sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sobre a verdade


Engraçado como todo mundo gosta de bater no peito e dizer que quer a verdade acima de tudo, que a sinceridade é a grande virtude que espera das pessoas ao seu redor...Besteira! Conversinha pra boi dormir, inglês ver e enganar otário!
A realidade desse nosso mundo podre é que ninguém aguenta a verdade! A verdade é uma vaca miserável que fere, esfola e faz sangrar, põe qualquer um de joelhos implorando, rastejando suplicando pelo colo da puta que o pariu nesse mundo de merda enquanto se esconde embaixo da cama rezando por um pouco de misericórdia.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Procurando pela dor!


Alguém pode me dizer por que diabos tanta gente gosta tanto de sofrer? Porra, sério mesmo, as vezes acho que as pessoas pedem pelamordeDeus pra vida lhes foder. A verdade está lá, na cara da pessoa, mas ela se recusa a aceita-la, fica remoendo a situação em busca de uma situação (supostamente) utópica, onde tudo cai nos lugares (de novo, supostamente) certos. Hello sweetie, acorda que a vida não é comercial de margarina!!

A dona é uma quase-quarentona bem apanhada, corpo de mulher madura mesmo, sem aquelas frescuras de mulher malhada, mas relativamente em forma, com direito a seios deliciosamente turbinados no silicone sem grandes exageros. É o tipo de mulher quase-bonita, não é feia, mas também não é daquelas mulheres de beleza estonteante – digamos que ela tem seus ângulos (alias a expressão dela quando goza é uma delicia). Além de ser fisicamente interessante, devo admitir que é uma tremenda batalhadora, criando três filhos praticamente sozinha, toca uma pequena empresa que construiu do zero, e ainda atura encheção de saco do ex-marido, da mulher nova do ex-marido, de ex-funcionária zoio-de-lula (que alias é uma fdp!), segura a barra de problemas com irmão, cunhada, mãe, e ainda atura frescurite do filho mais velho, que anda numas de se achar o homem da casa só por que entrou na faculdade e está trabalhando. Além de tudo isso ainda dedica grande parte do seu tempo livre à pratica da caridade. Realmente uma mulher incrível, o tipo de mulher com a qual qualquer sujeito não-canalha adoraria, aham, construir um lar (que expressãozinha mais arrepiante, não? Só de ouvi-la já imagino uma masmorra com correntes...he...he...he. Enfim, é uma mulher de fibra e de valor, inegavelmente. Só que, e sempre tem um porém, só que ou senão, foi cair na lábia de um tipo meio cafajeste, meio canalha, sujeitim quase-desprezível dono de um blog canalha por ai. E ao longo dos meses, depois de algum tempo de lábia investida, cedeu aos encantos do sujeito, e os papinhos inocentes foram substituídos por eventuais trepadas noturnas, e a mulher foi se encantando, afinal de contas um canalha que se preza sabe como tratar e cativar suas musas questionáveis. Claro que foi avisada, tanto por amigos em comum quanto pelo próprio canalha em questão, de que o que ele queria não era e nem nunca seria um compromisso, ou algo mais sério em sua vida. Foi avisada, avisada e avisada. Repetidas vezes. A exaustão. Mas ouviu? Não, não ouviu. Começou com aqueles velhos papos bestas de amorzinho, chuchuzinho, você-é-o-homem-da-minha-vida, começou a sonhar com seu canalha de estimação e com o dia em que iria tira-lo dessa vida de luxúria, sexo sem compromisso e perdição (que beleza, não?he he he), afinal de contas “tudo que ele precisa é da mulher certa em sua vida” (palavras dela – fala sério, hein?). E começou a falar dele pra família dela, pros filhos, pra mãe, e a convida-lo para jantares em família (não, obrigado!), viagens em família (obrigado, mas tô a pampa!), piqueniques com os filhos (opa, valeu mesmo, mas não!), e outras atividades ui-benzinho-venha-passar-o-Natal-conosco...até que o canalha não viu outra alternativa a não ser sumir, evaporar, não retornar ligações, e-mails ou recadinhos de msn. E meses se passaram, até que numa noite de profundo vazio social e te(n)são existencial, o canalha resolveu ligar para ela, meio que já esperando o esporro tradicional você-é-um-canalha-miserável-desprezível-filho-de-uma-puta, mas, na esperança de quem sabe descolar uma trepadinha, só pra matar as saudades. E não é que descolou? Aliás uma belíssima trepada, com direito a uma serie de detalhes que não vem ao caso por que aqui não tem porcaria nenhuma de tons de cinza! E nos meses seguintes, fechados num acordo de ninguém voltar a falar merda de papinho de casalzinho retomaram aos poucos uma agradável rotina de papos e eventuais trepadas, até que a proporção entre papos/trepadas foi ficando cada vez mais pro lado das trepadas, e é claro que ela tinha que de novo estragar tudo e recair no papinho de amor-I-love-you, ai-eu-sempre-soube-que-você-ia-voltar e bem-que-a-cigana-me-falou-que-somos-destinados-um-ao-outro. Resultado? Vai pra puta que pariu, que o canalha já encheu o saco e sumiu de novo!
Mas sabem qual é o pior disso tudo?  Segundona, véspera de Natal, canalha dando mole no apartamento antes de ir pra um de seus botecos favoritos, resolveu depois de meses ligar pra ela pra, vejam que mocinho bonzinho, desejar um feliz natal e tudo o mais, mas já contando que dessa vez não tinha possibilidade de qualquer esquema além de uma corrente de palavrões e xingamentos. PEEEEEE, wrong! Não só foi recebido com ai-que-saudades, como ainda teve que ouvir coisas como sonhei-com-você-semana-passada e bem-que-me-a-dona-fulana-falou-que-você-voltaria-até-o-final-do-ano...agora aguenta, lá vai o canalha sumir de novo!
Agora me digam, é ou não é vontade de se fuder? Depois reclama que fica sofrendo, chorando e esperando o canalha voltar! Insiste em martelar os mesmos sonhos e desejos idiotas e abrir a porra da boca pra despejar sua carência toda sobre quem sabidamente não quer nada além de uma companhia agradável para algumas horas, nada além disso. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Chuck e sua coleguinha noveleira


