segunda-feira, 4 de abril de 2011

Now Ziggy played guitar...

Acho que minha lembrança mais forte sobre o Bowie é de estar muito bêbado, em algum lugar no final dos anos oitenta, ouvindo Ziggy Stardust milhões de vezes seguidas. Não é incrível como as mais doces lembranças envolvem amigos caríssimos e uma quantidade anormal de bebida alcoólica? He he he

David Bowie – o que falar do cara? Alguns artistas morrem por inanição, presos a um estilo, uma formula manjada e repetitiva; outros morrem num turbilhão de mudanças, tentando seguir a moda musical vigente, perdendo totalmente sua identidade musical. Mas os realmente bons se reinventam, renovam suas forças a cada álbum. Bowie vai além, ele faz da reinvenção parte indissociável do seu estilo. Sem medo de se perder ou perder uma formula de sucesso, seguindo apenas a urgência do seu próprio senso artístico.

Mas por que diabos resolvi falar do Bowie hoje? Simples, meus amigos – passei o final de semana todo ouvindo Bowie com a Karen, aquela deliciosa musa questionável que conheci no carnaval (vamos lá, não sejam preguiçosos como eu, vão lá no post que fiz sobre ela quando nos conhecemos, taí o link http://eaindamechamamdecanalha.blogspot.com/2011/03/encontrando-karen.html?zx=722a4ab60510beb3)

Como comentei, ela mora em Santos; todo sábado tem um curso que está fazendo em Guarulhos, e nesse final de semana ela quis ficar por aqui para sairmos no sábado, e depois da balada fomos para minha casa. Eu sei, eu sei, pode parar de apontar o dedo, sei que no final de semana passada fiz a mesma coisa com outra amiga e deu merda, mas como eu disse, a Karen tem a postura correta quanto a namoros e relacionamentos – aparentemente, quer manter tanta distancia deles quanto eu!!

Resumindo, foi um final de semana muito bom, ouvimos muito Bowie (ela também é fissurada nessa fase Ziggy Stardust dele, embora prefira a versão do Bauhaus para essa música), bebemos muito vinho – geralmente só tomo whiskey, mas Bowie pede vinho, não me pergunte o porquê!, e domingo ela pegou a estrada de volta para o litoral.

Dá pra lembrar certinho dela fumando na janela do meu apê, olhar perdido entre as luzes da cidade lá fora – exatamente como eu mesmo fiz milhares de vezes.

E querem saber? Foi simplesmente perfeito. Sem recriminações, sem cobranças, um respeitando o outro de forma mais legitima e pura. Resultado geral: dúzias de ótimas lembranças de momentos muito bons que não se corromperão num mar de tédio e aborrecimentos.



Um brinde a você, pequena Karen. Por ser quem é, e por mostrar que algumas mulheres ainda percorrem um caminho legitimo nesse mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário