domingo, 18 de dezembro de 2011

Post rápido sobre amizade

Acabei de chegar do bar, de mais uma das bebemorações de final de ano que nós, os velhos canalhas sobreviventes, fazemos.

E não pude deixar de pensar, olhando praqueles old dogs todos reunidos, que o número cai a cada ano - tivemos uma baixa especialmente sentida esse ano, by the way.

E penso como tenho poucos amigos, sempre tive poucos amigos, provavelmente devido a minha natureza arredia ou ao meu temperamento - temperamento também conhecido como gênio dos infernos de ruim!

Seria fácil culpar apenas todos os amigos ou quase amigos que ficaram pelo caminho, imputar-lhes toda a culpa, mas sei que não é fácil tentar se manter amigo de um sujeito como eu - eu piso na bola, praticamente o tempo todo, eu afasto as pessoas, musas questionáveis, amigos, colegas, pode escolher, eu as afasto - e me afasto.

E fiquei pensando no que mantinha aqueles sujeitos ali...o que faz com que eles tenham a persistência necessária para não desistir da minha companhia, afinal de contas, eu mesmo já não desisti de mim?

Sinceramente, a maior parte do tempo não entendo como eles me aguentam a tantas décadas, afinal de contas, eu mesmo já teria me afastado de mim mesmo se pudesse.

É isso, agora vou lá tomar meu banho e dormir. De porre, um belo porre. Acho que vou beber mais ainda.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

De musa a bruxa, ou, a saga de um saco de pancadas!!

Sabe qual a diferença entre uma musa (questionável ou não) e uma bruxa? Tempo. Apenas isso, meus amigos. Tempo.

E não me refiro a idade da dita-cuja, estou falando de comportamento. Querem ver? Simples, peguem uma musa questionável qualquer de sua preferencia, toda cheia de dengos e louquinha para se divertir a valer – nesse estágio ela ainda é uma gata, gatinha, gatona, ou em alguns casos, loba – ah, o charme outonal das lobas....he he he...

Então o sujeito pega essa musa questionável, e tem a brilhante ideia de oficializa-la como namorada – pronto, a musa em questão já se aboleta no trono como “A Namorada”, e começa a dar pequenos pitacos na rotina do sujeito – “ - ai benzinho, você vai mesmo querer ver esse filme do Clint Eastwood?!?! Que horror...poxa, estreou o filme novo do fofo do Hugh Grant...” – prontinho, começaram os apelidos retardados e as “sugestões”, e ai do sujeito que cair na bobagem de se recusar a trocar um filme ao seu gosto por alguma comedinha melacueca, vai acabar a noite com a namoradinha alegando dor-de-cabeça e pedindo para ser deixada mais cedo em casa.

Mas daí o sujeito, não contente com esses pequenos dissabores, ( “- ah, nada a ver mano, ela só dá uns toques, nada demais...”) começa a dar asas pra sujeita – e gradualmente os toques e dicas se multiplicam exponencialmente, até o ponto em que ela passa a querer controlar todos os aspectos da vida do zumbi, aham, digo, namorado...dá palpites na roupa que ele veste, nos horários de academia, quantidades de vezes na semana que ele bebe sua cervejinha (sempre com ela, by the way), a forma como se relaciona com colegas de trabalho ou faculdade, diz o dia que ele precisa cortar o cabelo, determina quando mudar de carro (e ainda quer escolher cor e modelo, claro!!), reclama do tanto que ele fuma, bebe, fala alto, ri...passa a programar a seu bel-prazer férias, finais de semana, feriados, viagens, acampamentos, jantares, festas de aniversário, festas de fim-de-ano – tudo arrastando a sua digníssima “A Namorada” junto, ele que nem pense em fazer nada que goste sem ela – afinal de contas, só a criatura iluminada conhecida como “A Namorada” pode saber o que é melhor para ele e como ele pode mesmo se divertir, certo?!?!

E magicamente começam a aparecer certos itens no ex-cafofo do sujeito (digo ex-cafofo por que afinal de contas “A Namorada” já deu um jeito de melhorar a decoração do lugar, se é que não o fez mudar para um apartamento mais adequado, como ela mesma diz, “a alguém do meu nível, morequinho”), como uma escova de dentes extra, peças intimas femininas na sua antiga gaveta de meias (suas meias já estão socadas juntos com suas cuecas, cabron!!), roupas casuais femininas aparecem penduradas em seu armário, almofadas extras no sofá da sala (a essa altura já recoberto com uma daquelas cobertas de sofá metidas a besta – acho que chama mantô ou alguma bobagem assim), seus livros e cds passam a dividir espaço com outros de estilos totalmente diversos, mais femininos, digamos assim...ah, ia me esquecendo, ao mesmo passo que tanta coisa surge do nada, tantos outros itens desaparecem, como antigas fotos com ex-namoradas, revistas de mulher pelada em geral, aquela roupa de jogar bola aos finais de semana, e qualquer objeto que o sujeito possa utilizar para se divertir por si só, sem precisar da anuência, aval, autorização e a sacrossanta companhia de sua “A Namorada” – ou será que a essa altura do campeonato ela já está na próxima fase da mutação de-musa-a-bruxa, já assumiu uma das formas mais insuportáveis que existem, “A Noiva”.

E conformado, o bundamole repara que ao longo dos anos seguintes vai se pegar cada vez com mais frequência se perguntando onde foi parar aquele objeto, cd, livro, retrato, roupa velha e confortável...e se pega olhando a casa que deveriam dividir de forma mais ou menos igual cada vez mais atulhada de coisas dela, das amigas dela, da mãe dela, da família dela, e cada vez com menos espaço para suas coisas...

Eu sei, eu sei, deve ter gente por ai dizendo “- ah, esse Chucky não sabe de nada, minha namorada é diferente, é especial, ela nunca faria isso!!” – claro, claro, pequeno zumbi, sua namoradinha é a única no mundo, imagina se eu vou dizer que TODA mulher age assim, basta ter espaço...longe de mim dizer que esse senso de apropriação do espaço alheio, essa gana psicótica em querer transformar seu namorado em algum tipo de boneco ou bichinho de pelúcia é parte integrante, congênita e inalienável da personalidade feminina, que toda mulher, TODA, sem exceções, quando encontra espaço e temperatura adequados vai agir assim, mais cedo ou mais tarde...o quê? Você acha mesmo que sua namorada é diferente, que ela te deixa livre e respeita seu espaço e opinião? Sinto lhe dizer, garotão, mas das duas uma, ou ela está armando o bote de forma tão sutil que você ainda não percebeu, ou o processo de lavagem cerebral, castração social e dominação com anulação total já deve estar completo – e você ainda a defende, pelamordeDeus!!!

Ah, mas você acha que elas só tem esse jogo? Não, não seja ingênuo...elas mudam a estratégia, de repente ela resolve bancar a boazinha e compreensiva. Passam então a “deixar” (veja que boazinha que ela é...he hehe...) você fazer algo que você jura que é ideia sua, quase como uma dádiva divina – mas sempre resta aquele aviso no ar “ – aproveite bem, morecuxinho, por que você nunca vai saber quando poderei acordar de ovo virado e CORTAR SUAS REGALIAS DE NOVO!!!”.

E assim segue a saga até seu triste fim, até o ponto em que você acorda no meio da noite e olha sem reconhecer a figura ao seu lado, seus traços são familiares mas sua expressão o assusta, e sabe que se se mexer demais na cama ela acordará e começará a reclamar, e irá dizer como você é uma decepção, como não faz nada direito, que ela devia ter ouvido a mãe dela e nunca ter se envolvido com um sujeitinho como você – ok, exagerei um tanto, mas garanto que muitas vezes esses pobre-coitados sem alma, personalidade e opinião já se sentiram quase assim, já sentiram que não importa o que façam ou digam, tudo será sempre criticado e insuficiente,

(nesse ponto não posso deixar de lembrar de um verso de um dos velhos blues...” I'm tired of living just to fulfill your dreams, waiting the day I’ll die...”,

e só lhe restará pegar uma velha mochila (se é que “A Namorada” já não jogou fora todas as mochilas velhas, até mesmo uma que ele tinha desde a adolescência), enche com umas mudas de roupa e simplesmente SOME NO MUNDO!!!


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Oh baby, why you look so sad?

Sexta passada , quando ia visitar uma amiga minha na Vila Mariana, fiquei preso na porcaria da 23 de Maio. “Trânsito parado” não definiria tão bem a situação quanto “saiam todos dos seus carros e vão a pé, porra!!”.

