quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Round One, FIGHT!


Rapaz, tem louca pra tudo nesse mundo; já falei da kickboxer?

Vamos chama-la assim, apenas kickboxer. (Sabe o que dizem, names had been change to protect the innocents – como se houvesse algum inocente nessa história, he he he)

Mas era ela uma maravilha de cabelos negros e olhos verdes, daquele jeito que desmonta qualquer sujeito. Bancária de dia, personal trainer à noite, dona de um bom humor irresistível, um sorriso de nocautear, um corpo que benzaDeus!! Que pequena! Praias e praias de areia branquinha demais para meu humilde caminhãozinho.

Mas, como já bem disse nosso amigo Alex, sou um maledeto para-raios de malucas, se a pequena fosse certa da cachola não daria mole prum sujeitinho como eu, então, ela tinha que revelar algum lado maluco-psicótico-desvairado-alucinado, o que no caso dela era uma ligeira queda (reparem na ironia, meus amigos) para a sutil arte de dar e receber porrada na hora de mandar ver!

Meus amigos, sejamos francos: numa bela trepada,  não é nenhum absurdo a mulher pedir uns tapinhas de leve, não é demérito nem defeito, algumas curtem, outras não, ponto final. Eu sou adepto do esperar pra ver, se a mulher pede, o que me resta a fazer?

Mas a pequena kickboxer, e a essa altura o mais distraído dentre nós já se ligou no motivo do apelido, gostava um tiquinho demais da conta, como diria uma linda mineirinha amiga minha.

Claro, que eu só fui descobrir isso aos 48 do segundo tempo, trancado no apartamento da pequena (futuro post, “por que nunca trago ninguém no meu cafofo”, aguardem!). Na hora que a coisa realmente pegou fogo, mano, a garota pirou! Entre umas bufadas estranhas (estranhas mesmo dentro da situação, pode apostar!) ela pediu com aquele jeito de quem está só esperando um empurrãozinho pra pular do bungee-jumpee:

 “- Me bate!”

Eu dei aquela espiadinha de leve e snap!, tapinha sutil, um pouco pra cima da coxa.

“-Bate mais!” – ordenou a morena, já mordendo meu ombro (porra, e doeu pracarai!) e elevando o tom de voz.

Tive que bater de novo, um tapa mais parrudo dessa vez, já começando a achar meio estranha a parada, mas ainda no clima.

Mas ela queria mais – já repararam como elas sempre pedem mais de alguma coisa?

Resumindo, meus caros, meia dúzia de tapas depois, a cada tapa a pequena kickboxer berrando mais e mais alto, pedindo mais força nos tapas, ela já estava devolvendo os tapas - porra, já estava me socando - e berrando a plenos pulmões: BATE MAIS, BATE MAIS FORTE, BATE QUE NEM HOMEM!!

Só me restou tentar manter o fôlego  e atende-la bem, para deixar a garota satisfeita. Missão dada é missão cumprida, compadre.

Depois que passou a tempestade, era quase impossível reconhecer naquela coisinha doce dormindo abraçadinha comigo, com um sorriso nos lábios, a mesma fúria kickboxer de minutos antes.

Será que alguma vez o velho Chuck aqui vai conhecer alguma mulher que não seja maluca?

Mas pensando bem, será que vou querer?

Humpf, será que ainda tenho o telefone dela em algum lugar?

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