quinta-feira, 28 de abril de 2011

Saturday night feelings - #2

Sábado fiz o que faço melhor – fiquei vadiando pela noite paulistana, de boteco em boteco, sem procurar encrenca, me sentindo “o cara” com as minhas velhas botas de cowboy – hey, quem nunca quis um par de botas maneiras? (eu sei, eu sei, “nossa Chuck como você é emocionalmente imaturo às vezes...” – às vezes, baby?? He he he).

Daí, enquanto procuro por um pouco de salvação pra minha alma num copo de whiskey e num pouco de rock and roll (e que deliciosa é essa linha de baixo martelando no meu peito!!!), vejo uma garota solitária, desesperadamente mergulhada até o pescoço no pior tipo de solidão – o que dizia mesmo aquele garoto Agenor sobre solidão a dois?

E a garota esta ali na mesa em frente, o olhar embotado entre cervejas e fumaça de cigarros, como diabos ela parecia tão solitária enquanto o namoradinho parecia dar atenção a todo mundo menos a ela, e eu ali, do outro lado do salão mergulhado nas sombras da minha própria lavra, sem ser visto mas vendo tanto, vendo o desespero no olhar da garota, vendo o sujeitinho bancando o machão com seus amiguinhos, vendo a garota procurando das formas mais desesperadas possíveis chamar a atenção do bunda-mole com quem teve o azar de sair naquela noite.

E vejo a garota tragando um cigarro, segurando as lagrimas que não tem nada a ver com fumaça, olhando o poste como se buscasse uma luz no fim do túnel – sorry, baby, nesse túnel a única luz é uma porra de um trem desgovernado e em chamas.


Introducing Dona Carentona Compulsiva

Então a pessoa cisma de se apaixonar; você avisou, falou que não queria nada sério, que não estava em busca de namorada ou algo que o valha...mas a Dona Carentona Compulsiva resolve que está apaixonada, está amando e que já que ela ama o sujeito, ele tem a OBRIGAÇÃO de retribuir isso, ou pelo menos, ter esse suposto sentimento elevado e puro esfregado no seu nariz dia sim, outro também, em e-mails, mensagens de MSN, torpedos, e naquelas irritantes ligações só-liguei-pra-dizer-que-estou-morrendo-de-saudades que só acontecem nos piores momentos do dia – por exemplo, no meio do horário mais sobrecarregado da corretora...

E ai você fala com a Dona Carentona Compulsiva, conversa e explica de novo, pela enésima vez, que não quer saber de nada disso na sua vida...e ai você é eleito o canalha, cachorro, cafajeste, desalmado, sacana-que-só-queria-come-la do ano, como se tivesse prometido casamento para alguém lhe abrir as pernas. Então vamos combinar que ninguém é criança, ambos tem mais de quarenta anos e supostamente controlam suas emoções, vontades e desejos. E ninguém obrigou ninguém a abrir seu zíper e meter a mão dentro das suas calças, e ninguém encostou uma arma na cabeça de ninguém mandando pegar, chupar, segurar, apertar ou sentar em nada, que quando a Dona Carentona Compulsiva sou-uma-santa-apaixonada-por-um-monstro resolveu arrastar o referido monstro pra sua cama ela sabia exatamente o tipo de sujeito com quem estava (se) metendo.

E o sujeito acaba se sentindo mal, afinal de contas nunca quis magoar ninguém, ele pode ser um canalha, mas não é um verme que gosta de fazer as pessoas sofrerem...masqueporra, tem horas que essa vida cansa...he he he...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pânico na multidão!!

Ainda sobre a Virada Cultural. Na realidade, sobre um pequeno ato que se desenrolou à margem de um dos shows. Mas não vamos colocar o carro a frente dos bois.

Sexta estive conversando com esse sujeito, não é bem um amigo, é mais um bebum com quem eventualmente divido umas cervejas nos botecos de sempre. Um cara legal, na dele, não enche o saco de ninguém, mas também não é exatamente a alma da festa. Casado, pai de família (acho que tem uns dois ou três moleques, não sei bem), casamento modelo, etc, etc, etc...vocês conhecem bem o quadro, acho que todo mundo tem um conhecido assim, que parece viver o casamento perfeito.