E lá estava eu tamborilando no volante ao som de um dos meus velhos blues – bendito som com mp3 do carro!!, parado bem ao lado de um ponto de ônibus quando vi uma loirinha – calma lá, calma lá, não é o que vocês estão pensando, não ofereci carona pra loira nem acabamos atracados num dos hoteizinhos que conheço praqueles lados...mas voltando, vi uma loirinha, e digo loirinha pela constituição física da moça, dessas baixinhas magrinhas que parecem que vão se partir se tomarem um arrocho mais forte, vestida com roupas de escritório mas nada muito formal, algo em torno de seus vinte e tantos anos – vocês sabem como é, olhando não dá pra se dizer se ela estava nos 28 ou 29, ou quem sabe mais para 32, enfim. Ok, ela era até que bem interessante, eu gastaria facilmente umas horas de diversão adulta com ela, mas por incrença que parível não foi isso que me chamou a atenção nela. O que reparei mesmo nela foi o olhar.

Não, não, calma lá...não virei desses babacas que dizem que a primeira coisa que reparam numa mulher é o olhar ou o sorriso, continuo o mesmo canalha de sempre, que repara sempre num belo par de peitos, ou numa bundinha empinadinha, e que sempre dá aquela checada nas mãos em busca de sinais de alianças ou anéis de compromisso!!

Mas voltando de novo, não conseguia tirar os olhos dela, não sei se pelo jeito que ela estava ali, sentada no ponto de ônibus, corpo inclinado pra frente, uma perna esticada na calçada, os cabelos (lisos, longos e loiros, by the way) jogados de lado, um trago fundo no cigarro e as memórias parecendo envolve-la tal como a fumaça, gestos lentos mas firmes, e aquele olhar dolorido, olhar tão intenso e profundo quanto perdido - saca quando o olhar entrega que a pessoa está mergulhada em algum lembrança profunda, e pela expressão dela não devia ser das melhores lembranças não...

Não tenho ideia do que se passava com aquela garota, mas algo parecia quebrado dentro dela – uma briga com o namorado? Perdeu o emprego? Morreu a melhor amiga? Qual sonho dela foi arrasado? Sinceramente não tenho idéia, e nem sei quanto tempo fiquei ali na 23, preso naquele mar de carros e olhando aquele quadro, um quadro vivo de solidão e melancolia, só sei que tomei um buzinaço para desbaratinar da loirinha e seguir meu caminho.

Porra, pensando melhor agora deveria ter oferecido uma caroninha amiga para ela...he he he...


sábado, 19 de novembro de 2011

Novos truques de um velho canalha!!

Ah, as redes sociais - um vastíssimo novo horizonte a ser explorado para a canalhice!!!

E ai este canalha que vos fala repara que uma deliciosamente curvilínea jovem analista aqui da Corretora, no frescor dos seus vinte e poucos aninhos – ok, vinte e pouquíssimos, mais precisamente 21 aninhos recém-completados, insiste em lhe cercar pelos corredores e salas de reunião, desfilando suas curvas generosas e perfumadas cheia de olhares e trejeitos, sorrisos envolventes e todo o arsenal feminino habitual.

Agora pergunto a vocês, meus amigos, qual a melhor maneira de se levantar a capivara de uma garota novinha assim, digna representante da tão proclamada geração Y?

Já ouviram falar em google? He he he...

E o velho Chuck, que apesar de não ter o menor saco para brinquedinhos tecnológicos sabe fazer bom uso de seu velho notebook, segue usando e abusando das funcionalidades cibernéticas para ver um verdadeiro desfile de informações em sítios, blogs, fotologs, flickr, myspace, facebooks, twitters e outros espaços de bisbilhotice virtual, descobrindo que ela realmente tem algo de twisted por trás do olhar pidão e do sorriso sacanamente encantador (ou encantadoramente sacana), e logo começam as surpresas, quase-surpresas e lugares-comuns; vejamos:

...huum, numa das redes destilando amores por bandas afetadinhas mas passáveis como Cure, Placebo e Wolfsheim...

...vejam só como carrega seu blog, fotolog ou sei-lá-ô-que-log com fotos de fantasias góticas-de-esquina, bárbaros e elfinhas em poses românticas...

...em outro orkut da vida, comentando de forma tão tipicamente romantiquinha mela-cueca series de televisão e filmes cheios de cavaleiros e princesas – como num filme com tantos milhões gastos em efeitos especiais nessa bobagem de monstros, orcs, mostrengos em geral, sei lá, a menina foi reparar nessa historinha de amor-ai-que-linda-a-paixão-deles!!...blargh...

...e segue tecendo comentários constantes em comunidades do tipo adoro-homens-mais-velhos (traduzindo, tenho-problemas-com-figuras-paternas!!)...

... ops, será que capto nas entrelinhas uma clara tendência “mais-que-garota-levadinha”, com um gosto por formas light de bondage e um toque de sadomasô – quem inventou essas tais comunidades em redes sociais realmente merece um premio de canalha-honorário!!...

...é impressionante como fica claro o perfil dos lugares frequentados pela moçoila, quais são suas bebidas favoritas, que parece consumir em quantidades épicas...

...confirmando o gosto peculiar dela por cigarretes Gitanes e perfumes masculinos...que interessantes essas amigas de balada dela...selinhos? Ah, selinhos!!

E ao final de meia dúzia de cliques bem direcionados reuni informações para tecer comentários tão sutis quanto certeiros na hora do café ou dos cigarros fumados na porta do prédio, já sabendo como será o passo-a-passo dessa aventura, como um enxadrista estabelecendo uma sequencia antecipada de dez ou doze lances rumo à vitória.

Até que um dia, na primeira oportunidade, surgida após uma reunião, bastou levantar um dos assuntos favoritos da moçoila, para que ela, quase como se fosse uma atriz de teatro pegando sua deixa durante uma peça, se desmanchasse mais ainda em sorrisos, e desaguasse numa inundação de informações, comentários, risinhos e pequenos toques “ao acaso”, perguntando onde vou de final de semana, onde gosto de beber, já engatando como quem não quer nada uma sugestão de “apareça-lá-no-niver-de-uma-amiga-minha” para o final de semana, e etc, etc, etc...”nossa, Chuck, que legal achar alguém que conhece as coisas que eu gosto, precisamos nos conhecer melhor”...bastou deixar as coisas seguirem seu fluxo natural.

Quem disse que velhos cães não aprendem truques novos?! He he he

sábado, 29 de outubro de 2011

Parabéns, pequena Debbie...

Tempos atrás estive meio que enrolado com uma dona, vamos chama-la de Debbie - novidade, Chuck, novidade, você e seus rolos!!

Mas essa garota deu um pouco mais de trabalho do que a média, a vi num boteco que costumava ir, dançando a noite toda como se nada mais importasse além da pista de dança, e resolvi que iria conhece-la, no sentido bíblico, of course!!!

Usei de tudo para me aproximar dela, amigos em comum, internet, elogios casuais, abordagens diretas e indiretas, até que consegui vencer uma serie de barreiras e ficar com ela - quais barreiras? Ora, as de sempre, amigas dela, amigas minhas (alias aqui caberia um outro post, mas fica pra outro dia), desencontros, alguns fantasmas que assombravam a vida dela, e por ai vai...

E como sempre, depois de alcançado o objetivo, as coisas ao longo do tempo perderam um pouco o sabor, se é que me entendem...e executei meu já tradicional afastamento, sumi do facebook, do msn, mudei de boteco, desapareci aos poucos até que os telefonemas, e-mails e sms's minguaram até cessarem. Mas não se enganem, guardo um carinho especial por ela, é uma tremenda batalhadora, mais uma vitima nesses descaminhos da noite paulistana (ou no caso dela, noite abcdiana). Uma das coisas mais paradoxalmente belas nela é o sorriso, que parece tentar esconder toda a tristeza contida em seus olhos. Tá bom, também é dona de um par de coxas que benzaDeus!!

Até que ontem resolvi voltar ao boteco onde nos conhecemos, sabendo que a rotatividade de públicos desses lugares tornaria praticamente impossível esbarrar com alguém que frequentava o lugar dois anos atrás; daí que estava por lá, numa das mesas do segundo andar, bebericando sem grandes expectativas, quando uma das "grandes amigas" da Debbie apareceu do nada, sentando ao meu lado no balcão do bar; depois de todos os beijinhos e abraços, e comentários de oh-nossa-como-você-sumiu protocolares ficamos por ali, bebericando.

