quinta-feira, 28 de março de 2013

Ah não, outra advogada - parte 2 ou Pancadaria no sábado à noite!



Antes de começarmos, tenho a dizer em minha defesa que não fiz praticamente nada para ser abordado, abalroado, atacado, e ter minha inocência e santidade praticamente arrancadas às mordidas e arranhões na última noite de sábado, naquele boteco dos velhos tempos revivido! Sim, meus amigos, mordidas e arranhões, mas calma que eu já chegou lá!
A cronologia plena da noite tem alguns furos, alguns lapsos de tempo (ou de memória, enfim, culpem o maldito scotch nacional!), mas me lembro de chegar no lugar por volta de umas onze horas e começar a circular; o lugar estava meio vazio, mas logo foi chegando mais gente, não o suficiente para lotar o boteco mas apenas um tanto para garantir proporções agradáveis de possíveis musas questionáveis.
Retomando um velho hábito, sentei-me na ponta mais distante do balcão do bar do ambiente principal, de onde podia ter uma visão muito boa das frequentadoras do boteco, e uma vista ainda melhor da nova bartender, uma pequena deliciosa nos seus vinte e pouquíssimos anos, mas que (por enquanto) ainda não me deu moral.
Dai estava eu lá, apenas um velho canalha bebericando seu whiskey, e logo saquei um grupinho animado próximo de mim; claro que como não sou bobo nem nada, dei uma encarada numa gordinha (confesso, me amarro numa gordinha, mulher muito magra dá a impressão que vai se quebrar no primeiro arrocho mais forte!!) até que bem bonita, mas sem dispender maiores esforços; e assim a noite foi avançando, o whiskey correndo solto, e numa segunda olhada para o animado grupinho pude ver uma outra garota, já olhando pro meu lado toda languida, na casa do seus vinte e tantos / trinta e poucos anos, uma beldade bem apanhada, olhos expressivos, cabelos ruivos aparentemente naturais e pequenas sardas encimando um lindo sorriso sacana, do tipo que desperta o interesse de um canalha qualquer como eu.
De principio, não passamos de algumas trocas de olhares disfarçados, e como a garota parecia meio sem jeito preferi dar uma volta pelo lugar. Amigos canalhas de plantão, sejamos honestos, todos sabemos que este é um dos mais velhos truques do repertório de um canalha de respeito – fingir indiferença sempre atiça o interesse da muherada! E não deu outra! Do bar fui para uma área externa, uma espécie de sacada transformada em fumódromo, e logo lá estava a garota, zanzando pelo fumódromo também, arrastando uma amiga a tiracolo. Já disposto a enredar mais a musa sardentinha, resolvi circular mais um pouco pelos ambientes do lugar e foi batata, todo lugar onde eu colava, logo ela e sua escudeira colavam também, a cada momento intensificando ainda mais a troca de olhares e risinhos.
E numa dessas trocas de ambientes fui abordado pela plenamente entregue e desejosa musa questionável, que veio com um papinho furado, me perguntando se eu não era amigo de num sei quem, dai começamos a conversar, sempre bem colados, com esbarrões estratégicos, muita mão no braço, no peito, beijinhos na mão, e logo resolvi pagar algo pra ela beber e seguimos conversando.
Lá pelas tantas, a banda residente começou a tocar algo como a música favorita dela que, tomada por uma repentina euforia, provavelmente turbinada por tudo que ela já havia bebido, me agarrou de forma selvagem, eu diria, com beijos fortes que logo se tornaram em mordidas. Mas os beijos mordidos foram só o começo! Ela realmente curtia algo mais violento, mais pegado, e começou a sessão de chupões e arranhões fortes nas costas e braços. Como também gosto de garotas mais selvagens, logo a coisa pegou fogo, era mão, beijo, mordida e arranhão pra tudo que era lado. Sinceramente, não tenho nem ideia de quanto tempo ficamos juntos, nem como foi que chegamos a um dos inúmeros hoteizinhos “familiares” da região, mas quando me toquei já eram quase seis da matina, e o celular dela tocava, anunciando que eu precisava leva-la de volta ao boteco, para que ela pudesse ir embora com suas amigas.
Chegando lá a galera dela já estava pronta para ir, mas ela ensaiou uma tentativa de enrolar, algo como “ai-ui-acho-que-vou-passar-a-manhã-com-ele”, mas aproveitei o momento para dizer a ela com minha mais deslavada cara-de-pau e meu mais perfeito sorriso-canalha que tinha sido um imenso prazer conhece-la, que ela era uma delicia e tudo o mais, mas que o sol já ia nascer e eu precisava ir. Depois de um último beijo, virei as costas e atravessei a rua lateral, subindo pelo outro lado e me mandei, sem olhar para trás nem uma última vez. E sem pegar telefone, e-mail ou algo que o valha. Porra, nem sequer lembro direito do nome dela!! Acho que era Marisa, ou Marina, ou Maisa, ou algo assim...he he he...