Só que por baixo dos panos, a coisa não é bem assim. Não vou entrar aqui nos méritos de certo ou errado, cada um sabe o que faz da vida, mas ele costuma dar suas escapadas, eventualmente uma beliscada aqui, um namorico off the record acolá, e vai tocando a vida – vocês sabem como funciona, caminhões de horas-extras fajutas durante a semana, uma “viagem de negócios” no sabadão, enfim...a esposa faz de conta que não sabe, ele faz de conta que não sabe que ela sabe, e vão tocando o barco deles. Particularmente acho podre e deprimente viver assim, mas como eu disse, cada um sabe o que faz com a própria vida.

Mas voltando à Virada; o sujeito resolveu levar os filhos e a patroa para ver um pouco da Virada (me parece que a patroa dele, que pelo jeito é uma puta esnobe, não gostou muito da ideia mas topou); e lá estava a família feliz, o sujeito todo bonitão zanzando de um palco pro outro, quando não sei bem onde ele deu de cara no meio da multidão com uma garota com quem teve um pequeno affair (sempre que vejo esse palavra penso que é o termo francês para “sacanagem”...he he he); na hora não havia para onde correr no meio da multidão, estava a pouco mais de dois metros da moçoila, o sujeito tentou não entrar em pânico...não sabia bem o que fazer...não sabia se se escondia atrás dos filhos, se simulava um desmaio, se saia correndo...só lembrou de puxar o boné sobre os olhos, rezando para esse velho truque funcionar, e tentar ficar o menos visível possível. Para seu desespero, a multidão parecia praticamente abrir uma passarela entre ele e sua musa noturna, colocando quase que lado-a-lado a garota e sua esposa...uma virada de cabeça pro lado, e o flagrante seria inevitável.

Pelo que ele relatou, devem ter sido longos minutos do mais puro terror; ele não podia simplesmente sair correndo, arrastando a patroa (que bem naquela hora tinha cismado de assistir ao que estava sendo tocado, claro!!!), mas por outro lado não sabia se tinha sido visto ou não por sua musa questionável, e ficava imaginando que a qualquer hora ela iria se aproximar e despejar um monte na cara dele – e da patroa, e dos filhos, e da multidão toda, na cabeça dele já via a garota o xingando de um lado, a patroa xingando do outro, ou as duas se estapeando e arrancando os cabelos uma da outra, seus filhos assistindo aquilo tudo horrorizados por descobrir a verdadeira natureza do seu pai, as pessoas da multidão abrindo passagem como se ele fosse algum tipo de leproso, sua vida desmoronando toda!

Foi aos poucos conduzindo a família para longe da garota, disfarçando e suando, rezando para tudo que é santo para que seu pequeno caso de noites de bebedeira não o encontrasse, até que conseguiu se afastar dali.

Sei não, mas acho que ele precisou de cuecas novas naquele dia...he he he

Agora fiquei pensando – qual a chance real de algo assim acontecer? Quer dizer, se parar para pensar – qual a chance de duas pessoas se esbarrarem em meio a tantos palcos, tantas horas de evento, estarem os dois no mesmo ponto da multidão de gente vendo aquele mesmo show, naquela mesma hora...quer dizer, pqp, é azar demais!!

Não que ele não mereça. He he he

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"...you wore me out like an old winter coat, trying to be safe from the cold..."

Mais uma das velha favoritas, um lado B de uma banda que nunca existiu; é perfeita para uma manhã de outono, contendo doses cavalares de melancolia, e mais perfeita ainda pra qualquer cara que já sonhou com sua Musa Inalcançável e acordou ao lado de quem não deveria.

You call me a dog well that's fair enough
'Cause it ain't no use to pretend
You're wrong
When you call me out I can't hide anymore
I have no disguise you can't see through

Well you say it's bad luck
To have fallen for me
Well what can I do to make it good for you
You wore me out like an old winter coat
Trying to be safe from the cold

But when it's my time to throw
The next stone
I'll call you beautiful if I call at all

You call me a dog

You tell me I'm low 'cause I've slept on the floor
And out in the woods with the badgers & wolves
You threw me out 'cause I went digging for gold
And I came home with a handful of coal

But when it's my time to throw the next stone
I'll call you beautiful if I call at all
And when it's my time to call your bluff
I'll call you beautiful or leave it alone
You call me a dog
Well that's fair enough
It doesn't bother me as long as you know
Bad luck will follow you
If you keep me on a leash and
You drag me along

*guitar solo*

and when it's my time to throw
The next stone
I'll call you beautiful if I call at all
And when it's my time to call your bluff
I'll call you beautiful or leave it alone

You call me a dog

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Virada, cultural?