Bom, resumindo, essa amiga da Debbie sempre foi meio fura-olhos, do tipo que se jogava pra cima de mim quando eu estava saindo com a suposta grande amiga dela...e ontem estavamos ambos sozinhos, e por fim acabamos a noite num dos hotéizinhos fuleiros do centro de São Paulo, enfim - poxa, não podia jogar fora uma trepada, mesmo com uma vaca como essa!!

Sabem daquelas conversar pós-trepada? Vocês sabem, ambos satisfeitos, cigarros fumados, relaxando pra começar a segunda rodada, jogando conversa fora...eu sabia que se perguntasse algo sobre a Debbie acabaria encerrando mais cedo a noitada, e ainda pretendia aproveitar mais um pouco a hora paga do hotel, por isso fiquei quietinho.

Mas era inevitável que ao acordar hoje ficasse pensando em como estaria a pequena Debbie, quem sabe não seria hora de marcar um flashback de leve com ela...he he he...entrei então no facebook e procurei pelos contatos em comum, foi uma busca bem rápida até achar a pagina dela - e descobrir que ela esta grávida de cinco meses!! Não achei sinal de namorado/marido na parada, então acho que ela deve ter partido para mais uma produção independente (ela já tem um filho, de uns 16 anos eu acho); admito que foi estranho, bem estranho, não que já não tenha acontecido de saber que uma de minhas musas questionáveis tinha casado, tido filhos e etc..., mas assumo que foi estranho demais ve-la com aquele barrigão, alias sorrindo por cima do barrigão, mas com aquela mesma tristeza melancólica no olhar.

Só me resta torcer pra felicidade dela, sei que é uma garota bacana, que já sofreu demais por essa vida, e que merece um pouco de felicidade.

Ah, claro que deixei escapar, ao ve-la grávida, um suspiro de alivio por ter evitado que ela resolvesse botar no mundo um mini-Chuck - sinceramente, não quero dar continuidade a essa minha genética, já tem canalhas demais por esse mundo afora...he he he...

domingo, 23 de outubro de 2011

Está chegando a hora, sweet Karen...

...e a vejo encostada no batente da porta da cozinha, um cigarro e um copo de bebida na mão, a fumaça do cigarro subindo pelo seu braço, me olhando contemplativa, o barulho dos carros passando lá embaixo se misturando a um dos meus velhos blues de velho chato, como ela mesmo diz, vejo quando afasta com um gesto meio displicente uma mecha que insiste em cair sobre seus olhos e tragando seu cigarro me olha fundo nos olhos e caminha de volta pra cama, percebendo talvez o mesmo que eu...

...que é chegada a hora de dizer adeus...enquanto as boas memórias são maiores do que as dores de cabeça, enquanto ainda podemos lembrar um do outro com um sorriso nos lábios e não com um gosto amargo na boca...

...que chegamos ao momento de tragar nossos últimos cigarros juntos, beber lentamente nossas últimas doses de whiskey divididas, transarmos como loucos pela última vez e nos despedirmos com um beijo, só um beijo, e um sorriso disfarçando outros sinais faciais de expressão.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Decadência sem a menor elegância

Eventualmente nado contra a corrente da minha própria natureza e atendo a convites para “baladas” (reparem nas aspas, right?). Claro que, ao aceitar esse tipo de convite, sei que vou me arrepender de faze-lo até o fim dos meus dias, afinal de contas meu negócio é boteco, não “balada” – e não adianta me falar que tem baladas legais por ai, que continuo achando todas um lixo. Mas vamos lá, as vezes me dá bobeira – leia-se, as vezes eu quero comer a gostosa que está me convidando e acabo me fodendo nessas furadas – e aceito o convite.
Foi a merda que aconteceu no último final de semana! Mas vamos lá...

Sábado tinha o aniversário de algum tipo de parenta de uma coleguinha aqui da corretora (muito gostosa, por sinal!!) numa dessas “baladas anos 80” (me parece que o lugar é uma das mais “conceituadas” baladas desse tipo, se é que o termo se aplica a esse tipo de lixo). E lá foi o velho canalha do Chuck, atrás de

a-) comer a gostosa da corretora (sei que tenho regras envolvendo não comer colegas de trampo, mas essa morena é fodidamente gostosa demais!!)

ou

b-) comer a amiga dela aniversariante, ou alguma variação (vocês sabem, comer a amiga, ou uma amiga da amiga, ou alguma prima, colega, vizinha ou conhecida de alguém na porra da “balada”)

ou

c-) pelo menos esperar que a noite rendesse algo, nem que fosse um novo post neste sitio.

Pois é, antes de conseguir me embriagar o suficiente e me meter entre as saias de uma semidesconhecida, pude presenciar um show deprimente, um verdadeiro espetáculo de horrores e dos aspectos mais baixos da humanidade by night.

Primeiro, puta lugarzinho fuleiro!! Alguém comentou algo sobre ser um lugar provisório depois da balada ser despejada do seu antigo endereço, mas nada justifica um lugar tão tosco, com uma decoração tão insuportavelmente “Programa do Bolinha” – os mais velhos certamente se lembrarão dessa coisa que assombrava a televisão brasileira dos anos 80!!

Segundo, que porcaria de musica!! Se ao longo da noite ouvi duas músicas que vagamente prestavam para alguma coisa, foi muito!! O som padrão da casa parece ser algo como dance bate-estaca brega do final dos anos 80, o tipo de música que me embrulhava o estomago na época e continua me dando engulhos até hoje.

E finalmente, por que gosto de deixar a merda maior pro final, que povo horroroso e imbecil permeava o lugar!! Fico deprimido só de lembrar daqueles rostos, a imensa maioria dos habitues do lugar batendo seus 30 e tantos ou 40 e poucos, agindo como adolescentes retardados, com direito a gritinhos de u-hu!! (quer identificar imbecis num lugar? Veja quem grita u-hu!!, é tiro e queda!!), querendo dançar as mesmas musiquinhas de merda que algum dia dançaram nas suas adolescências, num saudosismo totalmente fora de proporção, como se estivessem de novo naquelas malditas matines de domingo a tarde! Vi adultos agindo como adolescentes, se embebedando sem a menor compostura, vi quarentões e quarentonas bem fora de forma, maquiagens fora do tom, uma alegria desesperada, o tipo de euforia forçada e sem propósito, como se gritassem por atenção.

É deprimente ver como o ser humano pode despencar quando colocado nas situações certas.

E ai fico me perguntando – será que uma trepada (ou duas, ou três, enfim...) vale tudo isso? Ok, a quem quero enganar, faço qualquer coisa por um belo exemplar do sexo feminino e suas infinitas possibilidades, mesmo que um singelo gato-bola já faz a coisa melhorar de figura...he he he...

sábado, 15 de outubro de 2011

Pressentimento

Algo que diz que vou me meter em uma fria danada hoje.

Mas que vou terminar a noite em muito boa companhia...he he he...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Some drunk old guy listening Tom Petty...

Porra, como foi que nunca postei nada do velho Petty aqui no blog? Sou mesmo um carcamano cabeçudo!!

She's a good girl, loves her mama
Loves Jesus and America too
She's a good girl, crazy 'bout Elvis
Loves horses and her boyfriend too

It's a long day livin' in Reseda
There's a freeway runnin' through the yard
And I'm a bad boy, 'cause I don't even miss her
I'm a bad boy for breakin' her heart

And I'm free, I'm free fallin'

All the vampires walkin' through the valley
Move west down Ventura Blvd
And all the bad boys are standing in the shadows
All the good girls are home with broken hearts

And I'm free, I'm free fallin'

I wanna glide down over Mulholland
I wanna write her name in the sky
I wanna free fall out into nothin'
Gonna leave this world for awhile

And I'm free, I'm free fallin'

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

WTF?!?!

Deixem o tio Chuck tentar entender:

Se o sujeito avança o sinal, é considerado atirado demais e leva  fama de tarado, mas se mantém uma postura respeitosa, é devagar, falta "pegada" (eu realmente odeio esse termo!!)

Se o sujeito é romântico e respeitador, é bunda-mole, mas se é direto e objetivo, é chamado de tarado.

Se olha firme pra mulher, leva fama de lobo mau , mas se desvia o olhar e tenta uma abordagem indireta, é uma banana.

Se foge de compromisso é considerado galinha, mas se quer levar a garota a sério é chamado de pegajoso, grudento.

Se cai na balada, é chamado de animal, mas se fica em casa na base do DVD, é chamado de roda-presa.

Se tenta beijar sem muitas delongas, leva um fora e é mandado caçar biscate em micareta (ok, eu já ouvi isso!!), mas se demora pra tentar o beijo é considerado devagar, devagarzinho - mais uma vez, "falta pegada" o termo favorito de onze entre dez biscates curva de rio.

