quinta-feira, 18 de abril de 2013

Procurando sarna...


Hoje à tarde estava no fumódromo ao lado do prédio da Corretora quando ouvi uma colega de trabalho comentando sobre uma amiga dela, dizendo que a guria não consegue voltar pra casa da balada no zero a zero, que ela tem que necessariamente ficar com alguém na balada ou não sossega, que à medida que a noite avança ela vai baixando cada vez mais os padrões de exigência, chegando mesmo a ficar com uns sujeitos fim-de-carreira no final da noite, em falta de oferta melhor. Pior que conheço a tal amiga, e a menina realmente não é de se jogar fora.
E agora fico pensando se não seria uma boa ideia chama-las para sair, apenas por uma questão de sociabilização...he...he...he...

domingo, 14 de abril de 2013

Memória seletiva


Sexta a noite e eu me mando pro boteco da temporada – alias, temporada esta que parece destinada a ser de reencontros, continue lendo e irá entender.
Estava por lá quando bati o olho numa daquelas musas questionáveis de uma noite, vocês sabem como é o esquema, passamos uma noite agradável juntos, nos divertimos a valer até o dia amanhecer, e cada um pro seu lado. Isso tudo tem uns dois anos, eu acho. Pelo que me lembrava, ela era até que legal(zinha), mas sem grandes novidades. Sexo ok, limpinho e intenso, sem grandes rompantes ou taras específicas. Uma bela representante da espécie one night standing de encontro.
Geralmente eu me considero um bom fisionomista; não me perguntem nomes, mas não costumo esquecer um rosto, especialmente um rostinho bonito de uma de minhas musas questionáveis. Ou pelo menos, não costumava esquecer. Admito que de uns tempos pra cá está ficando cada vez mais difícil me lembrar de muita coisa sobre elas, além do quadro geral – geralmente me lembro bem de algo especifico sobre a trepada em si, mas os rostos, nomes e alguns detalhes anatômicos específicos acabam se perdendo um pouco (anyway, acho que posso sempre colocar essa falta de memória na conta do whiskey, he he he...). Outro dia mesmo fui pego de surpresa quando um amigo, outro canalha dos velhos tempos que esbarrei ao acaso num dos botecos da vida, elogiou as tattoos parcialmente visíveis da musa questionável que conhecêramos no final de semana anterior. Porra, me lembrava da garota, de alguns detalhes acrobáticos da trepada, do jeito quase histérico como ela gritava quase gargalhando ao gozar (sério, achei que fosse ficar surdo naquela noite!), mas nem em um zilhão de anos iria me lembrar de detalhes das tattoos dela. E olha que me amarro em garotas tatuadas, mas isso já seria um outro post!
 Então, recapitulando: estou lá no boteco e entra a garota, me lembro que já a conheço e também de alguns flashs do tempo que passamos juntos, mas nem fodendo que me lembro seu nome, profissão ou alguma informação extra. Ela me vê, e com uma daquelas corridinhas irritantemente saltitantes vem em minha direção, como se reencontrasse um velho amigo – tecnicamente, acho que me enquadro na definição, desde que ela não tenha grandes exigências para amizades.
Ficamos conversando, aqueles papinhos de sempre – nossa, você sumiu, nunca mais ligou, tudo bem, eu não encano, sei como é, blá, blá, blá... – e seguimos noite adentro, e nada de me lembrar do nome da sujeita. Ainda tentei expiar a comanda dela, ou seguir rezando pra algum conhecido dela pintar no lugar e chama-la pelo nome, mas nada de nada. Talvez fosse algo com A, como Aline, Andreia, ou seria algo como Denise? Regina? Renata? Ou talvez algum apelidinho tipo Bel, Bete, Rô, Rê, Sil, ah, sei lá. Me lembrava vagamente dela ser de fora de Sampa, mas não de muito longe, algo como Campinas, Sorocaba, Americana, ah, sei lá (de novo). Claro que nessas horas um canalha de estirpe e vagabunda classe como eu sabe se virar, e sigo chamando-a de anjo, gata, linda, e por ai vai...e a noite foi seguindo, eu já aos beijos e amassos com ela (serviu pra refrescar minha memória, ela faz um fellacio de outro mundo!!), e achando que tudo ia bem, quando não sei o que houve, não sei que bola fora dei, só sei que ela se ligou, quase que por encanto, que eu não me lembrava direito dela – e vai explicar pra bela que me lembrei até das habilidades orais dela, mas não do bendito nome!
E naquele momento mais constrangedor da noite, a garota me intimou “– esqueceu meu nome, Chuck?!?”.Claro que tentei, armado com meu melhor sorriso canalha, desarmar a bomba-relógio prestes a explodir, mas não deu muito certo não...e dá-lhe palavrões, xingamentos, tapinhas afrescalhados, e o já tradicional desfile-padrão de adjetivos – canalha, cachorro, cafajeste (por que será que sempre começam com os três “ca’s”?!?), idiota, manipulador, insensível (será que elas realmente acham que isso me ofende?he he he...), você acha que está com essa bola toda, seu cafajeste?!? (devo responder dizendo que se não estivesse com essa bola toda ela não teria caído de novo na minha lábia?he he he...).
Moral da história, compadres...na próxima vez, o negócio é não dar tempo pra garota pensar muito antes de virar pra ela e já perguntar na maior cara de pau “– Como é mesmo seu nome, anjo?”.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