Virada Cultural. No começo parecia uma ideia bacana, algo para agitar a noite paulistana. É legal ver as ruas cheias e animadas às três da manhã, certo?
Errado!

Pense bem, eu detesto lugares muito cheios, prefiro botecos mais tranquilos – então, o que dizer de um evento que lota todos os lugares por onde costumo transitar de madrugada sem ver viv’alma além dos bêbados de sempre?

Claro que é bacana ver tantos eventos e shows acontecendo simultaneamente, por uns instantes SP faz valer sua suposta vocação a polo cultural. Mas daí você começa a ver aquele povo ignorante, que parece ter prazer em ser tosco e mal-acabado inundando as ruas, sujando tudo e arrumando encrenca, e desanima um pouco.

Adoraria poder ter a cidade sempre movimentada a noite, mas sem essa overdose da Virada. E sem gente que não tem a menor noção do que é civilidade.

Aliás, esse é o foda de eventos com entrada franca, sem querer ser elitista nem nada, estou apenas relatando um fato.

Ah, sei lá, eu fico dividido mesmo, por um lado gosto de ver o velho centro reavivado, por outro lado questiono a atitude do povo em geral.

Por que é sempre isso que fode tudo, não? A falta de educação geral. E essa falta de educação não tem a ver com ter ou não dinheiro, tem a ver com ter ou não vontade de agir como um individuo ao menos ligeiramente racional.

Ah, deixa pra lá – talvez eu seja apenas um quarentão que gosta de resmungar e reclamar.

Cant explain!!

Enquanto preparo o post sobre minha dicotômica relação com a Virada Cultural, comecemos a semana com mais um clássico pessoal do Who,  a maior banda de todos os tempos!!

Got a feeling inside (Can't explain)
It's a certain kind (Can't explain)
I feel hot and cold (Can't explain)
Yeah, down in my soul, yeah (Can't explain)

I said ... (Can't explain)
I'm feeling good now, yeah, but (Can't explain)

Dizzy in the head and I'm feeling blue
The things you've said, well, maybe they're true
I'm gettin' funny dreams again and again
I know what it means, but …

Can't explain
I think it's love
Try to say it to you
When I feel blue

But I can't explain (Can't explain)
Yeah, hear what I'm saying, girl (Can't explain)

Dizzy in the head and I'm feeling bad
The things you've said have got me real mad
I'm gettin' funny dreams again and again
I know what it means but

Can't explain
I think it's love
Try to say it to you
When I feel blue

But I can't explain (Can't explain)
Forgive me one more time, now (Can't explain)

(INSTRUMENTAL INTERLUDE)

I said I can't explain, yeah
You drive me out of my mind
Yeah, I'm the worrying kind, babe
I said I can't explain

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dai-me paciência, meu Santo dos Canalhas!!

Segundona pela manhã, abri minha caixa de e-mails e tinha mais um adorável e nausente e-mail bomba – título? “VOCE VAI TER QUE ME OUVIR!!”, sim isso mesmo; pensei cá com meus botões “Chuck amigão, senta que lá vem bomba”.

Leiam o e-mail, na integra, sem mudar uma palavra sequer – apenas reduzi a fonte e tirei o negrito (sim, a bisca escreveu tudo em irritante negrito, como se gritando a plenos pulmões), por que achei pesado demais