Se ignora o que a mulher diz por saber que é contraditório com o que ela sente, é um canalha insensível, mas se respeita o espaço e opinião dela é mantido no banco de reservas.

Se é um canalha qualquer e assume abertamente quais são as regras da casa, é jogado pra escanteio, mantido como amiguinho e enrolado até o ponto que se enche e manda a sujeita passear, mas se for o canalha certo, o e$colhido, o cari$mático, o grande docinho secreto, enfim, se tiver o c(arro)harme, o cari$ma, e a pegada ("esse homem tem futuro, amiga", diz o mesmo tipo de biscate que adora "homem de pegada") necessários, bom, qual o problema dele ser canalha, não?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sábado, velhos rolos e afins

Sabado estava no meu boteco favorito da temporada, bebericando meu whiskey sossegado e apreciando os dotes da Karen - pelo menos, os dotes que podem ser apreciados em público - quando vejo uma figura manjada, carimbada, velho rolo eventual meu, cercando nossa mesa.

Caras, vocês sabem como é isso...a mulher começa a te olhar demais, jogar o cabelo, empinar o decote, enfim, começa a se exibir como todo animal no cio.

E lá pelas tantas, Karen levantou pra ir ao banheiro e pegar mais uma bebida - acho que ela estava indo de Bloody Mary; antes mesmo que ela se afastasse muito, minha amiga de outras noites se aproximou, toda languida e derretida. Eu a conheço a um bom tempo, desse mesmo boteco, e já tivemos nossas noites - porra, verdade seja dita, ela já cumpriu um tempo atrás o papel que hoje é reservado a Karen, a da prioridade da noite.

E justamente por me conhecer a tanto tempo, e saber como a banda toca, ela não embassou muito na mesa, apenas me deu um puta beijo - ok, me chamem de canalha, mas duvido que algum dos senhores fosse resistir a ela...he he he... - e disse que iria ficar no segundo piso, onde tem a pista, me esperando para umas visitas ocasionais, e mais beijos e amassos.

Sim, meus amigos...não me orgulho disso, mas como resistir? Karen na mesa, descobrindo como sou aos poucos mas já sabendo onde pisa, e na pista uma delicia de velha amiga, sempre disposta, sempre...vejam bem, tudo é uma questão de fase, temos que aproveitar a maré cheia para resistir bem aos tempos de seca - e podem acreditar quando digo que tem noites que meu copo é minha melhor companhia.

Vida dura, rapaziada, vida dura...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bom filme em ótima companhia nem sempre dá certo

Ontem resolvi vasculhar a sempre crescente pilha de DVDs em casa, para assistir a um dos meus filmes favoritos - se você não o reconhece pela foto acima, merece um chute no traseiro - com uma das minhas garotas favoritas, Karen, que veio passar mais um final de semana aqui pela terra da garoa.

Não, não estamos namorando.

Sim, continuo o mesmo canalha irrecuperável de sempre...he he he...

Mas voltando ao filme...minha deliciosa Karen é uma mulher inteligente e interessante, além de, sendo bem sincero, ter um corpo fantástico e saber realmente como usa-lo - ela diz que tem a ver com toda a yoga que faz, mas seja qual for o motivo ela REALMENTE sabe como deixar um cara troncho e satisfeito, mas (e sempre tem um mas) tem uma péssima mania de querer analisar tudo em termos metafisicos, esotericos, macumbeiros ou algo assim - sim, meus amigos, mais uma mezzo bruxa, mezzo mãe-de-santo no caminho do tio Chuck, o ateu.

Ok, não que eu seja ateu mesmo, apenas não sou de ficar pagando dízimo, frequentando igreja nem importunando as pessoas com meu confuso e caótico sistema de crenças, mas isso não vem ao caso.

Mas voltando ao filme e Karen, no melhor parte do filme, quando Pacino dá um pusta show de interpretação, ela desandou a fazer um semi-discurso sobre o filme, algo sobre karma negativo, perturbação astral, cometas em Júpiter ou algo assim - ok, confesso que quando ela começa com esses papinhos eu aperto o equivalente a tecla MUTE na minha cabeça...

Resultado, paramos o filme pela metade (terminei de assisti-lo pela enésima vez mais a noitinha, depois que Karen tinha ido embora), e fui obrigado a mante-la com a boca ocupada tempo suficiente para que ela esquecesse a ladainha esotérica...he he he...

Ah, ela está deixando o cabelo crescer - caras, me amarro num cabelão bem cuidado e cheiroso!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dando braço a torcer

Como alguns sabem, não sou sujeito de ficar assistindo BBB, nem Fazenda, nem nenhum desses programas de zoologico humano, mas infelizmente o mundo ao redor acaba ficando permeado de informações sobre esses programetes de merda, as bancas de jornais e os sites de noticias ficam cheios de noticias, fotos e factóides sobre quem quer foder com quem (infelizmente não no sentido sexual do termo), ou quem vai sair na próxima roça, paredão ou alguma merda assim.

Mesmo com toda a minha antipatia por esse tipo de programa, tenho que dar meu braço magrelo a torcer: COMO É GOSTOSA ESSA TAL DE JOANA MACHADO?!?! Fora de brincadeira, meus amigos, acabei esbarrando com imagens dessa deusa loira pelos sites da vida, e pelo que fiquei sabendo ela adora um barraco, faz cara de brava como poucas (é amigos, mulheres com cara de brava são um dos fracos do Tio Chuck!!), e devo admitir que andei vendo uns videos dela dançando/rebolando/se esfregando numa dessas festas do programa e é realmente algo de mexer com os cojones de qualquer sujeito.


Ok, eu sei que ela deve ter o cerebro de uma ostra, só ouvir pagode e não conseguir andar e mascar chiclete ao mesmo tempo, mas tem como não querer se afogar nem que seja um pouquinho nessa praia? 

sábado, 10 de setembro de 2011

Será??

Será que dá cadeia se eu for pego em flagrante secando a bunda de uma policial militar em patrulhamento?

He he he

domingo, 21 de agosto de 2011

Um pequeno detalhe faz toda a diferença.

Outro dia estava tomando umas com um velho amigo num boteco escolhido por ele. Entre copos e velhas histórias, reparei que ele era especialmente atencioso com uma das atendentes do lugar.

Vejam só, esse meu amigo é um cavalheiro com as mulheres, quando ele quer - sabe gracejar, ser divertido, conversar e até mesmo aconselhar. Mas não se enganem, ele é tão canalha quanto um sujeito tem que ser para ser meu amigo, e logo saquei - ele tinha comido a garota!!

Até ai nada demais, não seria nem a primeira nem a última transa entre canalhas e balconistas / atendentes / garçonetes pelos botecos sujos onde vou, mas fiquei vendo como esse sujeito tão escolado na vida se desdobrava para manter o encanto sobre ela, como se fizesse questão de come-la de novo, e olhava praquela garota meio sem sal, não que fosse feia mas sabe quando a mulher não tem nada demais? Bonitinha mas sem ser linda, cabelinho quase bem tratado, meio gordinha, corpo de mulher que já passou por umas duas ou três gestações sem poder se recuperar a contento, e simplesmente não entendia o motivo de tamanha atenção do meu kamaratzen. Resumindo, ela é sem sal.

Sem sal, para quem a vê sem saber o que meu amigo descobriu ao sair com ela; na verdade, depois ele me contou um pequeno segredinho dela, claro que não entregou o ouro de começo, tentou negar que houvesse algo extra na parada, mas depois de umas doses a mais confessou, quase num sussurro:

"Pompoarismo, Chuck...a mina é praticante de pompoarismo...cara, você não tem ideia de como é trepar com ela..."

Agora, meus amigos canalhas, é ou não é o tipo de pequeno detalhe que faz um mundo de diferença?

Porra, até eu fiquei tentado em gastar umas horas entre aquelas pernas...he he he...

Por onde raios anda o porra do Chuck?!?!

Sim, estamos vivos!! Eu e meu ego maldito encharcado de whiskey estamos vivos e bem!!

Por que sumi durante as últimas semanas? Raios, como os mais atentos devem ter percebido, sou um escravo do sistema numa Corretora, e como os ainda mais atentos devem ter notado pelos jornais nossa gloriosa Bolsa de Valores anda pulando e sacolejando mais do que um daqueles babacas que montam em festas de rodeio.

Em paralelo, assumi recentemente umas funções gerenciais extras, que implicam em mais dinheiro pra gastar com minhas musas questionáveis e meus botecos sujos favoritos, mas também implicam num puta aumento da minha carga de trabalho.

