E ai vem um buRRocrata, um sujeito feliz da vida com sua gravatinha, coletinho, terninho e cabelinho assentadinho com gelzinho, aquele jeitinho de quem tem um caso sério de prisão de ventre e hemorróidas, com seus manuais de normas, seus relatoriozinhos medíocres em powerpoints coloridinhos, um completo babaca, me enchendo com suas malditas regrinhas de escritório #mandeitomarnocú
E alguns versos de alguns velhos rocks continuam tocando (de) fundo na minha cabeça, by the way...canções que falam sobre jovens burros demais para perceberem que estão dando murro em ponta de faca, de noites solitárias olhando os carros que passam pela porta de um bar, de como o vento da noite parece atrair os malucos e boêmios, das lembranças associadas a um certo perfume, de como as noites de sábado parecem regadas a um mar de cerveja, de como algumas noites são tolamente iguais e vazias, ou sobre agarrar a vida à unha como se fosse um maldito touro solto...
Triste ver como o sujeito vai, conversa, explica, deixa bem claro, praticamente faz um manual de como-lidar-com-um-canalha, avisa várias e várias vezes pra garota não entrar numas de namoradinha que a praia dele é outra, mas ainda assim, mesmo com reiterados avisos, ela que parecia uma mulher tão madura e moderna acaba se revelando mais uma lacrimosa candidata a noivinha, e lentamente começa a rotina de cobranças disfarçadas, ataques de “dengosidade” fora de hora, ligações choramingantes de “puxa vida, snif, snif, não vai me ver nesse final de semana?!?!” – um aviso, meu camaradinha, CAIA FORA ENQUANTO É TEMPO!!