sábado, 14 de maio de 2016

Mais uma historia de balcão do boteco

Eu no balcão do boteco aqui do térreo, tomando meu café da manhã sossegado. Ja falei de algumas figuras ótimas, mas também tem cada mala que fodem o dia.
Acho que dentre as piores malas está uma dupla de crentes, dessas de cabelão descuidado e amarrado numa trança mal-feita, saião de pano tosco até os calcanhares e cara de quem não dão uma bela trepada a seculos! Até aí tudo bem, foda-se a religião que professem ou como se vestem. O que me incomoda nelas é que nunca, mas nunca mesmo, elas entraram no boteco sem estarem falando mal de alguém. Não presto muita atenção, posso ser canalha mas cuido só da minha vida, mas o tom delas é sempre pernicioso, e os pedaços de comentários que pesco no ar, escondido atras do meu jornal, são sempre falando mal de alguém, reparando nas vestes de (suponho) alguma colega de trabalho, ou falando do marido de fulana, ou de sicrana que onde-é-que-já-se-viu, ou no filho ou filha de alguém que é isso ou aquilo.
Porra, de que adianta esfregar a bunda nos bancos de uma igreja (ou templo ou terreiro ou seja onde for, entendam...), se tudo que fazem é cuidar da vida dos outros e ficar falando merda?

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