Ou seja, nada de tempo livre entre uma cotação e outra pro tio Chuck aqui postar seus comentários chovinistas neste humilde sítio.

A solução vai ser postar mais aos finais de semana, mesmo correndo o risco de tropeçar bêbado em algumas teclas eventualmente, ou então postar lamentações indevidas e indiscretas.

By the way, o blog continuará no ar, afinal de contas ainda não arrumei forma mais divertida de descarregar certos comentários irrascíveis e eventuais histórias podres, imensamente divertidas mas podres.

See you later.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lembranças encharcadas em alcool

Sábado estava num boteco diferente, e entre os vapores alcoólicos de sempre ficava observando uma televisão passando velhos clipes de rock. Lá pelas tantas aparece um vídeo da Madonna em inicio de carreira, algo com cenas daquele filme que ela fez com a irmã Arquette feinha – embora a Arquette bonitinha também não seja nada demais, anyway. E no vídeo aparecia a Madonna as vezes loira, as vezes morena, aquela pintinha sobre o lábio superior, com uma aparência tão deliciosamente slut – o que pra mim é ela em sua melhor forma, tão pecaminosamente biscatinha de rua. Claro que já devia ser a manipuladora insuportável que se revelou ao longo dos últimos vinte e tantos anos, mas essa versão biscatinha decadente é a única dela que consigo tolerar.



E lá pelas tantas, estava eu lá pensando na Madonna 85, quando uma garota resolveu sentar na minha mesa, pediu licença e tudo o mais, vejam que educadinha. Esses tipos modernetes pero no mucho, pés cansados de dançar na pista ao som da banda residente. Acabamos conversando um pouco, estudante de direito (estudante!! pelamordeDeus), 19 anos, mora numa república com mais duas garotas, e blá-blá-blá, aquele olhar convidativo de quem tem sérios problemas com figuras paternas, enfim – espero que ela tenha MESMO pelo menos 19 anos...e que eu não tenha conhecido a mãe dela lá pelos anos 90. Acho que me lembro de ter perguntando pra ela no decorrer da noite/começo de manhã o que ela estava fazendo na companhia de um sujeito com idade para ser o irmão mais velho do pai dela, mas não me lembro de nenhuma resposta além de mais sorrisos e etceteras – com ênfase nos etceteras.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo

E acessando o site surtoescrito.com, da sempre simpática Ana Cláudia, li que hoje é o dia do amigo, ou Dia do Amigo, ou algo assim...

Daí fiquei pensando numa forma de homenagear meus poucos amigos. Alias, poucos não, pouquíssimos. Sério mesmo, sou um sujeito de muito poucos amigos, acho que nos dedos de uma mão dá pra contar todos e ainda sobram dedos, literalmente. Claro que seria fácil dar uma de incompreendido e colocar a culpa nos quase-amigos que ficaram pelo caminho, mas a grande verdade é que não é fácil ser meu amigo. Sou o primeiro a admitir que sou chato pracarai, um tipo difícil de se aturar, cada dia mais cheio de manias e esquisitices. Não sou de risadas fáceis nem de fazer concessões em troca de simpatia, falo na cara tudo o que penso ou sinto, e devo admitir que muitas vezes beiro a misantropia - ou colocando de forma mais simples, muitas vezes não tenho saco para o ser humano como um todo. As pessoas me cansam e aborrecem, e eu simplesmente me mudo de mesa com meu whiskey, largando todo mundo falando sozinho. Muitas vezes prefiro a minha própria companhia, e como disse uma vez uma de minhas musas questionáveis, sou o tipo de cara que se sente solitário no meio de uma multidão, por que eu simplesmente não consigo me conectar à humanidade – que por sinal, considero extremamente superestimada.

Mas, dentre mortos e feridos, ainda me sobram alguns amigos, alguns bons amigos, pessoas que por algum motivo inexplicável ainda não se encheram de mim. E é a esses que dedico este post torto, pra dizer que mesmo que na maior parte do tempo eu não deixe transparecer isso, gosto pracarai de cada um deles, e que podem sempre contar comigo, lado a lado, ombro a ombro, pro que der e vier!

Desde que tragam a bebida para celebrar a vitoria depois da batalha.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Com a palavra, Mr. Bukowski

Mulheres
Gostava das cores de suas roupas, do jeito delas andarem, da crueldade de certas caras.
Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina.
Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

16:30h - só uma idéia, mas que dá uma vontade...

Eu não resisto quando ela me olha assim, ou, Chuck continua tarado na Joan Jett

Hoje é dia!!

Como em todo inverno, a melancolia impera de uma forma desgraçadamente plena, regada a whiskey barato e ressacas homéricas, e tenho acordado com um sentimento meio que

Misery likes company, I like the way that sounds (...)
Staring at the paper I don't know what to write
I'll have my last cigarette, well, turn out the lights
Maybe tomorrow I'll feel it differently
But here in my delusion I don't know what to say

Mas, senhoras e senhores, colegas canalhas ou visitantes inocentes deste blog, hoje é o dia mundial do rock’n’roll!!

Então vamos celebrar toda uma vida em meio a presepadas com minhas musas questionáveis, amigos de longa data, muita bebida, sexo e rock’n’roll, com uma musica sensível, bonita, relaxante e edificante...

Senhoras e senhores, com vocês os meninos simpáticos e saltitantes do...MOTORHEAD!!!

If you like to gamble, I tell you I'm your man
You win some, lose some, it's - all - the same to me
The pleasure is to play, it makes no difference what you say
I don't share your greed, the only card I need is
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

Playing for the high one, dancing with the devil,
Going with the flow, it's all a game to me,
Seven or Eleven, snake eyes watching you,
Double up or quit, double stakes or split,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

You know I'm born to lose, and gambling's for fools,
But that's the way I like it baby,
I don't wanna live forever,
And don't forget the joker!

Pushing up the ante, I know you've got to see me,
Read 'em and weep, the dead man's hand again,
I see it in your eyes, take one look and die,
The only thing you see, you know it's gonna be,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

He he he – não quero nem ver o tamanho da ressaca amanhã!!

best of

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pequenos momentos canalhas - parte II

Uma noite qualquer, a garota assoprando com força a fumaça do cigarro e mirando o teto com um olhar distante, naqueles famosos momentos de relaxamento pós-coito, quando o sujeito  ao seu lado se vira pra ela e passa a encara-la com um daqueles insuportáveis olhares fofinhos, do tipo minha-deusa-loira...

- O que você está me olhando? – pergunta a garota.

- Estou aqui pensando como você vai ficar linda de noiva... – responde ele, com aquela voz embasbacada e subserviente que só mesmo um otário apaixonado sabe fazer.

.
.
.

E semanas depois, ao encontra-la no mesmo bar onde se conheceram, ele ainda tem a cara de pau de perguntar por que ela não responde mais aos seus recados na secretaria eletrônica...

He he he

(pra ninguém dizer que eu só olho o lado dos homens...he he he)

Pequenos momentos canalhas - parte I

Uma noite qualquer, o sujeito fazendo argolas com a fumaça do cigarro e mirando o teto com um olhar distante, naqueles famosos momentos de relaxamento pós-coito, quando a garota ao seu lado se vira pra ele e passa a encara-lo com um daqueles insuportáveis olhares fofinhos, do tipo coração-apaixonado-só-escuta-a-propria-voz-e-ninguem-mais...

- O que você está me olhando? – pergunta o sujeito.

- Estou com medo de dormir, e quando acordar você não estar mais aqui... – responde ela, com aquela voz grudenta de tão melosa que só mesmo uma mulher apaixonada sabe fazer.

.
.
.

E semanas depois, ao encontra-lo no mesmo bar onde se conheceram, ela ainda tem a cara de pau de perguntar por que ele não responde mais aos seus recados na secretaria eletrônica...

He he he

...come crashin' like a drunk on a bar room floor...

Tem alguns caras que realmente parecem relatar, em seus velhos blues, trechos da vida de sujeitos como eu...isso eu chamo de arte, baby!!

I know what it's like to have failed baby
With the whole world lookin' on
I know what it's like to have soared
And come crashin' like a drunk on a bar room floor

Now you got no reason to trust me
My confidence is a little rusty
But if you don't feel like bein' alone
Baby I could walk you all the way home

Well now our old fears and failures
Baby they do linger
Like the shadow of that ring
That was on your finger
Those days they've come and gone
Baby I could walk you all the way home


Love leaves nothin' but shadows and vapor
We go on, as is our sad nature
Now it's some old Stones' song the band is trashin'
If you feel like dancin', baby I'm askin'

It's comin' on closing time
Bartender he's ringin' last call
These days I don't stand on pride
And I ain't afraid to take a fall
So if you're seein' what you like
Maybe your first choice, he's gone
Well that's all right
Baby I could walk you all the way home
Baby I could walk you all the way home

segunda-feira, 4 de julho de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

...a gentleman will walk but never run...