Não, não. O título não deveria ser “Chuck e sua musa questionável”, pelamordeDeus!! O título está certo, afinal de contas este post é sobre uma colega de trabalho, baranga demais para ser qualquer coisa além disso. Não me entendam mal, não sou demasiadamente exigente quando se trata de musas questionáveis, mas pegar uma dona que já bateu os cinquentinha faz tempo e que a maior parte do tempo parece que tomou uma porrada de FNM no meio da cara, além de se vestir com roupas que parecem feitas com cortinas velhas já é caridade demais pro meu gosto.
Mas vamos ao post. Lá na corretora tem essa senhorinha, simpática e tudo o mais (se você descontar aqueles tradicionais achaques de mau-humor típicos das mulheres – alguns chamam de TPM, eu chamo de frescura pura mesmo). Ela gosta de falar, aliás fala pelos cotovelos, e como todo mundo que tem esse perfil de matraca disparada tem horas que chega a ser inconveniente.
Outro dia, meio que do nada, ela começou a falar algo semelhante a “dé centarros”, “cinquenra centarros”, rindo que se rachava cada vez que falava algo assim; dali a pouco falou “tabreti”, e seguiu rindo que nem uma hiena alucinada de LSD. Claro que suas cacarejas histriônicas eram acompanhadas por mais algumas pessoas do setor, umas aos uivos, outras apenas com um sorrisinho complacente nos lábios. Ao perceber que eu não estava compartilhando tamanha euforia, a fugitiva-de-asilo-on-drugs me perguntou se eu assistia Zorra Total.
Zorra Total. Zorra “programa de retardado” Total!! Veja se eu posso com uma merda dessas?!
Quem me conhece sabe que não vejo TV, muito menos a Globo, e muito menos ainda um programa de idiotas retardados como o Zorra Total. Meu pouco tempo acordado em casa acaba sendo dedicado a beber e ouvir um som que eu gosto, necessariamente nesta ordem. Ah, e eventualmente atualizar nosso blog favorito. Humpf!
A velhota ficou indignada por eu não conhecer a porra de um personagem retardado de algum quadro imbecil de um dos programas mais lamentavelmente idiotas da TV, e resolveu me pegar pra Cristo. Agora, é o tempo todo repetindo a história dos “centarros”, do “tabreti”, querendo à força me manter atualizado nessa merda. “Ah, Chuck, você precisa rir da vida, precisa se divertir, dar risada!”.
Mas claro que como desgraça pouca é bobagem, ontem a dita-cuja dos “centarros” virou pra mim e disparou que eu deveria ser, na opinião dela, igual a um tal de Dadinho, Tadinho, Nadinho, Cadinho ou algo assim, mais um personagem idiota de alguma novela ou programa de TV babaca que parece ter um rolo com quatro ou cinco mulheres ao mesmo tempo – o que parando pra pensar é uma fama até que útil e agradável, apesar da comparação esdruxula é sempre bom ser reconhecido pelos meus feitos canalhisticos...he...he...he...
            E ai eu fico pensando em como as pessoas perdem tempo sendo retardadas, parecendo gostar de ser tratadas como um bando de idiotas por programas de humor e novelas. Como parecem engolir esse tipo de lixo como se fosse a coisa mais gostosa do mundo; e me pego pensando em quantas vezes li uma chamada bombástica num desses “portais de noticias” da internet apenas para descobrir, ao abrir a porra da matéria, que se tratava de algum fato ligado a novela, ou o que ainda consegue ser pior, a um desses realities tipo BBB ou Fazenda, ou então esses novos de cantores, que baseiam sua audiência muito mais nas humilhações que os candidatos a astros da musica passam em cadeia nacional.

