sexta-feira, 27 de maio de 2011

Constatações da janela do trem - parte V

Ontem fui conhecer um boteco novo, por indicação de um amigo pinguço. E lá pelas tantas chegaram quatro yuppies, dois na casa dos seus quarenta anos, dois mais velhos, talvez cinquentões. Podem me chamar de preconceituoso e o que for, mas logo desconfiei que eram quatro babacas metidos a espertões. Depois de um tempo os dois cinquentões comentaram que assim que umas meninas chegassem iriam cair fora, “pra deixar todo mundo a vontade”, segundo palavras dos próprios. Passados uns minutinhos, chegaram as tais meninas. De boa, rapaziada, deu pra sacar logo de cara qual era a delas. Uma baixinha, loirinha e deliciosa, a outra igualmente loira, mais alta e com um par de peitos simplesmente deliciosos, quase pulando pra fora do vestidinho preto agarrado. Pela troca de olhares entre elas, a Peitos Deliciosos sinalizou pra Baixinha perguntando qual seria o pato que ela iria depenar, a Baixinha indicou o mais com cara de bobo dos quatro. Conversa vai, conversar  vem, bebida a rodo na conta dos manés, as duas garotas se desmanchando em sorrisos

 – ops, peraí, desmanchando em sorrisos da boca pra fora, por que os olhos delas não sorriram em nenhum momento –

os caras ficando bêbados, se achando os caras mais espertos do mundo, rindo e falando alto como idiotas, as garotas sorrindo disfarçadamente enquanto trocavam olhares cheios de significado. O Cara de bobo comentando que iria sair com a Peitos Deliciosos para ela autografar a revista dela (eu bem imagino o tipo de revista que a moça deve ter feito, mas deixa pra lá...he he he), a Baixinha cheia de jogar o cabelo pro lado e olhar pra minha mesa por sobre os ombros do Tampinha amigo do Cara de bobo...lá pelas tantas a Baixinha vai ao banheiro, e na volta devolveu firme minha olhada nada discreta, confirmando o que eu já sabia...boi preto conhece boi preto.

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