Adoraria dizer que se trata de um velho blues, mas essa levada está mais para a lil’ jazzie, um pouco fora do meu habitual mas perfeita para os dias de hoje, quando ando me sentindo meio como um peixe fora d’agua – ou um cachorro num mundo de gatos...

I don't drink coffee I take tea my dear
I like my toast done on one side
And you can hear it in my accent when I talk
I'm an Englishman in New York

See me walking down Fifth Avenue
A walking cane here at my side
I take it everywhere I walk
I'm an Englishman in New York

I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York
I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York

If, "Manners maketh man" as someone said
Then he's the hero of the day
It takes a man to suffer ignorance and smile
Be yourself no matter what they say

I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York
I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York

Modesty, propriety can lead to notoriety
You could end up as the only one

Gentleness, sobriety are rare in this society
At night a candle's brighter than the sun

Takes more than combat gear to make a man
Takes more than a license for a gun
Confront your enemies, avoid them when you can
A gentleman will walk but never run


If, "Manners maketh man" as someone said
Then he's the hero of the day
It takes a man to suffer ignorance and smile
Be yourself no matter what they say

I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York
I'm an alien I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Constatações da janela do trem - parte VII

No térreo do prédio onde moro tem uma padaria, não dessas mega-padarias afrescalhadas, mas uma daquelas padocas bem simples, a um passo de virar um boteco – o lugar ideal para eu encostar meu traseiro e ler o jornal do dia, enquanto tomo um pingado com um pão na chapa, eventualmente um pão-de-queijo (essa minha mania de pão-de-queijo deve ter algo a ver com algumas musas questionáveis mineirinhas que já cruzaram meu caminho...he he he...).

E é dessa padaria que as vezes me pego xeretando pequenas cenas da vida alheia, vejo gente esperando ônibus, ou passando apressada pro trabalho, alguns ônibus lotados e todo tipo de gente. E hoje me peguei vendo uma jovem mãe (e que madrecita deliciosa, meus amigos!!) com sua filhinha de uns 4 ou 5 anos (sempre fui péssimo para adivinhar idades, especialmente de crianças) – a menininha com seu uniforme e suas tranças no cabelo, sua mãe (talvez uns 25 anos, talvez mais) com seus cachos ruivos (parem as máquinas, pelas sardas na pele delirantemente branquinha e pela cor do cabelo trata-se de uma ruiva legítima!!!) domados num corte na altura das orelhas, ambas agasalhadas com pesados capotes, cachecóis e gorros, e enquanto esperavam seu ônibus brincavam com um daqueles jogos típicos das meninas, com direito a cantiga, tapinhas de mão em mão (escravos de Jô é o que me vem a mente, mas ainda brincam disso?!?!), e elas riam a cada parada (imagino que cada vez que uma mão “perdia” ou algo assim) e pareciam não se importar com o mundo ao seu redor, nem com o frio, nem com a demora do ônibus. O tipo de cena que me parece sempre em câmera lenta, com a câmera meio esfumaçada, como se vista à partir de uma janela envolta em neblina.

Não sei bem, mas acho que não vi uma aliança naquela mão esquerda, e não vi sinal de que a tal aliança fizesse falta – seria um caso de single mammy, ou de mãe separada criando sua filha, ou talvez haja um marido que não pode acompanha-las (ou quem sabe um vagabundo preguiçoso demais para levar a própria filha à escola??).

Anyway, acho que é uma cena a ser preservada, mesmo que o mundo acabe jogando contra.

ou

Tio Chuck está ficando velho...he he he...qual será o telefone da jovem madrecita ruiva?

Now you're messin' with...uncle Chuck, sweetie!!

Senhores co-parceiros de canalhice, vejam o clássico abaixo e me respondam, do fundo de seus corações sujos – é ou não é A música? He he he

Heartbreaker, soul shaker
I've been told about you
Steamroller, the midnight shoulder
What they been sayin' must be true

Red hot mama, oh that charmer
Time's come to pay your dues

Now you're messin' with a (a son of a bitch)
Now you're messin' with a son of a bitch
Now you're messin' with a (a son of a bitch)
Now you're messin' with a son of a bitch

Talkin' jive and poison ivy
You ain't gonna cling to me
Minute taker, fall faker
I ain't so blind I can't see

Red hot mama, oh that charmer
Time's come to pay your dues

Tks, Nazareth!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Choramingões de plantão, regozijai-vos!!


Antigamente, os Renatos Russos de plantão costumavam choramingar que seus telefones nunca tocavam nos finais de semana à noite; o tempo passou, e agora eles tem um excelente motivo para ficarem emoticamente felizes – afinal agora podem choramingar (vejam que bonitinhos!!) que o telefone não toca, o celular não chama, que nunca recebem e-mails carinhosos, que ninguém manda SMS para eles, que ninguém os segue no Twitter (incrível como esses bunda-moles adoooooram uma tuitada no meio do , aham, deixa pra lá...), que ninguém curte os videozinhos fofinhos que eles postam no Facebook...ó, mundo emo-cruel!!

Cambada de moleques bunda-moles!! Humpf!!


Semana que vem, minha postagem sobre minha cruzada pessoal contra a Brigada da Bundamolice!!

Bom feriado a todos, que tio Chuck vai pra praia com minha deliciosa amiga Karen!!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O canalha e a paixão – pretensioso o título, não?

Um dos meus posts da semana passada gerou um comentário interessante da amiga Ana Cláudia, dona do site surtoescrito.com.br - “- Chuck, você está apaixonado!” – não sei não, mas ela me soou meio que assustada, como se fosse um indicativo claro do final dos tempos...he...he...he...

Ora essa, mas é claro que estou apaixonado!! O bom e velho tio Chuck é um homem permanentemente apaixonado!!

Não posso deixar de me apaixonar por cada uma de minhas musas questionáveis! Explico-me:

Um canalha tem que se apaixonar por suas musas, questionáveis ou não; tem que trata-las com o devido encantamento, tem que reconhecer algo de único para lhe deixar loucamente apaixonado em cada uma delas, todas tem que ter algo de especial – às vezes é algo óbvio como um belo derrierè (é assim que se escreve “bunda gostosa” em francês?), às vezes algo sutil como a maneira como ela prende atrás da orelha aquela mecha de cabelo rebelde que insiste em cair sobre os olhos. Ou um par de seios hecatombicamente bem marcados contra o tecido, ou o jeito como ela, ao gesticular com seus dedos longos de sua mão mais longa ainda, forma figuras no ar quase sem querer com fumaça de cigarro. Mas seja por que for, sempre busco alguma coisa apaixonante em cada uma das minhas musas.

Afinal de contas, tem coisa mais brochante do que sair com alguém por quem você já não sentia o menor tesão? Saca aqueles encontros de final de caso, quando se passa mais tempo se questionando que porra você está fazendo ali do que curtindo a companhia da outra pessoa? E o encontro que costumava se estender até o sol nascer acaba morrendo de inanição lá pras duas da matina com aquela desculpinha manjada de ter que levantar cedo no dia seguinte? Chato demais!!

E se tem uma coisa de que fujo a mil por hora são encontros brochantes! Se saio com uma mulher, tenho que sentir o coração bater mais forte, o riso fluir solto, o papo rolar à vontade – mesmo minhas musas questionáveis de uma noite apenas sempre tiveram algo que fazia com que se destacassem no meio da multidão, eu não conseguiria passar uma noite na companhia de uma mulher só por ela ser gostosa demais, ou por ela estar me dando mole numa noite de entressafra – ok, tá bom, eu conseguiria...he he he...

Sem a paixão, o que vai restar num encontro? Eu lhes digo, companheiros de jornada– tire a paixão do peito de um canalha e o que vai sobrar é o velho e bem-treinado senso crítico (também conhecido como caçar-defeitos-na-mulher). E a bebida vai descer amarga, o sorriso vai morrer, e o verdadeiro tesão sera substituído por um simples alivio de funções corpóreas.

Sendo assim, meus caros, não se espantem com a paixão de um canalha – ela pode durar apenas uma noite, mas vai ser uma noite boa demais, intensa e divertida em cada minuto!!

