Virada Cultural. No começo parecia uma ideia bacana, algo para agitar a noite paulistana. É legal ver as ruas cheias e animadas às três da manhã, certo?
Errado!
Pense bem, eu detesto lugares muito cheios, prefiro botecos mais tranquilos – então, o que dizer de um evento que lota todos os lugares por onde costumo transitar de madrugada sem ver viv’alma além dos bêbados de sempre?
Claro que é bacana ver tantos eventos e shows acontecendo simultaneamente, por uns instantes SP faz valer sua suposta vocação a polo cultural. Mas daí você começa a ver aquele povo ignorante, que parece ter prazer em ser tosco e mal-acabado inundando as ruas, sujando tudo e arrumando encrenca, e desanima um pouco.
Adoraria poder ter a cidade sempre movimentada a noite, mas sem essa overdose da Virada. E sem gente que não tem a menor noção do que é civilidade.
Aliás, esse é o foda de eventos com entrada franca, sem querer ser elitista nem nada, estou apenas relatando um fato.
Ah, sei lá, eu fico dividido mesmo, por um lado gosto de ver o velho centro reavivado, por outro lado questiono a atitude do povo em geral.
Por que é sempre isso que fode tudo, não? A falta de educação geral. E essa falta de educação não tem a ver com ter ou não dinheiro, tem a ver com ter ou não vontade de agir como um individuo ao menos ligeiramente racional.
Ah, deixa pra lá – talvez eu seja apenas um quarentão que gosta de resmungar e reclamar.
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