terça-feira, 26 de julho de 2011

Lembranças encharcadas em alcool

Sábado estava num boteco diferente, e entre os vapores alcoólicos de sempre ficava observando uma televisão passando velhos clipes de rock. Lá pelas tantas aparece um vídeo da Madonna em inicio de carreira, algo com cenas daquele filme que ela fez com a irmã Arquette feinha – embora a Arquette bonitinha também não seja nada demais, anyway. E no vídeo aparecia a Madonna as vezes loira, as vezes morena, aquela pintinha sobre o lábio superior, com uma aparência tão deliciosamente slut – o que pra mim é ela em sua melhor forma, tão pecaminosamente biscatinha de rua. Claro que já devia ser a manipuladora insuportável que se revelou ao longo dos últimos vinte e tantos anos, mas essa versão biscatinha decadente é a única dela que consigo tolerar.



E lá pelas tantas, estava eu lá pensando na Madonna 85, quando uma garota resolveu sentar na minha mesa, pediu licença e tudo o mais, vejam que educadinha. Esses tipos modernetes pero no mucho, pés cansados de dançar na pista ao som da banda residente. Acabamos conversando um pouco, estudante de direito (estudante!! pelamordeDeus), 19 anos, mora numa república com mais duas garotas, e blá-blá-blá, aquele olhar convidativo de quem tem sérios problemas com figuras paternas, enfim – espero que ela tenha MESMO pelo menos 19 anos...e que eu não tenha conhecido a mãe dela lá pelos anos 90. Acho que me lembro de ter perguntando pra ela no decorrer da noite/começo de manhã o que ela estava fazendo na companhia de um sujeito com idade para ser o irmão mais velho do pai dela, mas não me lembro de nenhuma resposta além de mais sorrisos e etceteras – com ênfase nos etceteras.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo

E acessando o site surtoescrito.com, da sempre simpática Ana Cláudia, li que hoje é o dia do amigo, ou Dia do Amigo, ou algo assim...

Daí fiquei pensando numa forma de homenagear meus poucos amigos. Alias, poucos não, pouquíssimos. Sério mesmo, sou um sujeito de muito poucos amigos, acho que nos dedos de uma mão dá pra contar todos e ainda sobram dedos, literalmente. Claro que seria fácil dar uma de incompreendido e colocar a culpa nos quase-amigos que ficaram pelo caminho, mas a grande verdade é que não é fácil ser meu amigo. Sou o primeiro a admitir que sou chato pracarai, um tipo difícil de se aturar, cada dia mais cheio de manias e esquisitices. Não sou de risadas fáceis nem de fazer concessões em troca de simpatia, falo na cara tudo o que penso ou sinto, e devo admitir que muitas vezes beiro a misantropia - ou colocando de forma mais simples, muitas vezes não tenho saco para o ser humano como um todo. As pessoas me cansam e aborrecem, e eu simplesmente me mudo de mesa com meu whiskey, largando todo mundo falando sozinho. Muitas vezes prefiro a minha própria companhia, e como disse uma vez uma de minhas musas questionáveis, sou o tipo de cara que se sente solitário no meio de uma multidão, por que eu simplesmente não consigo me conectar à humanidade – que por sinal, considero extremamente superestimada.

Mas, dentre mortos e feridos, ainda me sobram alguns amigos, alguns bons amigos, pessoas que por algum motivo inexplicável ainda não se encheram de mim. E é a esses que dedico este post torto, pra dizer que mesmo que na maior parte do tempo eu não deixe transparecer isso, gosto pracarai de cada um deles, e que podem sempre contar comigo, lado a lado, ombro a ombro, pro que der e vier!

Desde que tragam a bebida para celebrar a vitoria depois da batalha.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Com a palavra, Mr. Bukowski

Mulheres
Gostava das cores de suas roupas, do jeito delas andarem, da crueldade de certas caras.
Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina.
Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

16:30h - só uma idéia, mas que dá uma vontade...

Eu não resisto quando ela me olha assim, ou, Chuck continua tarado na Joan Jett

Hoje é dia!!

