segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nada como uma poltrona velha prum traste inútil

No post anterior comentei que a noite passada adormeci na minha poltrona favorita. Acho que todo sujeito que rala o traseiro para ganhar a vida merece uma poltrona dessas, aquelas poltronas grandes de couro, reclináveis, com direito a um descanso para os pés (embora eu costume apoia-los no parapeito da janela). É o lugar ideal para se ler jornais, ouvir seus velhos discos e ficar pensando na vida.

Ou no meu caso ontem, ficar enchendo a cara, olhando a noite e pensando na vida até apagar. Ainda bem que tirei dez dias de férias da corretora, por que hoje a ressaca está brava demais. He he he...

Qual o motivo de encher a cara em pleno domingo à noite? Como se eu precisasse de um motivo pra me encharcar de whiskey, by the way...mas ontem era o mesmo motivo dos porres de outros anos, nessa mesma data de merda – Dia das Mães.

Eu sei, eu sei, é só uma data comercial qualquer. Sei também que um sujeito de 40 e poucos anos já não deveria mais se importar com algumas coisas, mas a verdade é que ainda me importo – não sei se foi uma boa ideia parar pra escrever depois de beber mais um tanto agora de manhã, mas foda-se, se o post ficar pessoal demais depois eu apago. Viva o botão delete!! (tem esse botão no blog?)

Mas a verdade é que dia das mães é uma merda. Por um lado, mal consigo ligar para minha mãe sem que algum dos meus adoráveis irmãos milicos atendam e façam aquela voz-de-cara-de-merda quando me identifico – hey, ninguém mandou ser o traste imprestável oficial da família-TFP-padrão, não é mesmo?? Depois, é ter o mesmo tratamento de merda por parte da minha linda progenitora, que visivelmente se arrepende amargamente de ter aberto as pernas na noite em que fui concebido (que falta fazia uma bela televisão nos anos 60, não Coronel??).

E daí o sujeito se pega pensando que deve ser mesmo um filho-da-puta, ou melhor, um FILHO-DA-PUTA em letras garrafais, pra própria mãe o tratar como um cachorro sarnento – ou como diria um amigo meu, o filho de um cão sarnento com uma ratazana de esgoto. E bebendo pra tentar esquecer esse pequeno domingo de merda, acabei pensando na minha primeira esposa, e em toda a merda que aconteceu quando ela achou que seria mãe – seriam o quê, uns 16 ou 17 dias-das-mães comemorados até agora?

Mas tudo bem, é só uma questão de continuar bebendo – e talvez continuar escrevendo conforme o porre for aumentando, nem quero ver as merdas que vão sair disso – e esperar o grande dia de agosto, esse sim o oficial GRANDE DIA DE MERDA!!

See u later.

Um comentário:

  1. Hi Chuck!!
    Bom, acho que vc vai usar o botão delete quando ler esse post mais tarde... Mas se serve de consolo toda mãe tem um pouco de megera, fiquei anos em terapia por causa da minha. Hj conseguimos conviver sem tantos danos psicológicos, é uma longa história, uma hora te conto com calma.
    bjs e boas férias!!

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