Post Scriptum: ao acordar no domingo foi que pude ver o tamanho do estrago, constatando um verdadeiro inventário de marcas de unhada, arranhões, mordidas e até mesmo um pequeno roxo próximo a um dos olhos. É, meus amigos, mais uma vez se confirma a tese de que as ruivas tem um fogo selvagem queimando dentro de si! E como resultado geral da partida, a noite valeu a pena como prática da mais pura canalhice, o suficiente para eu passar um tempo na base do low profile – pelo menos, até que outra musa questionável resolva me agarrar e abusar da minha inocência. He he he...

sábado, 23 de março de 2013

Ah não, outra advogada?!?!?

E a noite segue o ritual habitual...

...você fica por ali bebendo, circulando, e bate o olho numa candidata a musa questionável...

... dá um jeito de se manter por perto, e começa o jogo de olhares trocados, saídas misteriosas e retornos aguardados...

...e a musa vai tomando corpo, se mostrando interessada, com longos olhares pros seus lados, até que os olhares e acenos passam para uma tentativa de conversa...

...e logo o charme dela meio que se perde, por que ela se revela uma pequena mala histriônica...

...ok, Chucky, já chegou até aqui, vá em frente...

---.e papo vem, papo vai, começa a tocar algo da banda favorita dela, e a musa questionável se entrega ao habitual ritual de amassos, beijos, mordidas, arranhões e roupas semi-arrancadas...

...e horas depois, no final literal da noite, já com o sol prestes a sair, você se despede com um último beijo, vira as costas e sai andando, já que, como já dizia aquele velho blues, a história é sempre a mesma, só o que muda são os nomes, não importa quem você encontre na noite, sempre seguirão caminhos separados.

terça-feira, 19 de março de 2013

What an angel like her want to do with a devil like me?


Eu não entendo o jeito como ela me olha, entre constrangida e fascinada, nem a timidez em seu sorriso. Muito menos entendo o que uma garota com cara de anjo pode querer com um velho demônio como eu. Também não entendi quando ela entrou na minha sala, com uma desculpinha esfarrapada. Entendo menos ainda quando a flagro me seguindo com o olhar.
Mas entendo bem o efeito de um sorriso tão doce e inocente, carregado com expectativas que, venhamos e convenhamos, nunca serão atingidas, por melhores que sejam como promessas de encantos.
Nota canalha: hoje cedo me peguei olhando pela porta da minha sala, e contemplando minha equipe e mais um pedaço do salão – que diabos, esse pessoal é doido de colocar um canalha assumido como eu no meio de tantas delicias?

