sexta-feira, 11 de março de 2011

Encontrando Karen

Ah, Carnaval...sempre tempo de arrumar pra cabeça, certo Chuck?

Arrumei uma pousada no interior do estado, perto da fronteira com MS; lugar tranquilo, sem o menor vestígio do zirigindum infernal de Momo. Tudo que precisava para me divertir e relaxar era um whiskey relativamente bom. Nem precisa ser bom MESMO, qualquer coisa melhor do que Old Eight já servia – eu sei, baixei o nível geral, no Carnaval alguns baixam o nível do que bebem, outros do que(m) comem...he he he...

Foi diferente estar numa cidade totalmente estranha, sem ninguém conhecido por perto. Da pousada até a cidade mais próxima dava uns vinte minutos de carro por uma estradinha de terra, garantindo o isolamento que eu queria.

E não é que naquele fim de mundo, encontrei uma figura sensacional?

Tem gente que se destaca, não tem jeito, pode ser o lugar mais lotado do mundo, que a pessoa parece saltar aos olhos, parece atrair o olhar. E num lugar vazio como aquela pousada, esse efeito parecia ainda maior. No meio de algumas poucas famílias, um ou outro casalzinho-bunda em clima de “love me, love me, say that you love me”, acabei esbarrando com a Karen, uma figura fantástica! Logo que bati os olhos nela, fumando afastada na longa varanda da pousada, percebi que deveria ser das minhas – ok, a primeira coisa que reparei foi em como ela é deliciosa, deve ter quase 1,80m, bem magra, mas com contornos firmes (por “contornos” entendam seios bem marcados sob a batinha preta que usava, e um traseiro bem ajeitadinho dentro de um jeans beeeem apertado), cabelão preto como a noite e o que é melhor, liso sem chapinha – vamos lá, qualquer sujeito minimamente vivido sabe sacar de longe um cabelo passado a ferro!!

Não demorou e começamos a conversar, poxa, as surpresas não podiam ser melhores - paulistana radicada em Santos, 35 anos, separada, tb buscava um refugio contra a insuportável batucada carnavalesca, apaixonada por (segundo suas próprias palavras) “blues e rock, nessa ordem”.

Claro que nem tudo são flores, como era de se esperar ela tinha que ter algo de meio maluca – no meio da conversa, ela virou pra mim, fechou os olhos respirando fundo e disse, com cara de quem estava falando mortalmente sério: “Sinto algo forte com você!”

(Coméquié, madame? Forte? Será que meu desodorante venceu e não me liguei?!?)

É verdade, caros amigos, mais algum tipo de bruxinha no meio do meu caminho – não quis entrar muito em detalhes, mas ela se disse espírita, espiritualista, ou algo que o valha – só falta eu descobrir que a mina é mãe-de- santo!!

Mas depois de uns longos minutinhos de conversa pra boi dormir espiritual, logo a conversa voltou no rumo, e continuamos juntos o resto da noite...já deve ter gente dizendo “Vai Chuck, fala logo que comeu essa dona!!”

Mas a verdade, é que não comi não. Claro que tentei o meu melhor, porra, estávamos numa pousadinha no meio do nada, passamos horas e horas conversando sobre um porrilhão de coisas durante três dias, claro que trocamos beijos, telefones e msn’s, mas sempre que eu tentei arrasta-la para o meu quarto – ou o quarto dela, ou qualquer quarto vago no meio do caminho, qualquer lugar servia!! – ela escapava pela tangente!!

É, eu sei, garota esperta, não?

Mas para aqueles que me acusam (justamente) de ser um porco sexista, deixo esse exemplo de que posso sim ser um amigo bonzinho – pelo menos, por enquanto...he he he...

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