meteoro destruindo a terra




Lendo com atenção percebe-se que esse post é de umas semanas atrás, mas estava na caixa de rascunhos do blog; e porquê resolvi desenterra-lo logo hoje? Simples, o tipo de pessoa que espelho neste post me faz pensar se não teria sido melhor a porra dos maias estarem certos e essa merda de mundo ir pro vinagre de vez. Bom, fica pra próxima profecia.


Promessa única de ano-novo - voltar a dar as caras com mais freqüência neste blog.


domingo, 2 de setembro de 2012

Ideias do fundo de uma garrafa

E o sujeito se pega pensando que, se um caixão tem seis alças para ser carregado, quando sua hora chegar vai sobrar alça. Ah, se vai.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vai bancar o conselheiro, Chuck, vai!


Acho que ontem perdi uma das minhas musas questionáveis – não que vá fazer muita falta, mas é sempre chato magoar alguém. Sabem, ela é legal, é mais uma dessas doidas wickas/macumbeiras/sacerdotisas/sei-lá-mais-o-quê que cruzaram meu caminho (fala sério, eu pareço ser algum tipo de para-raios para esse tipo específico de maluca) mas ela é gente boa mesmo, fonte  de umas cinco ou seis noites de prazeres bem proveitosas por ano, isso sem contar alguns telefonemas aham, calientes nas madrugas, enfim, uma presença sempre agradável – e até o último domingo, sem maiores dores de cabeça.
E pior que tudo que tentei fazer foi abrir os olhos dela pra vida. Humpf, quem manda ser bonzinho?
Explico, ou como diriam os mais letrados, contextualizando a cena: ela é uma quarentona, embora eu não tenha muita certeza da idade dela, afinal de contas um canalha contumaz como eu nunca cometeria a gafe suprema de perguntar a idade de uma musa questionável, mas calculo que ele seja uns dois ou três anos mais velha do que eu, o que a deixa talvez nuns 46 anos. Separada, vive a anos da pensão que recebe do ex-marido por conta dos dois filhos pós-aborrescentes, passa as manhãs enfiada numa das melhores academias de ginástica da região da Rebouças (devo confessar que com resultados simplesmente deliciosos...he he he), a tarde fica de rolê em shoppings, eventualmente faz algum cursinho (útil-pra-caraleo) de Confeitaria para donas-de-casas ou algo que o valha, ou se joga nos braços de algum dos seus amigos de fueda, como este que vos fala. Volta e meia aparece com alguma ideia maluca de sociedade com alguma amiga tão encostada quanto ela, ou com algum amigo dela de centro/seita/culto/sei-lá-o-quê, mas sinceramente nunca vi nenhuma dessas ideias de sociedade decolarem. E olha que costumo come-la em bases regulares a pelo menos uns cinco ou seis anos.
Mas vamos lá, a trágica perda; estávamos na madruga de sábado pra domingo naquele madorrento momento pós-coito, ela tentando enrolar ainda mais os pelos do meu peito, e eu tentando achar um jeito de manda-la pra casa pra poder dormir o resto da manhã de domingo. Lá pelas tantas, ela começou a reclamar da vida, que estava sem rumo profissional, e que lamentava por ter aberto mão dos estudos e da carreira na época de casada, que foi na onda do marido opressor, e blá-blá-blá, etc, etc, etc, e mais blá-blá-blá..., o pior é que venho escutando essas mesmas reclamações a pelo menos umas cinco ou seis trepadas, é sempre a mesma coisa, metemos que nem loucos por duas ou três horas, depois ela entra nessas crises de quem não tem o que fazer...ah, caras, não aguentei. Falei pra ela, do jeito mais cuti-cutis possível, que ficar choramingando por conta disso era uma atitude bem pouco digna, que ela devia agradecer aos céus pelos filhos saudáveis que tem (alias, pelo que andei vendo, a filha mais velha dela anda bem saudável no alto dos seus 19 aninhos...he he he...), que ao invés de ficar matraqueando ela poderia tentar estudar pra valer para um concurso (um dos projetos inventados nos últimos tempos), ou batalhar umas entrevistas de emprego com algum dos amigos habituais dela, se precisasse de ajuda com CV ou algo assim eu estava a disposição.
Pronto, a mulher surtou! Começou a despejar que  na idade dela era complicado se realocar, que ela já tinha tentado entrevistas, que não era fácil como eu pensava...resumindo meia hora de esbravejamentos: eu sou um canalha arrogante insensível e ela saiu batendo a porta do meu apê como se quisesse rachar minha cabeça. Também, quem mandou eu sugerir que ela gastasse menos tempo na academia e mais tempo lendo os cadernos e sites de empregos?
É, é uma pena mesmo, realmente vou sentir falta de toda aquela elasticidade e do corpo maduro porém durinho cultivado em anos e anos de academiazinha.

