algo como more, moruxo, morzinho ou outro apelidinho idiota qualquer.

Sabe qual a impressão que me deu? Que o coitado iria passar um dos mais longos finais de semana de sua vida, com aquela Barbie da ZL agarrada ao pescoço dele, tagarelando – dava pra ver que delicia de final de semana o sujeito iria ter, acordando e fazendo a barba de manhã já com ela pendurada, tentando tomar café em paz e ela falando na sua orelha trivialidades inúteis numa vozinha aguda de fazer inveja à Minnie, indo à praia com a moçoila agarrada ao seu pé, dando um mergulho com uma mochila loira nas costas, tentando tomar uma ducha com ela grudada como uma maldita ventosa de sanguessuga no seu braço, daqui a décadas sendo enterrado no caixão com ela agarrada à maldita tampa...ARGHHH!!!