EU AMO VOCÊ , SABE DISSO, POR MAIS QUE TENTE NÃO ME MAGOAR, E ACHO ATÉ GENTIL DA SUA PARTE, NÃO TEM COMO NEGAR, PELO MENOS DE MANEIRA OBVIA, QUE VC NÃO QUER NADA ALÉM DA MINHA AMIZADE.
SE TE ENCONTRO NO BAR VOCE SEMPRE TÁ SAINDO, SEU CELULAR NÃO ATENDE, VOCÊ NUNCA ME LIGA, NUNCA SE INTERESSA NEM EM OUVIR MINHA VOZ, ESTOU NUMA TRISTEZA POR CAUSA DISSO QUE NEM IMAGINA... EU TENTO SEGUIR MINHA VIDA, EU TENTO ENTENDER SUA MANEIRA DE VER A VIDA E EU RESPEITO  O  FATO DE SER UM SOLTEIRÃO TE IMPEDE DE TER UMA MULHER ESPECIAL NA SUA VIDA, VOCE SÓ QUE ME AGARRAR, BEIJAR, E ALGO MAIS, É SEMPRE OTIMO , EU ADORO, MAS SOU MADURA O SUFICIENTE PRA ENTENDER QUE NÃO QUER NADA ALEM DISSO, MAS NÃO ACEITO SO ISSO COM UM HOMEM QUE AMO , RESPEITO, ADMIRO E NUNCA MENTIU PRA MIM QUE NÃO QUER SE ENVOLVER. MAS VOCÊ RESOLVEU QUE NÃO É MELHOR PRA MIM, PRA VC OU PRA NÓS DOIS?
UMA VEZ EU DISSE QUE SOU SIMPLES DEMAIS PRA VOCÊ, E ACHO QUE É BEM ISSO, POSSO ATÉ ESTAR FALANDO UMA SERIE DE ASNEIRAS, MAS PRA MIM SENTIMENTO NÃO PODE SER GUARDADO, ESCONDIDO, TRATADO COMO ALGO CALCULÁVEL, ANALISÁVEL , TÃO FRIAMENTE.  SAIBA QUE TE AMO, MAIS DO QUE JÁ AMEI ALGUÉM, E JAMAIS VOU AMAR, NÃO ACEITO CONTINUAR SER SÓ SUA AMIGA, MAS PRECISAVA FALAR TUDO ISSO, EU  ME SINTO AQUI, SÓ, PERCEBENDO, INTUINDO, OU SEI LÁ O QUE, O SENTIMENTO QUE VEM DE VOCÊ PRA MIM.  EU TE AMO CHUCK, MAS TE AMO TANTO, TÃO INTENSAMENTE, QUE TE RESPEITO , QUE ACEITO, MAS PRECISO LEMBRAR VOCÊ O QUANTO É AMADO,.NÃO SEI SE ISSO É SIGNIFICATIVO OU NÃO PRA VOCÊ... TER CONHECIDO UM HOMEM COMO VOCÊ! MESMO SENDO UM CAFAJESTE COMIGO UM MILHÃO DE VEZES TE AMO!!!!!!

Dois dias de profundo silencio depois, veio mais uma e-missiva:

Chuck, entendo o que quis dizer, mas sei que pode me entender, e colocar-se no meu lugar, se for possível... não existe maldade nenhuma, talvez um momento em que o amor não coube e disse tudo isso, SINTO SUA FALTA SIM, DESEJO VOCÊ E MUITO , NEM IMAGINA.
    Espero que perdoe se te magooei. DESCULPE.


E hoje chegou mais um:

Bom dia Chuck,
espero que esteja tudo bem. 
Quero pedir desculpas, não era minha intenção chateá-lo , você sabe o quanto amo você, o quanto te respeito, e admiro. 
Talvez eu fique procurando motivos para entender algo muito simples. Eu te amo e o sentimento não é recíproco . Tenho que entender e aceitar o seu jeito, a sua maneira de vivenciar nossa amizade. Talvez nem queira mais minha amizade, e respeito sua opinião.
  Se for possível me perdoe,de qualquer maneira não foi a minha intenção desrespeitar você, ou  duvidar do que vocêdizia, eu sei que você entende sobre o que sinto.
 Se puder , quiser e sentir que pode continuar sendo meu amigo eu adoraria.
beijos, um milhão de desculpas, da sua amiga boba!

Então tá, lá vamos de novo. Conheci a madame numa noitada, amiga de uma amiga ou algo assim. Saímos uma meia dúzia de vezes, ela sempre me olhando com aquela cara de “sei-que-você-não-presta”...e quer saber mesmo? Se prestar é se curvar a carência emocional alheia, é concordar com tudo que as mulheres querem impor na sua vida, FODA-SE, NÃO PRESTO MESMO!! Nunca dei a ela a menor esperança de nada além de uma boa noite em agradável companhia. Agora, só por que ela cismou comigo eu TENHO  que ama-la, TENHO que aproveitar a maravilhosa e imperdível chance de ter uma lar feliz que ela me oferece, TENHO  que virar metade de algo que nunca quis ser?!?!