sábado, 2 de junho de 2012

Dois gostos incompatíveis

Não, senhores, os dois gostos a que me refiro no título ai em cima não são liberdade e mulheres...he he he...embora sejam tão incompatíveis quanto os dois gostos que motivam o post.

E quais são esses gostos? Beber e dirigir. Não, calma ai, guardem suas tochas, ó multidões de linchamento, não falei beber e dirigir como atos contínuos, por que por mais canalha que eu possa ser não sou burro nem irresponsável. Estou falando de beber, ponto. E noutra ocasião, dirigir. E pensando nisso agora, talvez eu tenha herdado tais gostos justamente do velho coronel.

Bebida nunca faltou na casa onde fui criado, embora ficasse sempre restrita ao universo dos so-called adultos. O velho coronel era bem chegado num whiskey, gostava de bebericar fazendo pose de John Wayne. Na verdade não posso dizer que tenha qualquer lembrança do velho de porre, ou de ter visto algum tipo de abuso em casa motivado pelo álcool. Os abusos e exageros em casa eram motivados pela alto grau de cudeferrismo do velho militar. Meu adorado irmão, atualmente conhecido como senhor-tenente-coronel-herdeiro-do-paunocuzismo, ganhou um Johnny Walker especial qualquer quando se formou no Barro Branco. Claro que eu, como filho problema tendendo ao bastardismo, nunca tive tal honra, mas isso nunca me fez falta. Foda-se o JW especial do velho coronel, eu mesmo compro minha própria bebida desde, sei lá, meus 14 anos talvez? E porra, lá se vão quase 30 anos enxugando todas, pobre-coitado do fiapo de corpo inchado que chamo de fígado...he he he...

O segundo gosto, dirigir, especialmente dirigir noite adentro por esse inferno paulistano, também aprendi na casa do coronel; afinal de contas, por lá filho homem aprende a dirigir logo aos 15 anos, pra só formalizar a habilitação rapidamente aos 18, afinal de contas onde já se viu homem que não dirige? Engraçado que pra minha irmã a pressão foi oposta, quando ela falou em tirar habilitação, já aos 19 anos, tomou um puta dum esporro por ser considerada "moderninha demais, quase uma puta", nas sábias palavras quadrupedes do senhor coronelão. Que exemplo de justiça e equilíbrio, não?

E juntamente com minhas deliciosas e inesquecíveis musas questionáveis, dirigir e beber formam o tripé de prazeres da minha vida. Ainda bem que consigo mesclar minhas musas com os outros dois...he he he...

Quando a noite é de beber, e a maioria das noites acabam sendo, tenho duas escolhas: ou bebo como hoje, em meu apartamento, olhando as luzes da cidade pela janela, ou desço até um dos meus botecos favoritos, que em sua maioria ficam a poucas quadras de onde moro, e me encharco perante os olhos do público, de preferencia na companhia volátil de alguma de minhas musas questionáveis. Gosto de beber, gosto mesmo. Gosto do sabor do malte ou do que for, gosto da forma como pensamentos chatos morrem afogados a cada gole, gosto como as mulheres ficam mais bonitas e suportáveis a medida que as doses se sucedem. Isso, sou um porco chauvinista, foda-se. Mas fato é, gosto muito de beber.