 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Constatação tardia e ressacada após um tremendo de um final de semana filho da puta de tão bom:


O rock’n’roll é como o blues, meus caros – tem que ser feito por velhos bêbados e sujos, que consigam enxergar a vida por olhos vermelhos por noites mal-dormidas, do alto de fígados estragados de tanta bebida. Rock limpinho não existe, o som primal vem das entranhas com uma força e legitimidade que arrebentam qualquer barreira!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Noite de quinta, on the rocks

E em plena quinta-feira o sujeito está num dos seus botecos favoritos, acompanhado de uma velha amiga, quando ela se levanta para ir ao banheiro e o sujeito se pega olhando para aquela mulher se afastando, e pensando naquele traseiro, naquele corpo, naquele cabelão até quase a cintura, vendo aquele rebolado tão sexy quanto sutil – aliás, sexy justamente por ser sutil, certo? – e de repente se lembra de como é verdadeiramente delicioso, ao ir apanha-la em casa, ficar se perguntando como ela estará vestida e maquiada, qual será o perfume dela naquela noite, e seguir em frente sem saber ao certo como a noite irá acabar, afinal de contas ela não é o cenário tedioso e manjado de uma namoradinha, ela é sempre uma incógnita, a noite seguirá livre sem roteiros, sem aquelas amarras de jantarzinho-cineminha-motelzinho ou alguma ligeira variação maldita;  ele sabe que já terminaram a noite enrolados um no outro suados e exaustos de tanto trepar, mas também já viram o nascer do sol entre os prédios pela janela do carro depois de passarem a noite toda rindo e conversando - e sinceramente quem pode dizer qual noite foi mais gostosa? – e ainda mergulhado nesses pensamentos só percebe quando ela se senta na sua frente, renovando as bebidas na mesa – ela adora manter os copos cheios, como ele – e ele vê aquele sorriso encimado por olhos que parecem sorrir ainda mais, e eles se perdem no olhar um do outro como se soubessem que aquele momento é único por ser inesperado, é precioso por ser espontâneo e legítimo, mas ele se pega pensando na triste comparação com tantas manhãs em que acordou na mesma cama com alguém que não significava mais nada pra ele.

whiskey.jpg

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lápis de ponta quebrada

Eu e essa minha mania de ficar observando a vida alheia pelos botecos da vida...sabem o que é uma puta sacanagem?

Tratar alguém como estepe!! Isso mesmo, caros amigos...acho uma puta duma falta de caráter, coisa de gente fraca e sem o menor respeito pelo outro, quem trata uma mulher ou homem como um estepe.

“Ah, queria tanto andar com aquela Ferrari vermelha toda possante, mas quando ela não está disponível eu posso ligar pro meu Corsinha pra dar umas voltas”

“Meu sonho de consumo é uma Mont Blanc, mas enquanto não dá vou escrevendo de Bic mesmo”

É exatamente assim que alguns desqualificados por ai agem com as pessoas que dão ao azar de se encantar por eles!! O raciocínio é o mesmo, só que aplicado a seres humanos.

Todo mundo já deve ter visto casos assim. Uma criatura sórdida que continua com seu casamento ou namoro ou o raio que o valha, mas mantém uma certa pessoa na manga, iludida e esperando pela sua boa-vontade...periodicamente, atira migalhas de atenção pra seu pobre estepe furado, eventuais telefonemas, SMSs ou e-mails...e a cada novo contato, novo convite, a pessoa se enche de esperança, pensa e sente “será que agora a coisa vai?!?!”, e segue sendo usada apenas para desfile e lustre do ego alheio, para depois voltar a amargar o ocaso de ser apenas um número na memória do celular da pessoa a quem dedica o seu melhor.

O que esse tipo sujo não percebe é que o estepe dele poderia ser a figura central na vida de um outro alguém, poderia estar sendo devidamente tratado e cuidado. Me lembrei agora daquele versinho infantil de fulano ama beltrana que ama sicrano que ama fulana que ama...e por ai vai...e todos saem perdendo, e todos se sentem como um idiota!!

E sabem o que é pior, meus caros? Quem é tratado como estepe, salvo se for muito burro, percebe que não é prioridade na vida de ninguém. Percebe que é um lápis pra ser usado quando acaba o grafite da lapiseira, o miojo a ser comido na falta de um rango decente...e passa também a tratar eventuais otários que se encantem por ele como um estepe...e o ciclo de celulares que não tocam, ou e-mails que não chegam, só aumentam!!

Podem me chamar de canalha, safado, cafajeste e o que for, mas nunca em meio a todas as minhas falcatruas emocionais tratei ninguém como uma porcaria de peça de reposição, ninguém!!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Coulrofobia

Armações femininas, ou, como o peixe morre pela boca, o homem morre pelo ...

E um belo dia toca o celular e é uma velha conhecida, de outros carnavais deliciosos; conversinha mole pra cá, conversinha mole pra lá, como se os últimos contatos entre os dois, regados a xingamentos, urros de raiva e ameaças de castração, não tivessem acontecido; “vem me ver”, diz a moçoila de seios fartos e belos olhos, tentadora como uma versão metal-queen da mulher que fodeu com Adão, a.k.a. Eva; “vamos nos ver, estou com saudades de você...” diz ela com aquela voz derretida de pura lascívia, uma mais do que perfeita fêmea no cio. Ele diz que não pode, que está tentando resolver as coisas em casa com a patroa, tentando ser um pai de família bacaninha pros seus filhos, etc e tal...

Ela insiste, se derrete,geme, grita e pede pra vê-lo, dizendo que não se importa em ser a outra, que a ideia de uns tempos pra cá até lhe dá mais tesão e vontade de pecar...o sujeito se nega, resiste, diz que está tentando fazer as coisas do jeito que a sociedade católica-machista-ocidental manda, que está até indo pra igreja pra tentar cavar uma vaga no próximo bonde de canonização.

E ela insiste...e ele resiste...mas ela insiste ainda mais ..e ele resiste mas nem tanto...ela aperta, insiste, descreve em detalhes tudo que quer fazer com o sujeito, e o tonto acaba deixando de lado qualquer tentativa de bom-mocismo, de se manter fiel ao papel que se espera dele. E o encontro rola. Barba, cabelo e bigode, ypsilone-duplo, salto carpado e demais malabarismos, horas e horas de calor e pegação no melhor motel da Raposo Tavares.

Depois disso a morena-tropicana cheia de sabores e perdições desaparece, sem deixar sinal, como se tivesse saciado todo seu desejo naquela única tarde.

Dois meses depois, chegam dois daqueles envelopes pardos que parecem saídos de um filme de espionagem na guerra fria.

Um pro escritório bem mobiliado dele, com o resultado (positivo) de exame de gravidez dela.

Outro pra loja da esposa dele, com umas duas dezenas de fotos, dos mais diversos ângulos – o pecador e a tentadora se encontrando, ela entrando no carro dele, eles entrando no motel, eles saindo, se despedindo com um beijo de desentupir pia. Isso sem falar nas próprias fotos da bolinagem ilimitada em si, tiradas não se sabe como dentro da suíte do motel.

Não, meus camaradinhas, não se trata de uma carta de fórum de revista de mulher pelada. Uma tristeza, não? Mas a mais pura verdade, pode acreditar.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Constatações da janela do trem - parte VI (?)

E ai vem um buRRocrata, um sujeito feliz da vida com sua gravatinha, coletinho, terninho e cabelinho assentadinho com gelzinho, aquele jeitinho de quem tem um caso sério de prisão de ventre e hemorróidas, com seus manuais de normas, seus relatoriozinhos medíocres em powerpoints coloridinhos, um completo babaca, me enchendo com suas malditas regrinhas de escritório #mandeitomarnocú

E alguns versos de alguns velhos rocks continuam tocando (de) fundo na minha cabeça, by the way...canções que falam sobre jovens burros demais para perceberem que estão dando murro em ponta de faca, de noites solitárias olhando os carros que passam pela porta de um bar, de como o vento da noite parece atrair os malucos e boêmios, das lembranças associadas a um certo perfume, de como as noites de sábado parecem regadas a um mar de cerveja, de como algumas noites são tolamente iguais e vazias, ou sobre agarrar a vida à unha como se fosse um maldito touro solto...

