segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Ser um canalha de bom-coração não me faz menos canalha

Achei que tínhamos chegado a um ponto bom no nosso (quase) relacionamento - tivemos uma noite quente ducaralho, e ao nos reencontrarmos após algumas evitadas de praxe, conversamos feito dois adultos, bêbados demais para não sermos honestos um com o outro, e expliquei a ela que eu era sujeira, que não daria certo qualquer tipo de relacionamento serio entre nós, pelos meus motivos habituais.
Sábado agora nos esbarramos de novo no boteco sujo habitual; quando passei por ela a cumprimentei, mas segui em frente e ela ficou no meio de seu habitual grupo de amigas e amigos.De começo senti uma certa distancia na postura dela, mas não liguei, imaginando que ela estaria de pegação com algum dos rapazes do grupinho.Segui minha noite, e eventualmente acabei nos braços de uma nova musa questionável, tão rasteira que por si só nem merecerá lembranças.
Quatro e tanto da madruga, conta fechada para ir embora, passei pelo balcão do bar pra me despedir da mais simpática bar-woman do mundo, quando a vi conversando com uma de suas amigas, me parecendo bem irritada. Ao perguntar a ela se estava tudo bem, fui arrastado pelo braço até o fumódromo, para que pudéssemos conversar.
Foi ai que fui mesmo pego de surpresa; entre frases desconexas, provavelmente resultado das diversas doses de tequila bebidas ao longo da noite, ela acabou deixando bem claro que nunca havia esquecido nossa primeira noite, e que sempre que me via acaba ficando abalada, que sempre tentava ao longo das noites disfarçar e tudo o mais, mas que quando conversamos e eu lhe disse que nao era o tipo de homem que ela procurava havia sido uma das piores noites de sua vida, e que naquela noite (sabadão agora) ela quase havia pulado no pescoço da musa questionável da noite, que se mordeu de ciumes, que desde que nos conhecemos, a quase dois anos, que ela só tem feito pensar no que houve e que...
Enfim, qualquer bom sujeito numa hora dessas deveria ter a ombridade de conversar com ela e reforçar que só iremos ser amigos, nada mais.
Claro que fiz o oposto,e acabamos nos atracando e amanhecendo o dia juntos.
Chuck, você não aprende mesmo, seu desgraçado! he he he



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Uma pequena homenagem a mais nova musa questionável

Não era exatamente pra ter sido ela. Não entendam errado, mas tinha ido atrás de uma outra candidata a musa questionável, mais vulgar, mais loira de farmácia, mais bêbada e mais fácil.
Depois de um breve contato e comentários cretinos (minha especialidade, alguns diriam) sobre marcas de veneno e doses de whiskey, me recusei a ir atrás da garota e continuei circulando pelo meu boteco sujo favorito da temporada. 
Minutos depois, acabei sentado ao seu lado, tentando entender bebadamente o que ela dizia mais ébria ainda, tentando cativar sua atenção, ou ao menos distrai-la de um babaquinha que tentava bancar o cavalheiro...he...he...he...
Pouco tempo depois, vejo ao meu lado outra musa questionável, mais bela, mais discreta, e com um charme delicado de um mecha de seu cabelo escuro caindo sobre seu olhar quase tímido - bem,tão timido quanto as circunstancias permitiam.
Logo percebi que meu destino não era acabar a noite com a loira com jeito de corrimão de quartel, mas afortunadamente sim com sua amiga, a pequena P - names been changed to protect the (almost) innocents! E ela se revelou tão delicada, mas sem as frescuras das garotinhas da noite...um beijo quente, um corpo cheio de curvas e rendas e sedas, além de uma pequena joia feita num piercing estrategicamente instalado.
Mas o que me faz ainda pensar nela, tantos dias depois daquela única noite memorável, não foram as caricias e beijos trocados, mas sim as palavras compartilhadas, o que pude vislumbrar de sua alma, sua persona, do que ela pensava e sentia - além do mais doce sorriso tímido ao ouvir tantos elogios ébrios a sua beleza noturna.
Um brinde, pequena P!