Assim como gosto demais de dirigir. Seja carro, moto, ou o que for, gosto do movimento, especialmente quando posso dirigir pelo simples prazer de estar em movimento, sem horário a cumprir ou destino certo. Claro que dirigir nessa cidade fica cada dia mais aborrecido, por causa do transito filho da puta. Por isso meu grande tesão é dirigir madrugada adentro. Simplesmente pegar meu carro e rodar, sem muita velocidade, apreciando o movimento, as luzes, as pessoas. Eventualmente passar num desses lugares lotados de candidatas a musas questionáveis, e olhar o movimento. As vezes acabo seguindo para um certo bairro da cidade, relembrando um certo prédio, um certo apartamento que não cheirava a gatos, apesar de sua dona deliciosa ser, como eu, uma apreciadora dos felinos. Assim como as vezes, e podem me chamar de canalha à vontade, sigo para certos endereços onde sei que encontrarei uma bela acolhida, não importando o horário. Basta uma ligação, uma enrolada numa musa questionável de outros tempos, e garanto uma vaga para estacionar meu velho carro, se é que vocês me entendem...he he he...e algumas horas divertidas e suadas depois, sempre seguimos nossos caminhos separados.

Ando conseguindo conjugar todos meus gostos de uma única vez, ando saindo com uma musa questionável de lábios sempre vermelhos, cabelos deliciosamente cacheados e da cor da noite, e com ela posso beber a noite toda que no final da madrugada rodamos pela cidade, ela lindamente sóbria ao volante, eu bêbado como de hábito sentado ao seu lado, a cabeça encostada na janela vendo os prédios passando, as luzes da cidade alaranjando tudo, uma paradinha eventual quando o tesão bate. Pensando bem, até que foi uma boa ideia ligar para ela para nos vermos hoje.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mais uma da soundtrack da minha vida

Fuçando como sempre meus velhos cds, encontrei mais esta pérola, que mais uma vez narra de forma preocupante minha vida social...he...he...he...

No more tears girl - dry your eyes
It's over now, no more lies
Nothing to tell you, nothing to say
Except sorry for all the pain

Hush child , it's just got to end
You know it wasn't meant to be
I'm always comin' up 'round the bend
Can't you ever see?

It's not your fault girl
Did all you could
Can't ya see that I'm just no good
You ain't the first, you ain't the last
In my rough 'n' tumble past...

sábado, 5 de maio de 2012

História de duas mulheres e um álbum de blues

Da minha janela, vejo o estrago que a so-called "Virada Cultural" faz nas ruas do Centro, enchendo-as com todos os tipos de idiotas - ok, nem todos são tão idiotas assim, mas os poucos que se salvam acabam diluídos no meio da turba ignóbil.

Então resolvo que tenho aqui mesmo tudo que preciso para passar a noite, abro mais um Jim Bean e começo a revirar velhos discos, o que me leva a resgatar uma pequena pérola, direto de 89 ou 90, uma dessas bandas inglesas boas demais para ser verdade, mas que nunca tiveram o menor vestígio do reconhecimento que mereciam.

E ouvindo aquelas velhas conhecidas, duas mulheres me vem à cabeça - a primeira, talvez a mais doce de todas as minhas amigas, tão doce que qualquer plano de alcova que eu tivesse inicialmente se perdeu em meio a tanta amizade e carinho, que um dia chegou na micro-república que chamava de casa na época de faculdade com uma fita K-7 entre os dedos e um cigarro pendurado em seu sorriso, pulando de alegria como sempre pulava ao descobrir algo novo, fosse uma banda, um artista plástico udi-grudi diferente, ou simplesmente um novo caminho entre o alto da Lapa e a Vila Mariana, enfim, aquele sorriso de quem está de bem com a vida mesmo quando a vida lhe fode de quatro, e numa tarde de meio de semana me apresentou a essa banda, que  mais de 20 anos depois ainda me toca quando toca; a segunda, talvez a mais típica de minhas musas questionáveis, praticamente um modelo a ser seguido por tantas e tantas, que só acabou associada a essa banda por motivos obscuros, da mesma forma como me lembro do meu quarto da época, de estar sentado a frente da velha televisão, vendo um filme de cowboys qualquer, de estar me vestindo e ouvindo aquela musica, sabendo que iria encontra-la na noite, encontrar aquela musa escolhida pela singela informação de que fazia uma boquete delicioso, e sabendo de sua carência, e de que ela ainda andava com o velho bando de jovens pistoleiros por nutrir uma vaga esperança de conquistar o seu eleito, mas como enquanto tentava cativa-lo foi se enrolando com um (que fez a gentileza de espalhar a história do boquete entre a turba), depois com outro (este canalha aqui, by the way), até que acabou vendo seu príncipe encantado se encantando por outro tipo de princesa - e pelo que me consta, eles ainda estão miseravelmente juntos. Ainda me lembro como ela corria desesperadamente para a missa nas manhãs de domingo depois de pecar duas ou três vezes bem pecadas no sábado a noite, se refugiando num desses grupos de jovens religiosos. 

