sexta-feira, 15 de março de 2013

Um estranho reencontro


Sábado passado voltei a uma antiga cena-de-crime; ok, exageros à parte, sabadão me permiti voltar a um dos meus antigos botecos favoritos, um lugar que frequentei durante meses seguidos uns anos atrás – aliás, é um dos meus grandes favoritos, que tenho frequentado de vez em sempre ao longo de quase vinte anos. Um dia ainda escrevo sobre o boteco em si.
Claro que, cagado de pombo como sou, imaginei que nesse retorno ao velho antro pudesse reencontrar alguma antiga musa questionável, provavelmente daquelas escandalosas do tipo seu-canalha-você-sumiu-e-nunca-mais-me-comeu; num primeiro pensamento, pensei que a sortuda da noite seria a doce Dani, embora ela tenha um sério motivo para não cair mais para a noite (se meus cálculos estão certos, um motivo de mais ou menos um ano e pouquinho, rosadinho e chorão – e não, não tenho nada a ver com isso!), afinal de contas ela também tem uma história de anos com o lugar, mas, para minha surpresa, quem surgiu na minha frente, deliciosa como sempre, foi a pequena Alexia.
Alexia, a.k.a Alexia Dark como ela costumava assinar seu perfil numa quase falecida rede social (sim, meus amigos, essa mesmo), também conhecida em outros círculos menos noturnos como Alessandra, é uma mestiça de japonesa simplesmente linda, mais de 1,80m de mulher, cabelos tipicamente volumosos mantidos sempre à altura dos ombros, e um corpo de estourar o zíper da calça de qualquer sujeito que goste do jogo. Pensem numa versão japa-cavala da Siouxsie e terão uma vaga ideia da bombshell Alexia. Logo de cara saquei que ela continuava gostosa como sempre, nos últimos anos não havia nem engordado, nem emagrecido (é sempre um risco que as musas correm, basta ficar uns meses sem aparecer e pumba, a mulher aparece parecendo a Wilza Carla ou um esqueleto anoréxico!), mas com um belíssimo adicional – um par de airbags nos peitos que simplesmente a deixaram perfeita! Se bem me lembro, ela havia comentado sua vontade de turbinar as peitcholas nos velhos tempos. Agora ela deve estar com seus 24, no máximo 25 anos, mas pelo que vi no sábado continua a mesma porra-louca de sempre, com apenas uma (desagradável) mudança – um namorado à tiracolo – by the way, que sujeitinho com cara de tonto! Sério mesmo, parecia o tipo de sujeito que Alexia sempre pediu aos céus (ou infernos, nunca dá pra se saber com esse povo gótico), um tonto que a olha como se ela fosse uma deusa (ok, ela merece, vai ser gostosa assim na minha cama), e que banca sua balada e garante a carona para casa no final da noite.
Seguindo as regras do Manual do Canalha, capítulo XXVII, seção XIV, anexo B, achei por bem ficar na minha e tentar evitar a Alexia, afinal de contas o boteco ser grande pracarai, com uns três ou quatro ambientes diferentes tem que servir para alguma coisa prática, nem que seja ter onde se esconder e fugir de ex-musas acompanhadas por namorados bobões. Contava também que a pequena teria o bom-senso de me evitar, não tendo assim que explicar para o namoradinho-garotão de onde ela conhecia um sujeito como eu – e ainda pior, o que havia rolado entre nós em outros tempos.
Mas claro que, como nunca podemos contar com o bom-senso e inteligência de minhas musas, Alexia optou por passar a noite toda tentando esfregar seu namorinho na minha cara (acho que o fato de ter dispensado a menina e sumido por um par de anos tem algo a ver com essa atitude, vai saber?). E lá ia o Chuck para o bar superior, apenas para dar de cara com o casalzinho se pegando do meu lado; era subir pra pista (não, Tio Chuck não dança, nunca, nem pensar, apenas fico na área admirando as possíveis futuras musas) e dali a pouco estava aquele 1,80 e tanto de japa-girl dançando do meu lado e ainda pior, por mais que eu me esgueirasse à francesa para outros lados, tentando esbarrar em mim. Colava no fumódromo, e la vinha ela toda felizinha com seu bobão. E assim foi por boa parte da noite, eu circulando, ela me cercando, me olhando por sobre os ombros do namoradinho, achando que eu me importava com suas ceninhas de casalzinho-feliz-correndo-na-praia-em-comercial-de-agua-mineral.
Mas o saldo final da noite foi positivo, apesar de alguns momentos meio babacas; fiquei contente em ver que ela está bem, independente do que rolou no passado e do tradicional fim Chuck-você-é-um-canalha! que tivemos sempre tive um certo carinho por ela, afinal de contas é uma garota bacana, meio doidinha demais até mesmo pros meus padrões, de certa forma uma figura trágica em sua carência e sua fixação por um ex-namorado de tempos antigos (huum, pensando bem, o atual namoradinho parece uma versão abundalhada do outro sujeito), uma bipolaridade com relação ao sexo meio preocupante (humpf, acho que qualquer dia desses vou ter que escrever um post melhor sobre ela). Sei lá, de qualquer forma torço para que ela seja feliz – desde que essa felicidade não inclua nenhum tipo de relacionamento sério (expressãozinha sinistra, de dar arrepios, não?) comigo.
Pior que depois dessa noite fiquei com uma vontade de voltar ao mesmo boteco mais vezes, apenas para ver se esbarro com ela ou com alguma outra antiga musa questionável mais vezes, quem sabe até para estar por perto quando o namorico dela acabar – vão por mim, conheço aquela garota bem demais, ela nunca foi de parar quieta com um bundinha daqueles. He he he...

Um comentário:

  1. Chuck, Chuck, Chuck, você põe em palavras o inconsciente coletivo de toda a raça canalha! Parabéns, e por favor, nunca se emende ou sossegue.

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