sexta-feira, 15 de março de 2013

Um estranho reencontro


Sábado passado voltei a uma antiga cena-de-crime; ok, exageros à parte, sabadão me permiti voltar a um dos meus antigos botecos favoritos, um lugar que frequentei durante meses seguidos uns anos atrás – aliás, é um dos meus grandes favoritos, que tenho frequentado de vez em sempre ao longo de quase vinte anos. Um dia ainda escrevo sobre o boteco em si.
Claro que, cagado de pombo como sou, imaginei que nesse retorno ao velho antro pudesse reencontrar alguma antiga musa questionável, provavelmente daquelas escandalosas do tipo seu-canalha-você-sumiu-e-nunca-mais-me-comeu; num primeiro pensamento, pensei que a sortuda da noite seria a doce Dani, embora ela tenha um sério motivo para não cair mais para a noite (se meus cálculos estão certos, um motivo de mais ou menos um ano e pouquinho, rosadinho e chorão – e não, não tenho nada a ver com isso!), afinal de contas ela também tem uma história de anos com o lugar, mas, para minha surpresa, quem surgiu na minha frente, deliciosa como sempre, foi a pequena Alexia.
Alexia, a.k.a Alexia Dark como ela costumava assinar seu perfil numa quase falecida rede social (sim, meus amigos, essa mesmo), também conhecida em outros círculos menos noturnos como Alessandra, é uma mestiça de japonesa simplesmente linda, mais de 1,80m de mulher, cabelos tipicamente volumosos mantidos sempre à altura dos ombros, e um corpo de estourar o zíper da calça de qualquer sujeito que goste do jogo. Pensem numa versão japa-cavala da Siouxsie e terão uma vaga ideia da bombshell Alexia. Logo de cara saquei que ela continuava gostosa como sempre, nos últimos anos não havia nem engordado, nem emagrecido (é sempre um risco que as musas correm, basta ficar uns meses sem aparecer e pumba, a mulher aparece parecendo a Wilza Carla ou um esqueleto anoréxico!), mas com um belíssimo adicional – um par de airbags nos peitos que simplesmente a deixaram perfeita! Se bem me lembro, ela havia comentado sua vontade de turbinar as peitcholas nos velhos tempos. Agora ela deve estar com seus 24, no máximo 25 anos, mas pelo que vi no sábado continua a mesma porra-louca de sempre, com apenas uma (desagradável) mudança – um namorado à tiracolo – by the way, que sujeitinho com cara de tonto! Sério mesmo, parecia o tipo de sujeito que Alexia sempre pediu aos céus (ou infernos, nunca dá pra se saber com esse povo gótico), um tonto que a olha como se ela fosse uma deusa (ok, ela merece, vai ser gostosa assim na minha cama), e que banca sua balada e garante a carona para casa no final da noite.
Seguindo as regras do Manual do Canalha, capítulo XXVII, seção XIV, anexo B, achei por bem ficar na minha e tentar evitar a Alexia, afinal de contas o boteco ser grande pracarai, com uns três ou quatro ambientes diferentes tem que servir para alguma coisa prática, nem que seja ter onde se esconder e fugir de ex-musas acompanhadas por namorados bobões. Contava também que a pequena teria o bom-senso de me evitar, não tendo assim que explicar para o namoradinho-garotão de onde ela conhecia um sujeito como eu – e ainda pior, o que havia rolado entre nós em outros tempos.
Mas claro que, como nunca podemos contar com o bom-senso e inteligência de minhas musas, Alexia optou por passar a noite toda tentando esfregar seu namorinho na minha cara (acho que o fato de ter dispensado a menina e sumido por um par de anos tem algo a ver com essa atitude, vai saber?). E lá ia o Chuck para o bar superior, apenas para dar de cara com o casalzinho se pegando do meu lado; era subir pra pista (não, Tio Chuck não dança, nunca, nem pensar, apenas fico na área admirando as possíveis futuras musas) e dali a pouco estava aquele 1,80 e tanto de japa-girl dançando do meu lado e ainda pior, por mais que eu me esgueirasse à francesa para outros lados, tentando esbarrar em mim. Colava no fumódromo, e la vinha ela toda felizinha com seu bobão. E assim foi por boa parte da noite, eu circulando, ela me cercando, me olhando por sobre os ombros do namoradinho, achando que eu me importava com suas ceninhas de casalzinho-feliz-correndo-na-praia-em-comercial-de-agua-mineral.
Mas o saldo final da noite foi positivo, apesar de alguns momentos meio babacas; fiquei contente em ver que ela está bem, independente do que rolou no passado e do tradicional fim Chuck-você-é-um-canalha! que tivemos sempre tive um certo carinho por ela, afinal de contas é uma garota bacana, meio doidinha demais até mesmo pros meus padrões, de certa forma uma figura trágica em sua carência e sua fixação por um ex-namorado de tempos antigos (huum, pensando bem, o atual namoradinho parece uma versão abundalhada do outro sujeito), uma bipolaridade com relação ao sexo meio preocupante (humpf, acho que qualquer dia desses vou ter que escrever um post melhor sobre ela). Sei lá, de qualquer forma torço para que ela seja feliz – desde que essa felicidade não inclua nenhum tipo de relacionamento sério (expressãozinha sinistra, de dar arrepios, não?) comigo.
Pior que depois dessa noite fiquei com uma vontade de voltar ao mesmo boteco mais vezes, apenas para ver se esbarro com ela ou com alguma outra antiga musa questionável mais vezes, quem sabe até para estar por perto quando o namorico dela acabar – vão por mim, conheço aquela garota bem demais, ela nunca foi de parar quieta com um bundinha daqueles. He he he...

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tem gente que realmente beira o retardo mental, não?


Aqui na Corretora trabalhamos num mesmo ambiente, praticamente sem grandes divisórias, algo em torno de umas 40 pessoas, entre operadores, corretores, adms e eteceteras em geral. Num ambiente assim, onde todo mundo acaba ouvindo tudo, é de bom tom, ou sendo mais direto e menos polite, é ter um mínimo de simancol e ao menos traços vestigiais de bom-senso e educação básica, manter a porra do maldito celular no modo vibracall, ou ao menos deixar o toque o mais baixo e discreto possível. Mas claro que aqui, como em todos os lugares desta merda de mundo, ocupado por uma espécie predominante altamente superestimada e imbecil (também conhecida como humanidade!), também temos nossa cota de imbecis; e é justamente nessa cota que se enquadra um sujeito ridículo, algo entre 30 e poucos e 40 e tantos anos (é difícil de precisar com mais exatidão, de tão gordo e ensebado que o sujeito é!), que insiste não apenas em não deixar a merda do seu celular último tipo no vibracall, como ainda por cima é conhecido por toques supostamente joviais e divertidos. Pelo menos divertidos na cabeça idiota dele. Nas últimas semanas o filho de uma puta gonorreica estava usando aquela música do coreano retardado, que a imensa massa humana igualmente retardada transformou no vídeo mais assistido na historia do youtube, mas hoje ele resolveu exibir, com seu característico sorriso quase-babando-de-tão-idiota, seu novo toque de celular, alguma retardatice midiática que repete à exaustão moleque-leque-leque-leque-leque-leque-leque-leque em ritmo de funk. Mas como nada está tão fodido que não possa piorar, não basta usar um toque de celular retardado desses, tem que deixar tocar durante alguns segundos antes de atender, enquanto simula uma dancinha-funk lastimável.
Então, meus caros, já sabem – se sair na mídia o incrível caso de um sujeito que engoliu seu celular ainda tocando e com mais meia dúzia de dentes, já sabem o motivo.