E sentado aqui, matando mais uma dose, fico pensando nelas, tão opostas, tão diferentes em tudo, fontes de memórias tão diferentes mas tão próximas, e pensando em como posso me lembrar com tanto carinho da primeira, my sweet lil sister, e tantas e tantas tardes que passamos juntos, bebendo e fumando, rindo e chorando, deitados no carpete do meu quarto e viajando nas manchas de bolor no teto, e com tanta indiferença da segunda, que no final das contas tentou se tornar especial para mim (ou para alguem, qualquer um, pelamordedeus!!) com tanta intensidade, com tanto desespero, tudo que consigo me lembrar dela é de como realmente fazia um fellaccio inesquecível, além de um dom natural impressionante para usar um belo par de seios extralarge absolutamente naturais, em atividades espanholas.

Vamos lá de novo, onde está o botão de repeat all desse aparelho de som?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Você realmente se importa tanto assim com o que as pessoas pensam, Pepper?!?!

Sweetie Pepper, eu não te entendo!

Você sabe bem como nos conhecemos, naquele boteco onde você costumava ficar de doorwoman (alguns afetados chamam de hostess, vai lá), eu caindo de bêbado, a musa questionável da noite tinha ido ao banheiro ou ido fofocar algo com suas amigas, ou enfim, tinha sumido, e você me encarou com esses olhos que se mascaram de sorridentes, e nos aproximamos e antes de trocarmos uma palavra nos beijamos. E antes que a musa questionável #1 reaparecesse eu soube que era com você que queria terminar a noite.

Mas ela voltou, me agarrou e me beijou na frente de você e das meninas do bar, me arrastando para o outro lado do boteco, e ao longo da noite eu te procurei a cada brecha, te beijei, e tudo que você fazia era sorrir pra mim e me dizer que não queria apanhar de ninguém, que estava tudo bem do seu lado e me deu seu celular, seu e-mail e seu blog – que eu bebadamente idiota perguntei se era de poesia, como se tudo que uma garota bonita de sorriso radiante e olhar tristonho pudesse escrever fosse poesia, by the way...

E nos ligamos, nos teclamos, nos conhecemos ao longo de dias sóbrios e noites ébrias, e logo descobri que, quando nos beijamos, você, como eu, também tinha seu quinhão de culpa, com seu noivinho e - ora vejam só, ela está de casamento marcado!! Mesmo que fossem raras suas escapadelas para rápidos happy hours no final de tarde, em meio a penumbra entre nossos mundos, mantivemos contato de tantas formas, as vezes um papo rápido pelo msn, ou um telefonema no meio da tarde. E acompanhei seu blog, percebendo nele algumas lagrimas por trás do sorriso, e conversamos, e você me contando, como a um velho amigo, dos seus problemas no casamento de meros seis meses, de como seu maridinho aparentemente preferia sites de mulheres seminuas a trepar com você, ainda me lembro como você estava arrependida antes mesmo de casar, e etc, etc...

Então segui comparando o que você postava no seu blog, como os sentimentos que desabafava em nossas conversas, uma distância tão estranha, lágrimas falando comigo, sorrisos e declarações banais de “amor I love you, UUU” no blog, e tantos post valorizando “olha-que-fofis-o-que-meu-morecuxo-postou-no-facebook-dele-pra-mim” seguidos de desabafos via e-mail do tipo “esse-filho-da-puta-não-me-come-mas-vive-na-punheta-na-internet”, ah, enfim...SERÁ QUE VOCÊ SE IMPORTA TANTO ASSIM COM O QUE AS PESSOAS PENSAM?!?

Huum, ou será que você gosta de fazer a linha de mulherzinha mal-comida pra receber um pouco de colo aditivado do velho canalha aqui? He he he

sexta-feira, 23 de março de 2012

Não é lindo...

