quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vai um mapa astral ai??

Tempinho atrás estava enrolado simultaneamente com duas musas questionáveis, sem que elas soubessem uma da outra (embora as mensagens no facebook tenham me denunciado um tantinho), cada uma num boteco sujo diferente, em noites alternadas.

(Até ai, nada demais, sem falsos puritanismos, ok?)

Os mais atentos já perceberam que eu havia violado a já citada norma* do manual do canalha sobre figurinhas repetidas – podem escolher o motivo dessas exceções, pode ter sido:

A-) por ambas serem pessoas maravilhosas, de luz, a nível de ser humano; (argh, a nível de é de foder!)

B-) por uma breve e passageira fase romântica minha – ok, fase romântica com duas?? Conta outra, bonitão;

C-) simplesmente por serem ambas deliciosas, hot as hell! (vide o nome do blog, He He He)

(*Enfim, normas foram feitas para serem quebradas, certo? O caso é que engatei uma espécie de quase relacionamento com ambas.)

Eu sempre ficava pensando em como elas não podiam ser mais diferentes entre si, tanto falando em termos físicos quanto em temperamento; acho que elas só tinham em comum o péssimo gosto para homens, por que em tudo o mais eram diferentes como noite e dia

uma classic, outra ebm

uma loira, outra morena

uma baixinha, outra nem tanto

uma tranquila, outra psicótica (aguardem futuro post sobre a psycholawyer, meus amigos!)

uma da ZN, outra do ABC

uma modernete aloprada, outra família TFP

e por ai vai, já deu pra entender.

Até mesmo a forma de abordagem e “conquista” (chique, não?) foram totalmente opostas – para usar as famosas metáforas militares tão caras ao meu velho pai (vai lá, leia o post abaixo, é o que tem uma boina como ilustração) a conquista de uma foi como uma rápida escaramuça no campo de batalha, enquanto a outra pareceu mais um cerco para a tomada de um castelo ou algo que o valha.

Porém, havia outro ponto em comum, além de ambas terem caído na bobagem de chegar perto demais da minha versão particular do segundo círculo de Dante – elas eram supostamente sensitivas, ou esotéricas, ou bruxas, ou wiccas ou algo assim.

Pra mim, meus caros, toda a dose de magia de que preciso pode ser encontrada numa garrafa de bourbon, mas elas curtiam essas paradas espirituais – vai entender, talvez seja algum tipo de hangover pós-new age anos 90, vai saber?

Mas agora vem o ponto onde elas se revelaram, onde mostraram que por mais que fossem totalmente diferentes, no fundo eram feitas do mesmo molde, me saindo com a mesma postura, a mesma frase, a mesma papagaiada esotérica-transcendental,

(e o que é mais incrível, praticamente na mesma semana, com diferença de dias – será que era a fase da lua?he he He)

ambas afirmaram, com aquela expressão romântica e apaixonada tão adorável quanto assustadora, que sentiam que, aham, “tínhamos um longo caminho pela frente, que nossa ligação já vinha de outras vidas, que sentiam que estávamos iniciando um longo e DEFINITIVO relacionamento, que seriamos para sempre um do outro”,

(isso foi quase uma citação, palavras e expressões podem ter variado um pouco mas a mensagem é a mesma, em alto e bom som – QUERO ALGEMAR VOCÊ!!!)

ambas disseram que eu (logo eu, veja só!) era o homem da vida delas, sentiam isso com sua suposta intuição (ou outro canal de comunicação extraplanar qualquer).

Poxa, perai, parou geral! Não basta estar aproveitando um lance legal, curtindo bons momentos a dois, num nível de intimidade bacana o suficiente para conhecer algumas manias mas sem descambar pra mijar de porta aberta, simplesmente estar com a pessoa pelos bons momentos, aproveitando para construir boas lembranças de alguém? Tem que tentar transformar tudo numa bendita predestinação, em algo mágico, cósmico, grudento e inescapável?!?!

Resultado geral da partida, Lombardi:

Bruxinhas loucas por um véu & grinalda  0

X

Bom e velho Chuck saindo à francesa 2



(ok, é instintivo, eu me afasto se alguém se aproxima demais)





Um comentário:

  1. Grande Chuck, caras como nós decididamente são pára-raios para essas malucas... Dê uma olhada no último texto domeu blog e veja uma história, afins a esse seu brilhante texto, de arrepiar... Saudações canalhas.

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