Sabe, mulher é um bicho estranho pacas – quando cisma que ama um sujeito, a primeira coisa que esquece é que amar alguém implica em respeitar a liberdade desse individuo, aceitar suas opiniões e vontades, e NÃO TENTAR IMPOR UM CAMINHO PARA O SUJEITO!! Por que algumas mulheres insistem em querer que qualquer relacionamento tenha que seguir seu caminho, suas regras, sem nem ao menos olhar para a vida como ela realmente é?!?!

E ela ainda se pergunta por que a evito!!

Sabem, as vezes eu acho que isso é uma especie de maldição.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pequenas sagas canalhas, ou, como eu me divirto com esse blog!!

E de repente, o canalha resolve levar uma musa altamente questionável para casa – não a dela, mes amis, mas a casa dele, o recanto do guerreiro, como dito num comercial recente na televisão (comercial esse, alias, que merece um post por si só, mas deixo isso pro futuro); sim, ele não aprende, os erros se repetem. Unglaublich!!

Mas no caminho, ele se lembra de que talvez não fosse uma boa ideia levar aquela musa específica para o apartamento – afinal de contas, ele conhece o tipo e lembra a cara que ela fez na ultima vez que treparam e ela encontrou marcas inegáveis de outras relações carnais no meio ambiente – digamos, algo marcado a unhadas na carne do canalha em questão. Ele lembra que pelo apartamento poderão ser encontradas, numa rápida passada de olhos, pistas e marcas de outras musas – principalmente de uma musa INquestionável, da única mulher que ele leva em alta conta, e com quem mantém uma relação verdadeiramente saudável e (praticamente) stress free.

O que ele faz então, meus camaradas? Simples, faz o que todo canalha tem que saber fazer muito bem – ele mente. He he he...

Sacando rápido do F.M.I (Fundo de mentiras instantâneas), ele pede a ela que espere um minutinho à porta do cafofo sagrado, com a desculpinha vergonhosamente esfarrapada MAS  deliciosamente eficiente de que  precisa organizar o local para recebê-la. Cinco minutos depois, pistas (aparentemente) bem guardadas, ele abre a porta e com um sorriso canalha-cafajeste de primeiro grau a convida para entrar, dizendo “- Agora sim o lugar está digno de você, minha delicia!!”

É ou não é pra se orgulhar de um sujeito assim?

He he he

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Presentinho

Acabei de receber por e-mail esse presente de uma das minhas musas questionáveis...é, ela realmente me conhece um pouco...he he he...só que no meu caso, não tem ninguem pra encher o saco quando chego bêbado em casa.
                       

Tragédia, pura e simplesmente

Hoje não é dia de fazer piada com minhas musas questionáveis, comentar minhas velhas canções favoritas ou xingar esse bando de neo-yuppie bunda-mole que trabalha aqui por perto.

Só quero dizer que esse desgraçado que matou as crianças em Realengo merecia morrer vinte vezes por cada criança que matou, arder no inferno por vinte eternidades por cada vida que tirou.

luto rio de janeiro

terça-feira, 5 de abril de 2011

A balada do perdedor, by Marcelo Nova

Pois é, tirei a semana pra falar de música

Hoje de manhã ouvi a canção abaixado, algo como saída de um lugar distante. Uma daquelas pérolas perdidas no fundo do mp3.

A letra é muito inteligente, escondendo seus segredos na primeira audição – mas quando você descobre algumas de suas verdades, ela é assustadoramente cruel. Se música tivesse cheiro, ela cheiraria a noite, decadência e whiskey barato.

Como de hábito, negritos por minha conta!


A noite parece tão promissora, luzes por todo lugar
Decotes, sorrisos, sussuros: cheiro de conquista no ar
E eu aqui, sozinho, tentando fazer esse isqueiro funcionar
Parando em frente a porta do paraíso, mas sem vontade de entrar

Os astros cheiram o pó das estrelas e as trombetas estão soando
É no céu que se morre de tédio, os anjos estavam blefando
Eu conheci a mais bela vingança, vestida de noiva no altar
Parado em frente a porta do paraíso, mas sem vontade de entrar

Essa é pra quem deus não respondeu
Essa é pra quem o tempo esqueceu
Essa é pra quem não renasceu
Essa é pra quem jogou... e perdeu

Essa é pra paulo cezar que fez a mala e sumiu de vista
Essa é pra marta que pulou da janela de um 8º andar na Paulista
Eu ouvi os sons da dor e da fúria mudarem de lugar
Parado em frente a porta do paraíso, mas sem vontade de entrar