...abrir sua caixa de entrada e encontrar um e-mail com o título "Thousand of horny sluts waiting for you!!"??

sexta-feira, 16 de março de 2012

História do fundo da merda, volume I

Estava aqui em casa ontem, bebericando o final de mais uma das inúmeras garrafas de whiskey que passaram por minha vida, e ouvindo alguns dos velhos blues, quando entre uma música e outra um verso (ou seria estrofe? Ah, foda-se) de uma velha canção do Barão Vermelho (ou seria do Cazuza? Ah, foda-se 2) cruzou minha cabeça...me chamam de ladrão, de bicha, maconheiro...transformam o país inteiro num puteiro...e segue por ai, nunca vi grandes valores no Barão (ou no Cazuza, enfim), mas eles tem meu respeito por conta de algumas músicas que realmente pegaram na veia.

E desliguei o som e fiquei pensando nesses versos, e pensando que por mais que tenham me xingado nessa vida, nunca me chamaram de ladrão ou bicha, e só meu digníssimo pai Coronel deve ter me xingado de maconheiro em algumas das freqüentes brigas quando eu ainda era um pirralho. Cada coisa que se pensa quando se bebeu além da conta no meio da semana...e fiquei pensando em todos os palavrões e adjetivos carinhosos que já usaram pra me definir...filho da puta safado provavelmente foi a expressão mais freqüente, mas ainda me chamam de canalha (ah, mas jura mesmo, Chuck?!?!), safado, escroto, desgraçado, sacana, e etc., etc, etc...e etc...by the way, é deprimente demais ficar lembrando disso...monstro? Também já me chamaram de monstro, mas querem saber qual foi o xingamento que mais me fodeu? Aliás, qual foi o único xingamento que realmente me deixou chateado, eu diria até mesmo magoado? (hey, parem de rir, eu também já fui um sujeito sensível e sujeito a magoas e trovoadas!!)

Vamos lá, eu devia ter uns 26, no máximo 27 anos, estava no meu primeiro casamento, já naquela fase em que o casório começava a cheirar a bosta molhada, mas o que aquela vaca gorda da minha primeira futura ex-esposa falava ainda importava algo. E um dia estava lá, tomando meu café da manhã, quando ela virou do nada e me chamou de grosso. Isso mesmo, só isso, só me chamou de grosso. E não foi um daqueles gracejos em forma de xingamento, onde você claramente está brincando com a pessoa, mas algo sério, profundo, algo que veio do fundo do pântano venenoso que ela chama de peito. Claro que se vocês a conhecessem saberiam que nada de ofensivo era dito uma única vez, sempre, tudo, ela tinha que engrenar a marcha e sair se repetindo,e repetindo, e buscando exemplos, e desencavando merdas do passado, e jogando na cara o que estiver à mão ou voltar à memória, despejando seu veneno e jorrando sua bílis, espezinhando, durante horas e horas. E horas. E horas. E chegando no escritório ela me ligou apenas para reforçar como eu era grosso, e pra dizer que eu não sabia tratar as pessoas, e me martelar durante horas. Disse que era um trogodlita, que tinha hábitos nojentos, que não sabia falar direito, que não tinha refinamento algum, que deveria ter vergonha de abrir a boca em público.

Eu não tenho nem nunca tive qualquer ilusão a respeito de ser um cara “legal”, sei que sou insuportável a maior parte do tempo, mas naquele dia específico, talvez por conta do ponto de rompimento em que estava meu casamento, ou simplesmente pela gratuidade do ataque, enfim, sei lá, sei que foi um dia miserável.

Como tantos outros dias de merda em casamentos de bosta.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Era para ser minha homenagem ao dia das mulheres, mas...

Juro que liguei o notebook só pra mandar um texto no blog em homenagem ao dia das mulheres, afinal de contas não vivo sem minhas deliciosas musas questionáveis, mas, ao abrir o navegador, adivinhem qual foi a manchete que pulou na tela do portal de notícias?

Esposa ciumenta entregou Bin Laden, afirma general”

Sim, isso mesmo que vocês leram, está em todos os portais de noticias:

Esposa ciumenta a serviço da Al-Qaeda teria entregue Bin Laden”
Esposa ciumenta teria delatado Bin Laden, diz general”
O terrorista Osama bin Laden, senil e afastado da rede da al-Qaeda, teria sido entregue aos norte-americanos por uma de suas primeiras esposas”
Bin Laden foi 'traído' por esposa ciumenta, diz ex-general “
X9: Esposa ciumenta teria delatado Bin Laden, diz general”
Esposa ciumenta teria entregue Bin Laden aos americanos “
Osama bin Laden, senil e afastado da Al Qaeda, foi entregue aos americanos por uma de suas primeiras esposas, que sentia ciúmes de esposa mais jovem”
Mulher ciumenta teria entregue Bin Laden aos americanos”
EUA chegaram até Bin Laden por meio de esposa ciumenta”
Os ciúmes de uma das primeiras esposas de Osama Bin Laden teriam sido responsáveis pela morte do ex-líder da Al-Qaeda”
Esposa ciumenta revelou localização de Osama bin Laden, diz general”
Osama bin Laden, o terrorista mais procurado do mundo e o mais respeitado dentro da organização al-Qaeda, foi supostamente traído por uma de suas esposas”
Esposa ciumenta teria delatado Bin Laden”
Esposa ciumenta teria delatado Bin Laden, diz general paquistanês. “
Mulher ciumenta traiu um Bin Laden senil”

Quer dizer, o sujeitinho passa mais de dez anos escondido do mundo todo, rindo às custas dos zilhões de dólares americanos, e QUEM O DELATOU, levando-o à morte?!?!

A sacrossanta esposinha.

Seria patético se não fosse trágico!! Outra hora escrevo homenageando minhas musas questionáveis...he he he...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Triste fim de Idi Amin

Este blog está de luto! Acabei de ler a noticia da morte de Idi Amin, o único gorila macho em cativeiro na América Latina!! Digo em cativeiro, porque à solta pelas ruas tem um monte, mas o que importa é o pesar pela passagem do grande primata!

Daí, minha legião meiga de fans e admiradores começa a urrar: “ - Mas por que diabos o canalha do Chuck vem agora comentar morte da porra de um macaco!?!”

Primeiro, macaco não, gorila, fazfavor!! Segundo, a morte em si não é lá grande noticia, mas as circunstancias da morte é que são, digamos, deveras peculiares: Nosso amigo gorilão chegou ao Brasil em 1975, e depois de algumas temporadas curtas com companheiras de cativeiro (soa parecido demais com um casamento, não?) estava desde 1984 solitário, sozinhão em sua jaula, vivendo de acordo com suas próprias regras – traduzindo, macacada: nosso amigo passou 27 anos dormindo quando queria, comendo quando lhe dava vontade, tomando banho se tivesse calor, sem ter que comer o que não quisesse nem perder tempo com nada que não lhe interessasse, sem ter que aguentar palpite de ninguém, sem fêmea nenhuma para lhe perturbar a vida. Até que no ano passado, algum gênio zoológico casamenteiro resolveu trazer não uma, mas DUAS companheiras para o cativeiro do gorilão (cada vez mais a expressão companheira de cativeiro me parece a mais perfeita definição para uma esposinha choramingona).
Então, depois de 27 anos de paz e tranquilidade, em menos de um ano vivendo as delicias do matrimonio, A PORRA DO GORILA MORREU!!

Fica a dúvida: foi de tédio, raiva, ou suicídio?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Drunk post

E já cheguei em casa, depois que mais um dia engravatado e entediado mergulhado no mercado de ações terminou num boteco, dois quarteirões rua abaixo - é sempre melhor procurar lugares próximos de casa quando resolvo encher a cara pra valer.

E hoje foi um desses dias, um dia que eu simplesmente precisava beber - então me dediquei com afinco a essa atividade - sentei no boteco às 18:20h e pedi dose após dose após dose até atingir um grau bom - bom para entrar em órbita, by the way...

E agora, algo como oito e meia da noite, vou me sentar, com dois velhos amigos, Jack & Daniel, e algumas amiguinhas coloridas e redondinhas e vou beber, beber pra valer, beber até cair e dormir no sofá do cafofo.

Ótima maneira de começar às férias. See u later!

domingo, 8 de janeiro de 2012

O dilema de Chuck

Dois pontos...

Primeiro, não sei se vai ser tão bom, é o tipo de coisa que a gente nunca sabe antes do momento acontecer, é aquele eterno salto de fé - você vai lá e paga pra ver, se for bom, ótimo, se for uma merda, vire a página e siga em frente.

Segundo, sei que ela não vai segurar a onda, sei que vai sofrer, chorar, se descabelar - e por mais que a tentação seja grande, nunca fui tão canalha ao ponto de embarcar numas sabendo que a pessoa do outro lado vai se foder, sem a menor sombra de dúvida. Uma coisa é jogar com o "se", com o acaso, com a possibilidade de eventualmente elas se machucarem - mas nesse caso, é batata, e os sinais estão cada dias mais claros.

Eh, Chuck velhão...tá fodido...por isso que meus copos nunca param nem cheios, nem vazios...