I miss our chats...Hope ur fine. Send me news.


Acordei hoje de manhã com a mensagem fofinha que dá título ao post me esperando na minha Inbox, enviada em algum momento da madrugada (maldito fuso horário!) por uma das minhas mais queridas musas questionáveis. Sério mesmo, a garota é verdadeiramente especial! Nos conhecemos a muito tempo, nos esbarramos numa daquelas minhas viagens de negócio tão comuns na época, eu na casa dos meus 32 ou 33 anos, ela em pleno vigor dos seus 25 aninhos. Temos uma longa história de encantos e desencantos, de crises e reconciliações, do que deveria ter sido mas não foi e do que foi que não deveria ter sido; durante a maior parte desses anos moramos em cidades (droga, hoje em dia em países!) diferentes, cruzamos algumas fronteiras estranhas e bebemos de algumas aguas interessantes, e hoje ela vive com uma espécie de clone meu em algum lugar da Europa (ou seria Ásia, eu nunca sei direito!), aparentemente feliz, mas nossa amizade sempre dá esse sabor especial.
Cheer up, sweet lynx!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Certas musas são poetas...com a boca fechada!


Caras, ela é uma das garotas mais bonitas que conheci em toda a minha vida! Fora de brincadeira, a garota é simplesmente linda, não exatamente uma beleza exótica mas apenas diferente, não sei bem se é pelo pequeno toque nipônico em seus olhos levemente puxados, ou pelo queixo firme porém de linhas suaves, macias, ou por conta da pele extremamente branca ou nos lábios discretos porém convidativos, mas tem algo que coloca a beleza dela acima (bem acima!) da média. Completando tal rostinho, tem ainda um corpo bem delicado, sem grandes atributos (leia-se peitões ou uma anca de apoiar copos), mas todo firminho, percebe-se pelo jeito dela andar e se mover que o corpinho está nos trinques, peitos em pera salientemente apontando para cima e tudo o mais. Tudo isso complementado por um lindo cabelo castanho ondulado, que pra meu deleite ela está deixando crescer! Ok, não que ela esteja deixando crescer por minha causa, afinal de contas nem nos conhecemos direito, mas...ah, vocês entenderam!
Falei que não a conheço direito, certo? Sim, é verdade. Apesar de nos últimos meses temos nos esbarrado pelo menos umas duas ou três vezes por semana no ambiente profissional, as vezes no elevador pela manhã, ou no hall de entrada do prédio da Corretora, ou eventualmente no restaurante na hora do almoço, até o sábado passado nunca tínhamos trocado mais do que alguns cumprimentos protocolares. Eu imaginava que ela devia trabalhar numa das outras corretoras ou em um dos escritórios de advocacia aqui do prédio, mas mantendo minha politica sobre não comer as carnes onde ganho o pão eu nunca tinha estreitado os laços com a beldade, digamos assim.
Até que sábado passado fui assistir a um ciclo de palestras, coisa interessantíssima para quem curte um contabilês lascado. Num intervalo entre duas palestras dei de cara com ela (uma troca rápida de cartões e quinze minutos de prosa depois já sabia que seu nome é Joanna, com dois n’s, tem 26 anos e trabalha num concorrente aqui do prédio – uuuufa, escapei de mais uma advogada!). Como eu era o único rosto conhecido da moçoila no evento resolvemos assistir às duas palestras restantes juntos, e no final do ciclo fomos tomar algo num café muito ajeitado, ali por perto da estação São Bento.
De começo o papo era meio tímido da parte dela, mas em pouco tempo pegamos mais intimidade – no bom sentido, cambada! – e ela se soltou mais. E foi ai que a coisa começou a feder. Sério, não sei se sou eu que estou ficando mais e mais rabugento com o passar do tempo, ou se é minha paciência para imbecilidades que anda despencando vertiginosamente (alias, é impressão minha ou a frequência de posts reclamando de algo ou alguém anda aumentando?), mas sei que foi sentar para conversar sobre outra coisa que não fosse trabalho que o papo ficou chato demais. Vejam só, na descrição dela que fiz ai pra cima esqueci de mencionar que ela sempre anda com uma maquiagem leve no rosto, porém com olhos muito bem marcados, o tipo de maquiagem que costumo associar a garotas de atitude rocker, provavelmente levando em conta a amostragem de uma serie de musas questionáveis rock’n’roll que acabei conhecendo desde a mais tenra idade. Eu sei, eu e minhas musas questionáveis saídas de porões noturnos e mal-frequentados!
Mas voltando a pequena Joanna, eu sempre pensei nela como algum tipo de garota de postura, de atitude, mas foi começarmos a conversar para perceber que ela é o equivalente humano a uma Barbie. Bonita, gostosinha, mas com um papo tão chato, mas tão furado, tão vazio, tão cheia de gritinhos e pequenos trejeitos chiliquentos, um papinho tão besta tipo ai-ai-quero-aproveitar-pra-ir-no-shopping-ver-bolsas-e-sapatos, que minha paciência rapidamente se esvaiu. Vejam só, meus amigos nesta vida canalha, não sou o tipo de sujeito que fica com muita frescura para comer uma dona, o Santo dos Canalhas sabe que já tive minha cota de malas-sem-alça e mulheres com quem sai puramente por motivos estéticos-sexuais, digamos assim, mas não há nada melhor do que um pouco de atitude numa mulher. Não precisa ser uma dose muita alta não, basta uma pitadinha de postura para temperar o papo, certa inteligência e opiniões consistentes sobre o mundo ao seu redor, para que demostrem que vale a pena conversar com ela um tanto antes de ocupar sua boca.
Resumindo, senhores: terminamos nossos cafés praticamente em tempo recorde, mas não pela afobação sexual esperada. Simplesmente era impossível aguentar muito mais daquele papinho interiorano/tosco, digno de entrevistas com qualquer um desses ídolos breganejos semi-retardados. Ficava ali olhando, e meu animo e admiração pela beleza dela foi indo pro espaço, lenta e dolorosamente. Saca quando a pessoa fica falando, falando, falando, e você já não ouve mais nada, só fica pensando em como fazer a idiota fechar a maldita matraca? E você olha aquela boca linda, aqueles olhos, e vê um sorriso tão lindo, tudo perdido, corrompido pela torrente de bobagens e imbecilidades fúteis que a anta despeja numa velocidade surpreendente!
Mas o lado divertido disso tudo foi ver a cara dela de não-acredito-que-esse-sujeitim-me-esnobou no elevador hoje de manhã...he he he...

