sexta-feira, 20 de março de 2015

Cenas patéticas a hora do almoço

Estava lá na minha, comendo meu pf do almoço, quando me liguei numa morenaça numa das mesas do restaurante. Algo em torno dos vinte e tantos ou trinta e poucos, cabelo pelos ombros, belo par de peitos, quadris generosos. Uma gostosona de mão cheia!
Até ai tudo bem, sem novidades, mas um porém: um maridinho/noivinho/namoradinho ou algo assim à tiracolo, com cara desses yuppies babacas que adoram babar ovo dos chefes e pisar na cabeça dos garçons, tá ligado no tipo? Cabelinho engomado, terninho da Colombo bem passado, um tipinho inutil que já merecia tomar um par de cornos só por ser quem é.
Segui encarando a morena, sem tirar os olhos dela e dos seus, aham, olhos nem por um minuto,....e todo o tempo, todos os malditos vinte ou vinte cinco minutos do almoço, o babaca-mor não tirava os olhos, não da deliciosa ao seu lado, mas da merda do smartphone, só passando o dedo pela porra da tela como um macaco de circo dos infernos. E a morena tentando  puxar conversa, e o babaca mais preocupado em cutucar aquela merda de celular.
Revoltado pela cena patética, não tive dúvidas: sequei de forma ainda mais ostensiva a morena, deixando bem claro que se ela quisesse atenção eu seria todo ouvidos, até o ponto que ela não só percebeu como claramente gostou da minha atenção.Ao sair do restaurante, passei por ela cumprimentando-a com um breve aceno de cabeça. Parei do lado de fora do  restaurante pra matar o tempo com um cigarro, contando que ela viesse em seguida. Depois de uns minutos, vi que ela comentou algo com o babaca, se dirigiu ao caixa e - surpresa - veio dividir a fumaça de um cigarro na calçada comigo.
Discretamente, entre baforadas e olhares disfarçados, trocamos telefones, e descobri seu nome - bela Solange! Agora é esperar para plantar um belíssimo par de cornos no desgraçado do noivinho (confirmado) yuppie!

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