terça-feira, 29 de novembro de 2011

Oh baby, why you look so sad?

Sexta passada , quando ia visitar uma amiga minha na Vila Mariana, fiquei preso na porcaria da 23 de Maio. “Trânsito parado” não definiria tão bem a situação quanto “saiam todos dos seus carros e vão a pé, porra!!”.

E lá estava eu tamborilando no volante ao som de um dos meus velhos blues – bendito som com mp3 do carro!!, parado bem ao lado de um ponto de ônibus quando vi uma loirinha – calma lá, calma lá, não é o que vocês estão pensando, não ofereci carona pra loira nem acabamos atracados num dos hoteizinhos que conheço praqueles lados...mas voltando, vi uma loirinha, e digo loirinha pela constituição física da moça, dessas baixinhas magrinhas que parecem que vão se partir se tomarem um arrocho mais forte, vestida com roupas de escritório mas nada muito formal, algo em torno de seus vinte e tantos anos – vocês sabem como é, olhando não dá pra se dizer se ela estava nos 28 ou 29, ou quem sabe mais para 32, enfim. Ok, ela era até que bem interessante, eu gastaria facilmente umas horas de diversão adulta com ela, mas por incrença que parível não foi isso que me chamou a atenção nela. O que reparei mesmo nela foi o olhar.

Não, não, calma lá...não virei desses babacas que dizem que a primeira coisa que reparam numa mulher é o olhar ou o sorriso, continuo o mesmo canalha de sempre, que repara sempre num belo par de peitos, ou numa bundinha empinadinha, e que sempre dá aquela checada nas mãos em busca de sinais de alianças ou anéis de compromisso!!

Mas voltando de novo, não conseguia tirar os olhos dela, não sei se pelo jeito que ela estava ali, sentada no ponto de ônibus, corpo inclinado pra frente, uma perna esticada na calçada, os cabelos (lisos, longos e loiros, by the way) jogados de lado, um trago fundo no cigarro e as memórias parecendo envolve-la tal como a fumaça, gestos lentos mas firmes, e aquele olhar dolorido, olhar tão intenso e profundo quanto perdido - saca quando o olhar entrega que a pessoa está mergulhada em algum lembrança profunda, e pela expressão dela não devia ser das melhores lembranças não...

Não tenho ideia do que se passava com aquela garota, mas algo parecia quebrado dentro dela – uma briga com o namorado? Perdeu o emprego? Morreu a melhor amiga? Qual sonho dela foi arrasado? Sinceramente não tenho idéia, e nem sei quanto tempo fiquei ali na 23, preso naquele mar de carros e olhando aquele quadro, um quadro vivo de solidão e melancolia, só sei que tomei um buzinaço para desbaratinar da loirinha e seguir meu caminho.

Porra, pensando melhor agora deveria ter oferecido uma caroninha amiga para ela...he he he...


sábado, 19 de novembro de 2011

Novos truques de um velho canalha!!

Ah, as redes sociais - um vastíssimo novo horizonte a ser explorado para a canalhice!!!

E ai este canalha que vos fala repara que uma deliciosamente curvilínea jovem analista aqui da Corretora, no frescor dos seus vinte e poucos aninhos – ok, vinte e pouquíssimos, mais precisamente 21 aninhos recém-completados, insiste em lhe cercar pelos corredores e salas de reunião, desfilando suas curvas generosas e perfumadas cheia de olhares e trejeitos, sorrisos envolventes e todo o arsenal feminino habitual.

Agora pergunto a vocês, meus amigos, qual a melhor maneira de se levantar a capivara de uma garota novinha assim, digna representante da tão proclamada geração Y?

Já ouviram falar em google? He he he...

E o velho Chuck, que apesar de não ter o menor saco para brinquedinhos tecnológicos sabe fazer bom uso de seu velho notebook, segue usando e abusando das funcionalidades cibernéticas para ver um verdadeiro desfile de informações em sítios, blogs, fotologs, flickr, myspace, facebooks, twitters e outros espaços de bisbilhotice virtual, descobrindo que ela realmente tem algo de twisted por trás do olhar pidão e do sorriso sacanamente encantador (ou encantadoramente sacana), e logo começam as surpresas, quase-surpresas e lugares-comuns; vejamos:

...huum, numa das redes destilando amores por bandas afetadinhas mas passáveis como Cure, Placebo e Wolfsheim...

...vejam só como carrega seu blog, fotolog ou sei-lá-ô-que-log com fotos de fantasias góticas-de-esquina, bárbaros e elfinhas em poses românticas...

...em outro orkut da vida, comentando de forma tão tipicamente romantiquinha mela-cueca series de televisão e filmes cheios de cavaleiros e princesas – como num filme com tantos milhões gastos em efeitos especiais nessa bobagem de monstros, orcs, mostrengos em geral, sei lá, a menina foi reparar nessa historinha de amor-ai-que-linda-a-paixão-deles!!...blargh...

...e segue tecendo comentários constantes em comunidades do tipo adoro-homens-mais-velhos (traduzindo, tenho-problemas-com-figuras-paternas!!)...

... ops, será que capto nas entrelinhas uma clara tendência “mais-que-garota-levadinha”, com um gosto por formas light de bondage e um toque de sadomasô – quem inventou essas tais comunidades em redes sociais realmente merece um premio de canalha-honorário!!...

...é impressionante como fica claro o perfil dos lugares frequentados pela moçoila, quais são suas bebidas favoritas, que parece consumir em quantidades épicas...

...confirmando o gosto peculiar dela por cigarretes Gitanes e perfumes masculinos...que interessantes essas amigas de balada dela...selinhos? Ah, selinhos!!

E ao final de meia dúzia de cliques bem direcionados reuni informações para tecer comentários tão sutis quanto certeiros na hora do café ou dos cigarros fumados na porta do prédio, já sabendo como será o passo-a-passo dessa aventura, como um enxadrista estabelecendo uma sequencia antecipada de dez ou doze lances rumo à vitória.

Até que um dia, na primeira oportunidade, surgida após uma reunião, bastou levantar um dos assuntos favoritos da moçoila, para que ela, quase como se fosse uma atriz de teatro pegando sua deixa durante uma peça, se desmanchasse mais ainda em sorrisos, e desaguasse numa inundação de informações, comentários, risinhos e pequenos toques “ao acaso”, perguntando onde vou de final de semana, onde gosto de beber, já engatando como quem não quer nada uma sugestão de “apareça-lá-no-niver-de-uma-amiga-minha” para o final de semana, e etc, etc, etc...”nossa, Chuck, que legal achar alguém que conhece as coisas que eu gosto, precisamos nos conhecer melhor”...bastou deixar as coisas seguirem seu fluxo natural.

Quem disse que velhos cães não aprendem truques novos?! He he he