quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Procurando pela dor!


Alguém pode me dizer por que diabos tanta gente gosta tanto de sofrer? Porra, sério mesmo, as vezes acho que as pessoas pedem pelamordeDeus pra vida lhes foder. A verdade está lá, na cara da pessoa, mas ela se recusa a aceita-la, fica remoendo a situação em busca de uma situação (supostamente) utópica, onde tudo cai nos lugares (de novo, supostamente) certos. Hello sweetie, acorda que a vida não é comercial de margarina!!

A dona é uma quase-quarentona bem apanhada, corpo de mulher madura mesmo, sem aquelas frescuras de mulher malhada, mas relativamente em forma, com direito a seios deliciosamente turbinados no silicone sem grandes exageros. É o tipo de mulher quase-bonita, não é feia, mas também não é daquelas mulheres de beleza estonteante – digamos que ela tem seus ângulos (alias a expressão dela quando goza é uma delicia). Além de ser fisicamente interessante, devo admitir que é uma tremenda batalhadora, criando três filhos praticamente sozinha, toca uma pequena empresa que construiu do zero, e ainda atura encheção de saco do ex-marido, da mulher nova do ex-marido, de ex-funcionária zoio-de-lula (que alias é uma fdp!), segura a barra de problemas com irmão, cunhada, mãe, e ainda atura frescurite do filho mais velho, que anda numas de se achar o homem da casa só por que entrou na faculdade e está trabalhando. Além de tudo isso ainda dedica grande parte do seu tempo livre à pratica da caridade. Realmente uma mulher incrível, o tipo de mulher com a qual qualquer sujeito não-canalha adoraria, aham, construir um lar (que expressãozinha mais arrepiante, não? Só de ouvi-la já imagino uma masmorra com correntes...he...he...he. Enfim, é uma mulher de fibra e de valor, inegavelmente. Só que, e sempre tem um porém, só que ou senão, foi cair na lábia de um tipo meio cafajeste, meio canalha, sujeitim quase-desprezível dono de um blog canalha por ai. E ao longo dos meses, depois de algum tempo de lábia investida, cedeu aos encantos do sujeito, e os papinhos inocentes foram substituídos por eventuais trepadas noturnas, e a mulher foi se encantando, afinal de contas um canalha que se preza sabe como tratar e cativar suas musas questionáveis. Claro que foi avisada, tanto por amigos em comum quanto pelo próprio canalha em questão, de que o que ele queria não era e nem nunca seria um compromisso, ou algo mais sério em sua vida. Foi avisada, avisada e avisada. Repetidas vezes. A exaustão. Mas ouviu? Não, não ouviu. Começou com aqueles velhos papos bestas de amorzinho, chuchuzinho, você-é-o-homem-da-minha-vida, começou a sonhar com seu canalha de estimação e com o dia em que iria tira-lo dessa vida de luxúria, sexo sem compromisso e perdição (que beleza, não?he he he), afinal de contas “tudo que ele precisa é da mulher certa em sua vida” (palavras dela – fala sério, hein?). E começou a falar dele pra família dela, pros filhos, pra mãe, e a convida-lo para jantares em família (não, obrigado!), viagens em família (obrigado, mas tô a pampa!), piqueniques com os filhos (opa, valeu mesmo, mas não!), e outras atividades ui-benzinho-venha-passar-o-Natal-conosco...até que o canalha não viu outra alternativa a não ser sumir, evaporar, não retornar ligações, e-mails ou recadinhos de msn. E meses se passaram, até que numa noite de profundo vazio social e te(n)são existencial, o canalha resolveu ligar para ela, meio que já esperando o esporro tradicional você-é-um-canalha-miserável-desprezível-filho-de-uma-puta, mas, na esperança de quem sabe descolar uma trepadinha, só pra matar as saudades. E não é que descolou? Aliás uma belíssima trepada, com direito a uma serie de detalhes que não vem ao caso por que aqui não tem porcaria nenhuma de tons de cinza! E nos meses seguintes, fechados num acordo de ninguém voltar a falar merda de papinho de casalzinho retomaram aos poucos uma agradável rotina de papos e eventuais trepadas, até que a proporção entre papos/trepadas foi ficando cada vez mais pro lado das trepadas, e é claro que ela tinha que de novo estragar tudo e recair no papinho de amor-I-love-you, ai-eu-sempre-soube-que-você-ia-voltar e bem-que-a-cigana-me-falou-que-somos-destinados-um-ao-outro. Resultado? Vai pra puta que pariu, que o canalha já encheu o saco e sumiu de novo!
Mas sabem qual é o pior disso tudo?  Segundona, véspera de Natal, canalha dando mole no apartamento antes de ir pra um de seus botecos favoritos, resolveu depois de meses ligar pra ela pra, vejam que mocinho bonzinho, desejar um feliz natal e tudo o mais, mas já contando que dessa vez não tinha possibilidade de qualquer esquema além de uma corrente de palavrões e xingamentos. PEEEEEE, wrong! Não só foi recebido com ai-que-saudades, como ainda teve que ouvir coisas como sonhei-com-você-semana-passada e bem-que-me-a-dona-fulana-falou-que-você-voltaria-até-o-final-do-ano...agora aguenta, lá vai o canalha sumir de novo!
Agora me digam, é ou não é vontade de se fuder? Depois reclama que fica sofrendo, chorando e esperando o canalha voltar! Insiste em martelar os mesmos sonhos e desejos idiotas e abrir a porra da boca pra despejar sua carência toda sobre quem sabidamente não quer nada além de uma companhia agradável para algumas horas, nada além disso. 

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