Ainda sobre a Virada Cultural. Na realidade, sobre um pequeno ato que se desenrolou à margem de um dos shows. Mas não vamos colocar o carro a frente dos bois.
Sexta estive conversando com esse sujeito, não é bem um amigo, é mais um bebum com quem eventualmente divido umas cervejas nos botecos de sempre. Um cara legal, na dele, não enche o saco de ninguém, mas também não é exatamente a alma da festa. Casado, pai de família (acho que tem uns dois ou três moleques, não sei bem), casamento modelo, etc, etc, etc...vocês conhecem bem o quadro, acho que todo mundo tem um conhecido assim, que parece viver o casamento perfeito.
Só que por baixo dos panos, a coisa não é bem assim. Não vou entrar aqui nos méritos de certo ou errado, cada um sabe o que faz da vida, mas ele costuma dar suas escapadas, eventualmente uma beliscada aqui, um namorico off the record acolá, e vai tocando a vida – vocês sabem como funciona, caminhões de horas-extras fajutas durante a semana, uma “viagem de negócios” no sabadão, enfim...a esposa faz de conta que não sabe, ele faz de conta que não sabe que ela sabe, e vão tocando o barco deles. Particularmente acho podre e deprimente viver assim, mas como eu disse, cada um sabe o que faz com a própria vida.
Mas voltando à Virada; o sujeito resolveu levar os filhos e a patroa para ver um pouco da Virada (me parece que a patroa dele, que pelo jeito é uma puta esnobe, não gostou muito da ideia mas topou); e lá estava a família feliz, o sujeito todo bonitão zanzando de um palco pro outro, quando não sei bem onde ele deu de cara no meio da multidão com uma garota com quem teve um pequeno affair (sempre que vejo esse palavra penso que é o termo francês para “sacanagem”...he he he); na hora não havia para onde correr no meio da multidão, estava a pouco mais de dois metros da moçoila, o sujeito tentou não entrar em pânico...não sabia bem o que fazer...não sabia se se escondia atrás dos filhos, se simulava um desmaio, se saia correndo...só lembrou de puxar o boné sobre os olhos, rezando para esse velho truque funcionar, e tentar ficar o menos visível possível. Para seu desespero, a multidão parecia praticamente abrir uma passarela entre ele e sua musa noturna, colocando quase que lado-a-lado a garota e sua esposa...uma virada de cabeça pro lado, e o flagrante seria inevitável.
Pelo que ele relatou, devem ter sido longos minutos do mais puro terror; ele não podia simplesmente sair correndo, arrastando a patroa (que bem naquela hora tinha cismado de assistir ao que estava sendo tocado, claro!!!), mas por outro lado não sabia se tinha sido visto ou não por sua musa questionável, e ficava imaginando que a qualquer hora ela iria se aproximar e despejar um monte na cara dele – e da patroa, e dos filhos, e da multidão toda, na cabeça dele já via a garota o xingando de um lado, a patroa xingando do outro, ou as duas se estapeando e arrancando os cabelos uma da outra, seus filhos assistindo aquilo tudo horrorizados por descobrir a verdadeira natureza do seu pai, as pessoas da multidão abrindo passagem como se ele fosse algum tipo de leproso, sua vida desmoronando toda!
Foi aos poucos conduzindo a família para longe da garota, disfarçando e suando, rezando para tudo que é santo para que seu pequeno caso de noites de bebedeira não o encontrasse, até que conseguiu se afastar dali.
Sei não, mas acho que ele precisou de cuecas novas naquele dia...he he he
Agora fiquei pensando – qual a chance real de algo assim acontecer? Quer dizer, se parar para pensar – qual a chance de duas pessoas se esbarrarem em meio a tantos palcos, tantas horas de evento, estarem os dois no mesmo ponto da multidão de gente vendo aquele mesmo show, naquela mesma hora...quer dizer, pqp, é azar demais!!
Não que ele não mereça. He he he
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEssa foi boa!!!
bj e boa semana!!!