sábado, 6 de abril de 2013

Com a palavra, o velho lobo. Não quero o seu perdão!


A gente nasce,
A gente cresce
A gente vive,
A gente morre
O tempo todo, o tempo todo
Perto dela,
Da solidão
E é tão bonito
Essa razão tão sem razão
A gente leva a vida inteira para entender a vida
Dia após dia, sem imaginar
Se recusando a acreditar
Que pra estar no paraíso
Basta amar, basta amar
E me dá vontade de cantar uma canção
Tão suave
Que os céus
Possam se abrir sem nuvens nem rastro
E que todas as mentiras pra derrotar
Se transformem em pequenas incertezas
Brilhando no seu olhar
Não me faça pensar que vai ser tudo igual
Pois você sabe muito mais do que ninguém
Que eu fui o melhor, que eu fui o pior, e é isso aí
E se eu tenho o seu amor, pra que pedir
E se eu tenho o seu amor, pra que pedir
Não quero o seu perdão
Pois a noite é uma princesa caída por mim
No lago do peito secreta solidão
Eu me lembro de lugares, de pessoas que eu freqüentei,
Cenas que eu vivi, filmes que eu já filmei
Minha única escolha é ser sincero
Eu canto donas de castelos
Mas não sou lobo louco não
Eu brinco de polichinelo com o bobo coração
Mil e um palácios de areia, noites de sereia
Eu ouço o som de uma nota só
Despedaçado entre a tempestade, a vontade e os sonhos
Nos subúrbios da alma
Eu sou marinheiro que navega com a lua
A paisagem é o meu desejo
Eu preciso do outono, eu preciso de um beijo
Eu preciso me desfazer
De todas as certezas e te cuidar
Sem impor nenhuma condição
Nao quero o seu perdao
Porque eu só quero o mar, meu mar
Meu mar,
Minha lua
E essa lua
É amar
Só você

P.S.: mantive a letra na integra, apesar de algumas partes mais melacuecadas e que podem levar a interpretações errôneas, ok?.