Caras,
ela é uma das garotas mais bonitas que conheci em toda a minha vida! Fora de
brincadeira, a garota é simplesmente linda, não exatamente uma beleza exótica
mas apenas diferente, não sei bem se é pelo pequeno toque nipônico em seus
olhos levemente puxados, ou pelo queixo firme porém de linhas suaves, macias,
ou por conta da pele extremamente branca ou nos lábios discretos porém
convidativos, mas tem algo que coloca a beleza dela acima (bem acima!) da
média. Completando tal rostinho, tem ainda um corpo bem delicado, sem grandes
atributos (leia-se peitões ou uma anca de apoiar copos), mas todo firminho,
percebe-se pelo jeito dela andar e se mover que o corpinho está nos trinques, peitos
em pera salientemente apontando para cima e tudo o mais. Tudo isso complementado
por um lindo cabelo castanho ondulado, que pra meu deleite ela está deixando
crescer! Ok, não que ela esteja deixando crescer por minha causa, afinal de
contas nem nos conhecemos direito, mas...ah, vocês entenderam!
Falei
que não a conheço direito, certo? Sim, é verdade. Apesar de nos últimos meses
temos nos esbarrado pelo menos umas duas ou três vezes por semana no ambiente
profissional, as vezes no elevador pela manhã, ou no hall de entrada do prédio
da Corretora, ou eventualmente no restaurante na hora do almoço, até o sábado
passado nunca tínhamos trocado mais do que alguns cumprimentos protocolares. Eu
imaginava que ela devia trabalhar numa das outras corretoras ou em um dos
escritórios de advocacia aqui do prédio, mas mantendo minha politica sobre não
comer as carnes onde ganho o pão eu nunca tinha estreitado os laços com a
beldade, digamos assim.
Até
que sábado passado fui assistir a um ciclo de palestras, coisa interessantíssima
para quem curte um contabilês lascado. Num intervalo entre duas palestras dei
de cara com ela (uma troca rápida de cartões e quinze minutos de prosa depois
já sabia que seu nome é Joanna, com dois n’s, tem 26 anos e trabalha num
concorrente aqui do prédio – uuuufa, escapei de mais uma advogada!). Como eu
era o único rosto conhecido da moçoila no evento resolvemos assistir às duas
palestras restantes juntos, e no final do ciclo fomos tomar algo num café muito
ajeitado, ali por perto da estação São Bento.
De
começo o papo era meio tímido da parte dela, mas em pouco tempo pegamos mais
intimidade – no bom sentido, cambada! – e ela se soltou mais. E foi ai que a
coisa começou a feder. Sério, não sei se sou eu que estou ficando mais e mais
rabugento com o passar do tempo, ou se é minha paciência para imbecilidades que
anda despencando vertiginosamente (alias, é impressão minha ou a frequência de
posts reclamando de algo ou alguém anda aumentando?), mas sei que foi sentar
para conversar sobre outra coisa que não fosse trabalho que o papo ficou chato
demais. Vejam só, na descrição dela que fiz ai pra cima esqueci de mencionar
que ela sempre anda com uma maquiagem leve no rosto, porém com olhos muito bem
marcados, o tipo de maquiagem que costumo associar a garotas de atitude rocker, provavelmente levando em conta a
amostragem de uma serie de musas questionáveis rock’n’roll que acabei
conhecendo desde a mais tenra idade. Eu sei, eu e minhas musas questionáveis
saídas de porões noturnos e mal-frequentados!
Mas
voltando a pequena Joanna, eu sempre pensei nela como algum tipo de garota de
postura, de atitude, mas foi começarmos a conversar para perceber que ela é o
equivalente humano a uma Barbie. Bonita, gostosinha, mas com um papo tão chato,
mas tão furado, tão vazio, tão cheia de gritinhos e pequenos trejeitos
chiliquentos, um papinho tão besta tipo ai-ai-quero-aproveitar-pra-ir-no-shopping-ver-bolsas-e-sapatos,
que minha paciência rapidamente se esvaiu. Vejam só, meus amigos nesta vida
canalha, não sou o tipo de sujeito que fica com muita frescura para comer uma
dona, o Santo dos Canalhas sabe que já tive minha cota de malas-sem-alça e
mulheres com quem sai puramente por motivos estéticos-sexuais, digamos assim,
mas não há nada melhor do que um pouco de atitude numa mulher. Não precisa ser
uma dose muita alta não, basta uma pitadinha de postura para temperar o papo, certa
inteligência e opiniões consistentes sobre o mundo ao seu redor, para que demostrem
que vale a pena conversar com ela um tanto antes de ocupar sua boca.
Resumindo,
senhores: terminamos nossos cafés praticamente em tempo recorde, mas não pela
afobação sexual esperada. Simplesmente era impossível aguentar muito mais
daquele papinho interiorano/tosco, digno de entrevistas com qualquer um desses
ídolos breganejos semi-retardados. Ficava ali olhando, e meu animo e admiração
pela beleza dela foi indo pro espaço, lenta e dolorosamente. Saca quando a
pessoa fica falando, falando, falando, e você já não ouve mais nada, só fica
pensando em como fazer a idiota fechar a maldita matraca? E você olha aquela
boca linda, aqueles olhos, e vê um sorriso tão lindo, tudo perdido, corrompido
pela torrente de bobagens e imbecilidades fúteis que a anta despeja numa
velocidade surpreendente!
Mas
o lado divertido disso tudo foi ver a cara dela de não-acredito-que-esse-sujeitim-me-esnobou no elevador hoje de manhã...he he he...
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