quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ressaca moral

Ontem aconteceu de novo; por mais que eu avise, por mais que deixe sempre muito claro como a banda toca, sempre alguém acaba se machucando – considero um flagelo auto-imposto, mas mesmo assim não posso tirar o meu totalmente da reta. Mas eu devia ter visto esse trem descarrilhando antes, logo nos primeiros suspiros, ai ais e outros sinais.

Conheci essa dona semanas atrás. Figura ótima, agradável, doce e bem, bem gostosa.

Papo vai, papo vem, telefones trocados, bebidas, risos, caricias e horas que pareceram perfeitas – e teriam permanecido perfeitas, se não tivessem sido violadas e deturpadas por essa maldita mania humana de rotular e empacotar bons momentos em caixinhas com rótulos cretinos como amor, namoro, relacionamento sério.

Não foi por falta de avisar – não sou o tipo de sujeito para se levar a serio, seja minha amiga e tenha o melhor de mim, se cruzar a fronteira e começar a confundir as coisas você irá foder com tudo.

Mas quem disse que ela me ouviu? Alias, quem disse que ela queria ouvir? Do jeito que reagiu ontem ao não ter a resposta fofinha que ela esperava perante uma declaração absurda de paixonite babaca, começo a achar que ela queria desde o começo aquilo que infelizmente muita gente busca – alguém para chamar de SEU, tomar posse, castrar, mudar, violentar a essência e transformar num pastiche de modelo de metade masculina de um casal 20 que não existe.

E eu nem ao menos tenho um cachorro estúpido como o Freeway.



Quando as pessoas irão aprender que a palavra AMOR é só uma fodida mentira de quatro letras?!?!

Um comentário:

  1. Hello Chuck!
    Não acredito que o amor seja uma mentira mas a mania das pessoas em tomar posse da alma das outras creio que não seja amor tb. Mas achei o texto bem interessante, afinal, cada um procura aquilo que quer né, bons momentos para recordar ou a alma de alguém pra roubar.

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