Triste ver como o sujeito vai, conversa, explica, deixa bem claro, praticamente faz um manual de como-lidar-com-um-canalha, avisa várias e várias vezes pra garota não entrar numas de namoradinha que a praia dele é outra, mas ainda assim, mesmo com reiterados avisos, ela que parecia uma mulher tão madura e moderna acaba se revelando mais uma lacrimosa candidata a noivinha, e lentamente começa a rotina de cobranças disfarçadas, ataques de “dengosidade” fora de hora, ligações choramingantes de “puxa vida, snif, snif, não vai me ver nesse final de semana?!?!” – um aviso, meu camaradinha, CAIA FORA ENQUANTO É TEMPO!!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Post perdido e recuperado, ou, brincando de ser cruelmente honesto

E com minha cabeça inchada berrando  “–  PARE DE BEBER NO DOMINGO, ANIMAL!!” ( tudo bem, não será a primeira nem a última vez que passo a manhã de segunda-feira amaldiçoando cada gole bebido na noite anterior.) releio o que quase postei ontem a noite, e resolvo manter o post – afinal de contas, para que serve esse blog, certo? Posts bêbados, seja de bebida, seja de vida, é assim que eu toco...

Só marquei como itálico e tentei corrigir eventuais tropeços de escrita, pra não passar vergonha...he...he...he



E o sujeito se pega pensando na vida, olhando pra trás e vendo que muitas vezes feriu quem deveria proteger, que magoou quase sem querer, com a eterna desculpa de que todos os envolvidos sabiam a regra do jogo, e vê tanta gente que ficou pelo caminho, que ficou no quase, que quase foram grandes amores, que quase foram grandes histórias, se pega olhando prum par de luvas de couro de pontas de dedos cortadas que ganhou de sua musa eternamente inalcançável num inverno qualquer anos atrás e pensando naquele beijo que não rolou, e na forma babaca como desfilou suas eventuais musas questionáveis aos olhos dela pensando “somos só amigos” e percebe como o toque do couro da luva sempre vai lembrar de alguma forma o toque nos cabelos dela, e se pega assistindo a velhos filmes e pensando que aquela cena poderia ser diferente, bem diferente,


E a coisa morreu por ai, devo ter parado de escrever ou ido ao banheiro e resolvido deitar, enfim, ficou pela metade, mas ainda assim, ficou honesto – acho que foi por aqui que me chamaram do ‘canalha mais honesto do mundo” ou algo assim.

Engraçado pensar nos contrastes entre os sentimentos do sabado e do domingo a noite.

P.S.: será que fiquei assim por terem dito que sou um emocionalmente maturo como um moleque de doze anos preso num corpo de quarenta e dois?he he he

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Com muito orgulho!!

Acabaram de me chamar de “putanheiro cachorro sem vergonha”, com todas as letras!!

As vezes me orgulho de ser eu mesmo!! Alias, ando pensando em decretar o “Dia do Orgulho Canalha”, alguma sugestão de data?he he he


Constatações da janela do trem - parte V

Ontem fui conhecer um boteco novo, por indicação de um amigo pinguço. E lá pelas tantas chegaram quatro yuppies, dois na casa dos seus quarenta anos, dois mais velhos, talvez cinquentões. Podem me chamar de preconceituoso e o que for, mas logo desconfiei que eram quatro babacas metidos a espertões. Depois de um tempo os dois cinquentões comentaram que assim que umas meninas chegassem iriam cair fora, “pra deixar todo mundo a vontade”, segundo palavras dos próprios. Passados uns minutinhos, chegaram as tais meninas. De boa, rapaziada, deu pra sacar logo de cara qual era a delas. Uma baixinha, loirinha e deliciosa, a outra igualmente loira, mais alta e com um par de peitos simplesmente deliciosos, quase pulando pra fora do vestidinho preto agarrado. Pela troca de olhares entre elas, a Peitos Deliciosos sinalizou pra Baixinha perguntando qual seria o pato que ela iria depenar, a Baixinha indicou o mais com cara de bobo dos quatro. Conversa vai, conversar  vem, bebida a rodo na conta dos manés, as duas garotas se desmanchando em sorrisos

 – ops, peraí, desmanchando em sorrisos da boca pra fora, por que os olhos delas não sorriram em nenhum momento –

os caras ficando bêbados, se achando os caras mais espertos do mundo, rindo e falando alto como idiotas, as garotas sorrindo disfarçadamente enquanto trocavam olhares cheios de significado. O Cara de bobo comentando que iria sair com a Peitos Deliciosos para ela autografar a revista dela (eu bem imagino o tipo de revista que a moça deve ter feito, mas deixa pra lá...he he he), a Baixinha cheia de jogar o cabelo pro lado e olhar pra minha mesa por sobre os ombros do Tampinha amigo do Cara de bobo...lá pelas tantas a Baixinha vai ao banheiro, e na volta devolveu firme minha olhada nada discreta, confirmando o que eu já sabia...boi preto conhece boi preto.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um cacheado peloamordeDeus!!!!

Procura-se desesperadamente por cabelos cacheados, ondulados, Black Power, armados, frizados, ou qualquer outra coisa que fuja desse mais do que manjado visual chapinha-japonesa-de-chocolate-escovado ou algum raio de tratamento capilar que o valha, que deixou todas as mulheres que vejo com o MESMO PENTEADO.

Sério mesmo, alguns dias eu passo horas sem ver uma única mecha de cabelo feminino ondulado, mesmo que ligeiramente ondulado. Pra todos os lados, é um mar de fios artificialmente retos, vamos lá, é fácil sacar – o truque é olhar na ponta do cabelo, é fácil perceber que aqueles fios passaram por um daqueles tratamentos que mais parecem uma tortura medieval. Que ideia de maluco é essa de passar algo equivalente a um ferro de passar roupa no cabelo?!?! E com aqueles solventes malucos que borbulham e queimam quando expostos ao ar!!! Porra, o bagulho é aplicado com MÁSCARA, dá pra perceber que não deve ser nem um pouco saudável?!?!

Como alguns já devem saber, me amarro num cabelão (uma das armas de sedução e corrupção de cafajestes que a maldita psycholawyer usou contra mim foi justamente o cabelão dela, naturalmente ondulado, sem chaposas) e fico revoltado com essa padronização do visual feminino.

Até por que, uma das coisas mais fantásticas nas mulheres é a imensa capacidade de variação, de mudanças, de detalhes sutis que me deixam maravilhado – e esse padrão de cabelo lisinho a qualquer custo já me deu no saco!!



Sim, é a delicia da Joss Stone na foto, que pedaço de mau-caminho de cabelos cacheados!!!Além de outras coisas a serem reparadas - que decote, que voz, que seios lindos, que olhar, que belo par de peitos...etc...etc...etc...


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tem como não amar o KISS?!?

Nada como passar a manhã limpando a caixa de e-mails – dez dias de folga em casa, e quando volto tenho algumas centenas de e-mails pendurados me esperando!!

E para animar essa árdua tarefa, nada como um bom e velho som do KISS – tem como não amar essa porra de banda? Eles são marketeiros, farsantes, previsíveis e o que mais as pessoas quiserem acusa-los, mas poucos bandas tem tamanha habilidade para dar aquele sopro de animo para enfrentar o dia-a-dia!!

Sem mais enrolação, KISS!!

I look at you and my blood boils hot,
I feel my temperature rise
I want it all, give me what you got,
there's hunger in your eyes
I'm getting closer, baby hear me breathe
You know the way to give me what I need
Just let me love you and you'll never leave

Feel my heat takin' you higher,
burn with me, Heaven's on fire
Paint the sky with desire,
angel fly, Heaven's on fire

I got a fever ragin' in my heart,
you make me shiver and shake
Baby don't stop,
take it to the top, eat it like a piece of cake
You're comin' closer, I can hear you breathe
You drive me crazy when you start to tease
You could bring the devil to his knees

Feel my heat takin' you higher,
burn with me, Heaven's on fire
Paint the sky with desire,
angel fly, Heaven's on fire

Oho Heaven's on fire, oho Heaven's on fire, oho

I'm getting closer, baby hear me breathe
You know the way to give me what I need
Just let me love you and you'll never leave

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pra não dizer que não falei de música

Querem conhecer uma banda foda demais?

Senhoras e senhores, The Allman Brothers!!


Well, I've got to run to keep from hidin',
And I'm bound to keep on ridin'.
And I've got one more silver dollar,
But I'm not gonna let 'em catch me, no,
Not gonna let 'em catch the Midnight Rider.

And I don't own the clothes I'm wearing,
And the road goes on forever,
And I've got one more silver dollar,
But I'm not gonna let 'em catch me, no
Not gonna let 'em catch the Midnight Rider.

And I've gone past the point of caring,
Some old bed I'll soon be sharing,
And I've got one more silver dollar,

But I'm not gonna let 'em catch me, no
Not gonna let 'em catch the Midnight Rider.

No, I'm not gonna let 'em catch me, no
Not gonna let 'em catch the Midnight Rider.

No, I'm not gonna let 'em catch me, no
Not gonna let 'em catch the Midnight Rider.