Como em todo inverno, a melancolia impera de uma forma desgraçadamente plena, regada a whiskey barato e ressacas homéricas, e tenho acordado com um sentimento meio que

Misery likes company, I like the way that sounds (...)
Staring at the paper I don't know what to write
I'll have my last cigarette, well, turn out the lights
Maybe tomorrow I'll feel it differently
But here in my delusion I don't know what to say

Mas, senhoras e senhores, colegas canalhas ou visitantes inocentes deste blog, hoje é o dia mundial do rock’n’roll!!

Então vamos celebrar toda uma vida em meio a presepadas com minhas musas questionáveis, amigos de longa data, muita bebida, sexo e rock’n’roll, com uma musica sensível, bonita, relaxante e edificante...

Senhoras e senhores, com vocês os meninos simpáticos e saltitantes do...MOTORHEAD!!!

If you like to gamble, I tell you I'm your man
You win some, lose some, it's - all - the same to me
The pleasure is to play, it makes no difference what you say
I don't share your greed, the only card I need is
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

Playing for the high one, dancing with the devil,
Going with the flow, it's all a game to me,
Seven or Eleven, snake eyes watching you,
Double up or quit, double stakes or split,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

You know I'm born to lose, and gambling's for fools,
But that's the way I like it baby,
I don't wanna live forever,
And don't forget the joker!

Pushing up the ante, I know you've got to see me,
Read 'em and weep, the dead man's hand again,
I see it in your eyes, take one look and die,
The only thing you see, you know it's gonna be,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

He he he – não quero nem ver o tamanho da ressaca amanhã!!

best of

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pequenos momentos canalhas - parte II

Uma noite qualquer, a garota assoprando com força a fumaça do cigarro e mirando o teto com um olhar distante, naqueles famosos momentos de relaxamento pós-coito, quando o sujeito  ao seu lado se vira pra ela e passa a encara-la com um daqueles insuportáveis olhares fofinhos, do tipo minha-deusa-loira...

- O que você está me olhando? – pergunta a garota.

- Estou aqui pensando como você vai ficar linda de noiva... – responde ele, com aquela voz embasbacada e subserviente que só mesmo um otário apaixonado sabe fazer.

.
.
.

E semanas depois, ao encontra-la no mesmo bar onde se conheceram, ele ainda tem a cara de pau de perguntar por que ela não responde mais aos seus recados na secretaria eletrônica...

He he he

(pra ninguém dizer que eu só olho o lado dos homens...he he he)

Pequenos momentos canalhas - parte I

Uma noite qualquer, o sujeito fazendo argolas com a fumaça do cigarro e mirando o teto com um olhar distante, naqueles famosos momentos de relaxamento pós-coito, quando a garota ao seu lado se vira pra ele e passa a encara-lo com um daqueles insuportáveis olhares fofinhos, do tipo coração-apaixonado-só-escuta-a-propria-voz-e-ninguem-mais...

- O que você está me olhando? – pergunta o sujeito.

- Estou com medo de dormir, e quando acordar você não estar mais aqui... – responde ela, com aquela voz grudenta de tão melosa que só mesmo uma mulher apaixonada sabe fazer.

.
.
.

E semanas depois, ao encontra-lo no mesmo bar onde se conheceram, ela ainda tem a cara de pau de perguntar por que ele não responde mais aos seus recados na secretaria eletrônica...

He he he

...come crashin' like a drunk on a bar room floor...

Tem alguns caras que realmente parecem relatar, em seus velhos blues, trechos da vida de sujeitos como eu...isso eu chamo de arte, baby!!

I know what it's like to have failed baby
With the whole world lookin' on
I know what it's like to have soared
And come crashin' like a drunk on a bar room floor

Now you got no reason to trust me
My confidence is a little rusty
But if you don't feel like bein' alone
Baby I could walk you all the way home

Well now our old fears and failures
Baby they do linger
Like the shadow of that ring
That was on your finger
Those days they've come and gone
Baby I could walk you all the way home


Love leaves nothin' but shadows and vapor
We go on, as is our sad nature
Now it's some old Stones' song the band is trashin'
If you feel like dancin', baby I'm askin'

It's comin' on closing time
Bartender he's ringin' last call
These days I don't stand on pride
And I ain't afraid to take a fall
So if you're seein' what you like
Maybe your first choice, he's gone
Well that's all right
Baby I could walk you all the way home
Baby I could walk you all the way home

segunda-feira, 4 de julho de 2011