Essa é pra quem brindou ao destino e ao vento traiçoeiro
Essa é pra quem nunca entendeu o exato valor do dinheiro
Eu vi a areia do tempo entre meus dedos escorregar
Parado em frente a porta do paraiso, mas sem vontade de entrar

Mas não há porque sentir vergonha do ponto onde chegamos
Sobreviver é uma forma de arte na rua onde nós moramos
Não há sede que se possa aplacar, nem sonho que se queira sonhar
Parado em frente a porta do paraíso, mas sem vontade de entrar

Se certifique das suas intenções quando for preencher o papel
Pois é você quem carrega a bagagem no corredor deste velho hotel
Aqui não há serviço de quarto e talvez você tenha que ficar
Parado em frente a porta do paraiso, mas sem vontade de entrar

Essa é pra quem deus não respondeu
Essa é pra quem o tempo esqueceu
Essa é pra quem não renasceu
Essa é pra quem jogou... e perdeu


A sua saúde, Marceleza!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Now Ziggy played guitar...

Acho que minha lembrança mais forte sobre o Bowie é de estar muito bêbado, em algum lugar no final dos anos oitenta, ouvindo Ziggy Stardust milhões de vezes seguidas. Não é incrível como as mais doces lembranças envolvem amigos caríssimos e uma quantidade anormal de bebida alcoólica? He he he

David Bowie – o que falar do cara? Alguns artistas morrem por inanição, presos a um estilo, uma formula manjada e repetitiva; outros morrem num turbilhão de mudanças, tentando seguir a moda musical vigente, perdendo totalmente sua identidade musical. Mas os realmente bons se reinventam, renovam suas forças a cada álbum. Bowie vai além, ele faz da reinvenção parte indissociável do seu estilo. Sem medo de se perder ou perder uma formula de sucesso, seguindo apenas a urgência do seu próprio senso artístico.

Mas por que diabos resolvi falar do Bowie hoje? Simples, meus amigos – passei o final de semana todo ouvindo Bowie com a Karen, aquela deliciosa musa questionável que conheci no carnaval (vamos lá, não sejam preguiçosos como eu, vão lá no post que fiz sobre ela quando nos conhecemos, taí o link http://eaindamechamamdecanalha.blogspot.com/2011/03/encontrando-karen.html?zx=722a4ab60510beb3)

Como comentei, ela mora em Santos; todo sábado tem um curso que está fazendo em Guarulhos, e nesse final de semana ela quis ficar por aqui para sairmos no sábado, e depois da balada fomos para minha casa. Eu sei, eu sei, pode parar de apontar o dedo, sei que no final de semana passada fiz a mesma coisa com outra amiga e deu merda, mas como eu disse, a Karen tem a postura correta quanto a namoros e relacionamentos – aparentemente, quer manter tanta distancia deles quanto eu!!

Resumindo, foi um final de semana muito bom, ouvimos muito Bowie (ela também é fissurada nessa fase Ziggy Stardust dele, embora prefira a versão do Bauhaus para essa música), bebemos muito vinho – geralmente só tomo whiskey, mas Bowie pede vinho, não me pergunte o porquê!, e domingo ela pegou a estrada de volta para o litoral.

Dá pra lembrar certinho dela fumando na janela do meu apê, olhar perdido entre as luzes da cidade lá fora – exatamente como eu mesmo fiz milhares de vezes.

E querem saber? Foi simplesmente perfeito. Sem recriminações, sem cobranças, um respeitando o outro de forma mais legitima e pura. Resultado geral: dúzias de ótimas lembranças de momentos muito bons que não se corromperão num mar de tédio e aborrecimentos.



Um brinde a você, pequena Karen. Por ser quem é, e por mostrar que algumas mulheres ainda percorrem um caminho legitimo nesse mundo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Confissão, ou, por que joguei Capachinho pela janela

Depois de ouvir, em alto e bom som, o sujeito dizer cheio de orgulho, como se fosse a coisa mais linda do mundo:

“Faço como meu pai me ensinou! Meu pai dizia: “-Capachinho, meu filho, aprenda uma coisa na sua vida – o saco do seu chefe é o corrimão para o sucesso!!”"

O que eu poderia fazer além de joga-lo do 13º andar?!?!